PARAPHERNALIA
Paraphernalia é um verdadeiro time da música instrumental no Rio de Janeiro. Acompanhe a escalação: Bernardo Bosisio (guitarra), Alberto Continentino (baixo), Donatinho (teclados), Renato Massa (bateria), Joca Perpignan (percussão), Leandro Joaquim (trompete), Marlon Sette (trombone) e Felipe Pinaud (flauta). Ufa!
A lista de artistas com quem cada um já tocou ou toca é ainda maior: Ed Motta, Marcelo D2, Moska, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Orquestra Imperial, Marcos Valle... ok, tem muito mais, mas já chega.
Bernardo e Alberto são amigos desde a pré-adolescência. "Desde essa época a gente tinha ligação com o jazz", explica Bernardo. "No meu caso, partiu de mim. No caso do Alberto havia também o fato da família ser bem musical, ele é sobrinho do Léo Gandelman. Quando a gente se profissionalizou, seguimos por esse nicho".
Aos poucos foram sentindo necessidade de tocar outros tipos de sons diferentes do jazz instrumental e começaram a ensaiar o embrião do grupo. "O Paraphernalia tem uma ligação muito forte com soul, r&b, psicodelia, Miles Davis dos anos 70, mais experimental."
E essa miscelânea encontrou um lugar para ser exibida: o Cine-Buraco, um clube que exibia filmes alternativos para um público idem. "A gente tocava toda segunda-feira. Tinha uma mostra de cinema, e depois do nosso show virava mais ou menos uma boate. Tocamos lá por 2, 3 meses. E o pessoal vibrava com os shows!", recorda o guitarrista.
Desde essa época, e lá se vão 6 anos, a ligação da banda com o cinema ficou muito forte. O som da banda lembra mesmo as trilhas sonoras dos anos 70, cheias de groove e climas.
Perguntado sobre filmes que inspiram o grupo, Bernardo responde: "De filme nacional, Rio Babilônia, que é uma pornochanchada dos anos 80. Lá de fora tem o Laranja Mecânica, que é um clássico!"
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