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Romulo Fróes é um artista inquieto. Desde seu terceiro disco, o primoroso duplo No Chão Sem o Chão, que se distanciava dos dois discos anteriores, o cantor e compositor paulistano vai criando conceitos diferentes para discos e, por consequência, para os seus shows. Por exemplo, da banda roqueira da época do No Chão Sem o Chão e Um Labirinto em Cada Pé, dispensou bateria ou percussão quando fez o Barulho Feio. Agora, com o recém lançado Disco das Horas, volta a bateria e aparece também um naipe orquestral de sopros, regido pelo saxofonista Thiago França, em arranjos por vezes jazzísticos, seja de standards ou mais experimentais.
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E é isso que vimos na apresentação no Festival Levada, desta vez trazendo shows para a "nossa" Tijuca (já registramos aqui Kassin em Ipanema e Laura Lavieri no Centro), no Centro da Música Carioca. Entre nomes conhecidos na banda, Thiago França tocando e regendo a turma dos metais, Rodrigo Campos na guitarra, Romulo Fróes que ao mesmo tempo que tem um jeito de nerd deslocado como cantor, é carismático e não tem muito esforço para ganhar o palco.
E principalmente a presença invisível e concomitantemente forte das palavras escritas por Nuno Ramos, um dos parceiros de composição habituais, mas que escreveu todas as letras d'O Disco das Horas e mesmo com tantos elementos sonoros chama a atenção a repetição de termos em várias canções como "cume das coxas", "gelo" "umbigo", "mamilos", mostrando alguma unidade e sendo parte importante tanto do álbum quanto do show.
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Assim como em disco também todo com letras de Nuno Ramos, o Sambas do Absurdo, projeto de Juçara Marçal, Rodrigo Campos e Gui Amabis onde cada música é a palavra "absurdo" seguido de numeral, aqui tempos da primeira a décima-terceira hora, todas tocadas no Centro da Música Carioca. Se por um lado é interessante acompanhar a íntegra daquilo que Romulo Fróes pretendia com o disco, por outro lado muita música boa de discos anteriores fica de fora, sobrando para o bis "Amor Doente", do disco Cão, e uma versão com sopros e percussão de "Juízo Final", que Romulo regravou no disco Rei Vadio, em homenagem a Nelson Cavaquinho. Uma boa oportunidade conhecer ao vivo o passar das horas de Romulo, com destaque para a "Nona Hora" (que para melhor referência identifico como "Perder-te"), mas fica a vontade de ver um show que contenha mais da discografia do cantor.
Vídeos do show você clica aqui ou dá um confere aí embaixo.
Músicas gravadas:
- "Primeira Hora"
- "Terceira Hora"
- "Sexta Hora"
- "Nona Hora" (Perder-te)
- "Décima-segunda Hora"
- "Amor Doente"
- "Juízo Final"
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