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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Planeta Terra 2011: horários, dicas e sugestões

Cinco de novembro está marcado com uma estrela no calendário faz tempo. Quando comprei o ingresso pro Planeta Terra no primeiro dia não fazia ideia da velocidade com que eles se esgotariam -- apenas 14 horas. Duas bandas antes confirmadas saíram da lineup, Vaccines e Peter, Bjorn & John, mas nada que alterasse a expectativa com o festival.

É bem verdade que a expectativa não é lá muito alta. Tem um show do Strokes que eu quero ver muito, mas a fase da banda não é boa. Curiosidade com o Toro y Moi e Broken Social Scene. Última banda a ser confirmada, no lugar de PB&J, Gang Gang Dance é mais uma cultuada da Pitchfork, em disco pode ser uma loucura, ao vivo nem sempre a massa sonora é reproduzida. Das atrações nacionais, Criolo, Nação Zumbi e Garotas Suecas.

Fiz um mini-roteiro sobre o que eu devo priorizar. Na hora sempre muda pelo que acontece, mas o festival costuma cumprir seus horários. Quem tá meio perdido, ou ainda não se decidiu se gasta um dinheiro com cambista, ficam as dicas. Os horários são esses:
Palco Sonora Main Stage 
16h - Criolo
17h30 - Nação Zumbi
19h - White Lies
20h30 - Broken Social Scene
22h - Interpol
23h45 - Beady Eye
01h30 - The Strokes 
Palco Claro Indie Stage 
16h - Banda Concurso Hit BB
17h - The Name
18h30 - Garotas Suecas
20h - Toro y Moi
21h30 - Gang Gang Dance
23h - Goldfrapp
0h45 - Bombay Bicycle Club
2h15 - Groove Armada
Sem muita dúvida, a primeira hora do festival é do show do Criolo no main stage. As bandas finalistas do concurso 'Hit BB' são Tiro Williams, Lupe de Lupe e Selvagens À Procura da Lei; nenhuma delas parece mais interessante do que o cantor paulista. Criolo lançou o bom Nó Na Orelha, julgo que foi um pouco superestimado, mas é impossível negar que o cara acerta em ótimas canções, que vão do brega ("Freguês da Meia Noite") ao afrobeat ("Mariô"). O show seguinte no mesmo palco é da Nação Zumbi, obrigatório.



Conheço pouco do White Lies. Tenho apatia com eles porque é banda inglesa de indie-rock genérica,  não tem novidade nenhuma. Quando eles começarem a tocar o Garotas Suecas já vai ter começado no indie stage com um show mais animado e corre o risco do Jacaré estar dançando no palco (ele gravou um clipe com eles, vídeo acima). Dá tempo de ver um pouco dos dois, vantagens de um festival.



Desvantagem de um festival é quando horários de shows que você quer ver batem. Broken Social Scene e Toro y Moi vão tocar quase no mesmo horário. BSS é uma banda indie que surgiu na virada dos 90' para os 00', coletivo musical canadense comandado por Brendan Canning. A banda era esperada para tocar no Brasil no primeiro semestre, acabaram confirmando para o festival. Belas letras, melodias e refrões para quem gosta de indie.



Toro y Moi lançou esse ano o ótimo "Underneath the Pine", é um representante da chillwave. Música eletrônica calma, que guarda uma preguiça, mas também insere ritmos altos quando quer. É bom lembrar que ele e o BSS tocam no Eu Quero Festival, no Circo Voador.



Outros shows interessantes que vão bater horário: Interpol e Gang Gang Dance. Fui no show que o Interpol fez na Fundição Progresso e gostei bastante, mesmo não curtindo tanto os discos. Ao vivo é bem mais intenso. Gang Gang Dance não dá pra saber se é muito bom ou muito ruim. Encheram o álbum dos caras de hype, banda Pitchfork que faz sons psicodélicos em várias camadas -- quem vai de Animal Collective, Panda Bear, Tune-Yards e afins curte.

Depois tem um merecido intervalo. Beady Eye, Goldfrapp e Bombay Bicicle Club são descartáveis. A primeira foi escalada para conseguir chamar atenção dos fãs de Oasis, o palco principal é deles. Goldfrapp eu não sei. BBC tem uma fanbase com o público indie do festival (quase todo mundo que), acho que eu estou incluso nessa parcela, inclusive. Não valorizo a banda porque o show no Teatro Odisséia (dois anos atrás, talvez) foi bem chato, no máximo fica uma segunda chance sem expectativas.



Strokes é a principal razão de ir a São Paulo. Comemoram dez anos de seu disco de estréia, Is This It, com a turnê de Angles, de longe o pior disco da carreira. Vi o show do Coachella via streaming no YouTube e fiquei um pouco desanimado com o que a banda fez, faltava sintonia no palco. Espero melhoras até o sábado. Se não fosse pedir demais, acho que uma música do novo disco tá bom, depois um repertório com as músicas dos outros três álbuns.

Minha setlist fundamental é: "Someday", "The Modern Age", "Last Night", "Soma", "NYC Cops", "Take It or Leave It", do primeiro; "Reptillia", "What Ever Happened", "12:51", "The End Has No End", "You Talk Way Too Much", de Room on Fire; "You Only Live Once", "Juicebox" , "Heart in a Cage", de First Impressions of the Earth. De acordo com as listas do setlist.fm, dá até pra acreditar num show com essa perspectiva. Eles costumam tocar vinte músicas, sendo quatro ou cinco do último disco.

Groove Armada pega o fim da festa. Música para galera cansada e um pouco bêbada dançar. Se repetir a farra que o Girl Talk armou na última edição vai ser bem massa. Ano passado eles foram headliners do John Peel Stage do Glastonbury, ao que parece, o show é bom.

A página oficial do festival dá dicas de como chegar lá. Eles garantem um ônibus que sai do terminal Barra Funda até o Playcenter de 12h do sábado até 7h do domingo. Em São Paulo pouca gente sabe andar de ônibus direito, então é bom anotar os itinerários descritos no site se você pretende usar para chegar. Na saída, se você for rachar o táxi com alguém, a boa é ir andando até a Avenida Marquês de São Vicente e pegar um carro lá. Vai andar um pouquinho, mas assim você encontra quem não te cobre valores absurdos por uma corrida.

Devassa é a cerveja oficial do Planeta Terra. Nem é tão ruim, dá pra beber, o preço deve variar entre cinco e sete reais -- levando em conta o preço do ano passado, e o cobrado pela Heineken no Rock in Rio. As lanchonetes do Playcenter costumam servir bem, ano passado você tinha que comprar uma ficha para pegar os lanches, fica esperto que às vezes aparece um funcionário fora do caixa vendendo os tíquetes.

A gente se encontra lá, bons shows.

Um comentário:

Matheus Pinheiro disse...

VAMOS AMIGO VAI SER MUITO LEGAL AEAEAEAEAEEEEEEE