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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ratos de Porão e Gangrena Gasosa - 11/09/09 (2)

Primeiro veio Gangrena Gasosa. Você sabe que horas começam os shows no Circo Voador? Nem eu. Esse, por exemplo, deve ter começado por volta de 11 da noite, o que me fez perder boa parte do show.



Gangrena Gasosa - 11/09/09



Entrar na tenda do Gangrena Gasosa requer alguns momentos de adaptação, como se você estivesse saindo de um ambiente de gravidade zero e entrasse em um onde seu corpo pesasse como chumbo. O "tenda" aí no começo é por causa da temática de grande parte das letras, que falam sobre umbanda, macumba, galinha preta, despacho, coisa-ruim, terreiro... Um disco se chama Smells Like a Tenda Spírita. É o melhor dos seus trocadilhos, sendo que os concorrentes são títulos de música dessa envergadura: "Welcome To Terreiro", "Surf Iemanjá", "Bloodline Chupacabra", "Se Deus é 10, Satanás é 666", "Matou a Galinha e Foi ao Cinema", etc.



Gangrena Gasosa - 11/09/09



Além das letras, o visual da banda é caprichado, como pode-se ver um pouco nas fotos. Tem caveira, exú, toninho do diabo cover, pai-de-santo e até cara vestido todo de preto, afinal de contas o som quase sempre passeia pelo metal ou por sua vizinhança, como o thrash e o hardcore. Tem também uns atabaques e uma percussão marota para dar a brasilidade umbandística da coisa (a tudo isso foi designado o nome de saravá metal) e ainda tem tijelas e velas e o mais importante: a farofa do despacho.



Da última vez que vi o Gangrena Gasosa, no Garage há mais de 10 anos atrás, era farinha pouca, dentro de uma tijela, suficiente para uma encruzilhada modesta. Já nesta noite de galinha gala no Circo levaram alguns baldes de farinha que foi atirada ao distinto público e esbranquiçou os que estavam na linha de tiro e tornou o chão do lugar uma pista de patinação onde quem tentava dançar no meio da roda acabava escorregando.



Gangrena Gasosa - 11/09/09



Na hora que consegui entender aquela explosão de esporro, gente maluca, teatro, efeitos cômicos e música rápida em altíssimo decibéis, eles já estavam quase no final, mandando "Benzer Até Morrer", uma versão saravá para o clássico do Ratos de Porão, "Beber Até Morrer", onde, a pedidos da banda para que aqueles que soubessem cantar subissem (quase um "cantar pra subir"), algumas dezenas se prontificaram e superlotaram o palco.



Felizmente não foi o fim, pois eles voltaram para, em consideração àqueles que não chegaram "cedo" (eu, por exemplo) tocar uma música que já haviam tocado. E não poderia ter sido melhor a escolha: "Centro do Pica-Pau Amarelo", que fala que "Emília pomba-gira é uma boneca de vodu"! Um ótimo show que espantou a desconfiança que qualquer um que não conhecesse a banda antes poderia ter, como é o costume com bandas de abertura. Ainda mais com essas figuras no palco.



Gangrena Gasosa - 11/09/09

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse show que vc foi há tanto tempo atrás deve ter sido um que eu estava, onde tb tocaram Beach Lizards e uma outra banda que não me lembro. O show do Gangrena tinha que ser o último pg depois deles o placo ficava impraticável. Muito bom. Legal que eles voltaram.

Otaner disse...

Eu não lembro do Beach Lizards nesse dia, Keepstrong. Aliás, acho que nunca vi show do Beach Lizards, só ouvia em rádio comunitária ou no Ep Vanguarda.