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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Das dificuldades de se ver um show 4

Preços para aquele show do João Gilberto que aconteceu em agosto.

Frisa + Camarotes – R$ 2.100,00 (inteira) – R$ 1.050,00 (meia)
Platéia + Balcão Nobre – R$ 350,00 (inteira) – R$ 175,00 (meia)
Balcão simples – R$ 120,00 (inteira) – R$ 60,00 (meia)
Galeria – R$ 30,00 (inteira) – R$ 15,00 (meia)


Não estou colocando esses valores para reclamar dos altos preços, afinal de contas até ingresso de 15 reais tinha. Vou colar de novo os preços:


Frisa + Camarotes – R$ 2.100,00 (inteira) – R$ 1.050,00 (meia)
Platéia + Balcão Nobre – R$ 350,00 (inteira) – R$ 175,00 (meia)
Balcão simples – R$ 120,00 (inteira) – R$ 60,00 (meia)
Galeria – R$ 30,00 (inteira) – R$ 15,00 (meia)


Provavelmente é justo que um camarote no Teatro Municipal custe 2.100,00 reais.


Mas meia-entrada a 1.050,00? Claro que a conta está certa. Mas qual o sentido de haver uma meia-entrada para estudantes que custe mais de mil reais?


Li em um site por aí que o objetivo da meia-entrada é facilitar que o estudante tenha contato com a produção cultural.


Se você tem mil reais disponíveis para assistir um show do João gilberto (ou 100 reais para um Tim Festival, ou 300 para a Madonna), você realmente precisa de uma lei que te incentive a ter contato com produção cultural?


Faz sentido um show feito por iniciativa privada ser obrigada a vender meia-entrada?
Porque é óbvio que acontece o que vemos agora: ou você paga o valor inteiro, usando uma carteira de estudante, ou você paga o DOBRO do preço. Não existe meia-entrada. E o resultado é que as pessoas que não podem pagar o dobro de um preço normal deixam de ir nos shows.


A lei de meia-entrada faz sentido?

5 comentários:

André Monnerat disse...

Outro dia, tava rolando essa discussão num blog sobre futebol - porque até o Maracanã tem meia-entrada agora. Dobraram também o ingresso, e ainda causaram um problema logístico sério: conferir carteirinha de estudante de 30, 40, 80 mil pessoas.

Tá mais do que na hora de darem um jeito de acabar com isso.

Otaner disse...

É André, pelo visto não vai acabar tão cedo. Eu discordo da idéia de benefício de meia-entrada para estudantes por força de lei em estabelecimentos privados desde acho que sempre. Só teatros e eventos de prefeitura ou governo que deveriam ter essa prática, e os particulares que acharem que assim vão levar público. Mas o conceito original da lei foi tão deturpado, tão remendado, que me espantarei se ainda tiver alguém que defenda a atual situação hipócrita onde só tem gente pagando inteira ou o dobro. Claro que existem lugares que driblam isso, oferecendo desconto pra quem leva 1 quilo de alimento, um livro, um casco vazio de cerveja, o que é bacana, mas mostra como essa lei é completamente inútil.

Anônimo disse...

No maracanã tá ruim mesmo. Outro dia fiquei quase uma hora na fila da meia entrada.
O cambista que gosta, compra meia e vende por preço de inteira

Unknown disse...

Só uma correção: o preço mencionado para camarote e frisa deve ser dividido por 6 - são 6 pessoas por camarote ou frisa, e o preço cobre os 6 lugares. O preço individual de frisas e camarotes é o mesmo do balcão nobre e platéia, como em todos os eventos do Municipal (mesmo assim, ainda acho caro: 175 reias uma meia é sacanagem - apesar de muita gente gastar isso todo fim de semana em festinha).

La Cumbuca disse...

Valeu pela correção Eduardo, apesar que aí fica mais estranho ainda. Precisaria então 6 pessoas apresentarem a carteirinha ou só uma apresenta independente das outras serem ou não estudantes? Porque pode ser 6 lugares, mas o preço é um só...