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terça-feira, 28 de julho de 2015

11 Vídeos da Nação Zumbi no Circo Voador (24/07/2015)




Muitas bandas com o passar dos anos vão perdendo força, relevância, inspiração e até sentido. Às vezes é só uma fase, às vezes é motivação o suficiente para o fim de um projeto.



Não é o que tem acontecido com a Nação Zumbi, em mais um show no Circo Voador promovendo o seu disco mais recente, lançado ano passado, e aquecendo as turbinas para show que farão no Summerfest em Nova York semana que vem.



Mas antes falemos da abertura, que ficou por conta da Frente Bolivarista.





La Cumbuca chegou na parte final, quando Felipe Cordeiro fazia participação trazendo com sua guitarra um molho paraense ao Live PA orquestrado pelo produtor Pigmalião, que parece, pelo que foi ouvido, buscar uma integração do Brasil com a América Latina, tornando bem apropriado o nome do projeto.







De repente até Simón Bolívar aprovaria.








E então, Nação Zumbi. É muito curioso notar o sinais se repetindo após um show absurdo de bom, em particular de um show que acabe causando agitação física em um elevado número de pessoas.







Ao final, amigos e desconhecidos se abraçam, alguns muito suados, todos muito felizes, extasiados com o que aconteceu na hora e meia que passaram ali, juntos, com um mesmo propósito.








Nós aqui sabemos como funciona. Esta cumbuca já acompanha shows da Nação Zumbi há uns 17 anos, e se tem um grupo que nunca decepcionou em todo o período vivido de "assistidor de show" foram eles, com exceção da apresentação no Rock in Rio 2011 onde dividiram palco com a Tulipa Ruiz, mas nada podia ser feito com o péssimo som que fora reservado aos artistas do palco sunset daquele dia.







O público da Nação não aparenta estar em processo de renovação, dados os cabelos levemente grisalhos do público presente, mas ao mesmo tempo não perde adeptos, considerando a lotação do Circo Voador nesta noite.







O "Monólogo ao Pé de Ouvido" é, além da homenagem que nunca cessa a Chico Science, o ponto de partida, com arranjo feito para emendar com a recente "Defeito Perfeito".



No repertório sim vemos a Nação Zumbi sempre tentando renovação - foram tocadas seis músicas do disco do ano passado - sem esquecer algumas músicas "cultuadas" como "Risoflora" (sempre muito pedida e celebrada nos shows no Rio) e "Banditismo Por Uma Questão de Classe".







"No Olimpo", pessoalmente uma das preferidas do disco anterior, Fome de Tudo, também é "resgatada". Mas no setlist o que se destaca são os caminhões de hits que a banda criou com o passar do tempo. Claro, não são hits que tocam no rádio (embora pudessem), mas que tocam fundo no público que acompanha a Nação.







Tocam "Hoje, Amanhã e Depois" e o público vibra e canta junto o "ôôô" que dá início à música. "Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada" faz o Circo vir abaixo e não estamos nem na metade do show. O mesmo se sucede com "Blunt of Judah", "Fome de Tudo", "Da Lama ao Caos" e no bis fechando com "Quando a Maré Encher".







Antes de "Quando a Maré Encher" ainda tocaram uma versão com umas incursões de batidas retas por parte do baterista Pupilo, quase "disco" (!), de "A Praieira". Aparentemente decidiram por incluir a canção no show ali, na hora, após a volta para o bis.



Ou seja, Nação Zumbi é uma banda com músicas boas o suficiente para decidir se toca ou não toca "A Praieira". E sempre vai faltar alguma favorita de algum fã, porque não tem jeito mesmo. "Etnia", "Jornal da Morte", "Mormaço", "Prato de Flores", "O Carimbó", "Macô", "Arrancando as Tripas", "Rios, Pontes e Overdrives"... São tantas que ficam de fora.







Das novas, mais do que "Cicatriz", "Bala Perdida" ou "Novas Auroras", é "Um Sonho" que parece ganhar status de música a figurar de forma mais frequente nos shows da Nação, com levada calma e espaço para o público cantar junto a letra, o que é muito bem correspondido.



Aliás, a letra mostra que o vocalista Jorge Du Peixe leva os temas da Nação Zumbi para um lado mais cinematográfico ("Um Sonho" veio de Inception - A Origem, né?) do que da mistura do mangue com o que o resto do mundo tem a oferecer.





Enquanto isso, durante todo o show o guitarrista Lúcio Maia, mais do que em shows anteriores, parece totalmente livre para fazer tudo que sabe com a guitarra. Em qualquer espaço onde não precise tocar os riffs e notas marcantes das composições ele aproveita para fazer solos bem originais e muitas vezes diferentes das versões de estúdio.







Se dá para falar de algo que causa estranhamento neste show em particular é a participação menor de Gilmar Bola 8, que antes ia mais para a frente do palco, comandava as palmas do público e até largava a alfaia e participava dos vocais em "Cidadão do Mundo" (o que já não acontece faz tempo). Mesmo assim os tambores continuam soando forte dentro da Nação.






Gravamos 11 vídeos do show, que vocês podem ver clicando aqui ou no vídeo aí embaixo:






Lista de músicas:


Defeito Perfeito


Bala Perdida


Hoje, Amanhã e Depois


Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada


No Olimpo


Um Sonho


Blunt of Judah


Banditismo Por Uma Questão De Classe


Risoflora


Fome de Tudo


A Praieira






Fotos por Dine Araújo

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