Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2009. Sábado.
Dentro do projeto Studio RJ, que trazia de São Paulo para o Cinematheque em Botafogo alguns dos nomes que habitam os palcos do Studio SP ou que tenham a ver com a, er, vibe do local, havia uma noite muito boa, imperdível até. Foi a noite onde aconteceram os shows de Cérebro Eletrônico e Jumbo Elektro, bandas que têm praticamente os mesmos integrantes. Pelo menos no show conjunto daquele sábado a única mudança de uma banda para outra foi a adição de General Elektrik, de uniforme militar (do Império Galáctico de El Salvador?) no show do Jumbo Elektro.
E o vocalista Tatá Aeroplano trocou o chapéu que veste no Cérebro (trocadilho involuntário, juro) pelos óculos escuros no Jumbo, uma mudança de persona para acompanhar o som estilo Cansei de Ser Sexy do Jumbo, com letras estranhas em inglês, cheios de freaks a cada frase e eletronices em geral. Não é do meu agrado o Jumbo Elektro, mas mesmo assim o show é tão animado que não dá para deixar de curtir algumas das músicas.
Engraçado que mesmo sendo as mesmas pessoas tocando, dá pra perceber que, assim como eu, tem gente que gosta mais de uma banda que outra, seja o preferido o Cérebro ou o Jumbo. O meu interesse maior era pelo Cérebro, graças ao disco Pareço Moderno, do ano passado. Mas fora um pedaço de uma apresentação no programa Altas Horas, que já havia me impressionado por ter empolgado aquela platéia morta-viva que costuma frequentar o programa, não sabia como seria o show. As boas impressões do programa foram confirmadas ao vivo.
Tatá Aeroplano, com o personagem de chapéu, lança uns brinquedinhos que explodem papel prateado e dourado picados, além de outros apetrechos que fazem barulhos e são coloridos, arminhas de brinquedo, uma coisa meio Flaming Lips. Claro que só enfeites não fazem um show. As músicas são animadas, com boas letras nonsense e a maior parte da banda participa dos backin vocals. "Dê" cresce ao vivo e se confirma como uma grande música só de olhar no rosto das pessoas que acompanhavam o show. Uma pena ter sido tão curto, gostaria de ver uma apresentação do Cérebro sem o Jumbo. De qualquer forma foi uma boa estréia carioca do Cérebro e uma boa volta do Jumbo, que já havia tocado no Rio de Janeiro no Ruído Festival em 2006.
Achei no youtube a maravilhosa "Dê", cantada naquela iluminação precária do Cinematheque:
Um comentário:
Sim, este foi um dia memorável. Bom vc ter escrito sobre, apesar da demora... hehehe Acabou sendo uma bela surpresa.
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