Conforme disse aqui, eis a segunda parte com mais algumas bandas que poderíamos, com boa vontade e desprendimento, encaixar na cumbuca (opa) da retomada do pós-punk. Mesmo que muitas não tenham aparente semelhança entre si, fica aquele clima propiciado por uma molecada que, suspeita-se, estava ouvindo discos do The Fall, Wire, Public Image Ltd, em alguns casos Echo & The Bunnymen e Chameleons, e curtiu muito tudo isso.
Volta e meia surgem bandas legais com sonoridades nessa direção, mas fazia tempo que eu não via tantos fazendo algo que chame atenção ao mesmo tempo. Poucos aí embaixo começaram ou tiveram algum reconhecimento antes da década atual, como os russos do Human Tetris (até levemente deslocados aí, mas curti muito). Provavelmente não terão a popularidade alcançada no começo deste novo século por nomes como Strokes, Franz Ferdinand e Interpol e que iam por caminhos diferentes da geração atual, mas a discussão sobre sucesso comercial em 2018 renderia mais parágrafos do que o necessário para o objetivo aqui.
Começando com meus preferidos do Parquet Courts, que continuam exibindo influências do The Fall, mas abrindo horizontes no novo disco. Coloquei também um representante do Brasil sil sil, no caso o Blastfemme, que talvez pudesse estar melhor categorizado em um punk blues garageiro, mas ao vivo eles tem algo que combina bem com o resto dessa turma. Ou não? Descubram.
Veja aqui ou abaixo.
Parquet Courts - Total Football
Preoccupations - Disarray
Lice - Stammering Bill
Blastfemme - Vem Vem
Numb.er - Again
Moaning - Artificial
Frigs - Talking Pictures
Yowl - Warm
Human Tetris — Ruins
Slaves - Cut And Run
Sorry - Showgirl
(na foto, o Blastfemme tocando do lado de fora do Escritório de Lê Almeida)
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