Novidades musicais de todos os tempos. Também estamos em:

Flickr : Youtube : Twitter : Facebook

Destaques do site:




quarta-feira, 20 de abril de 2016

Resenha, fotos, vídeos: Orquestra Contemporânea de Olinda no Imperator (15/04/2016)






É a terceira passagem da Orquestra Contemporânea de Olinda no Rio de Janeiro dentro da turnê do disco Bomfim, o terceiro da Orquestra, lançado em 2015, e cá está o La Cumbuca pela terceira vez. Na primeira fomos em Niterói, na segunda estivemos no Sesc Ginástico, no Centro, e agora o destino foi o ótimo e redivivo Imperator, no Méier.









Uma verdadeira turnê que passou por vários lugares da cidade desde o ano passado. Além dos já citados estiveram antes também na Tijuca, no Engenho de Dentro e na Lapa. Vejo poucos grupos musicais com essa capacidade de organização que a OCO tem.









Ajuda ter patrocínio, ainda mais para viajar com uma banda que tem dez integrantes, além da produção, mas aparentemente o uso do patrocínio não é só para comprar passagem. É para a banquinha de CDs e camisetas, é para ter boa iluminação, ajuste no som e cenografia e, principalmente, bom tempo de ensaio para ter uma banda afiada em cima do palco.









Foi o que vimos no Méier mais uma vez. A partir do terceiro disco já dá para dizer que a Orquestra Contemporânea de Olinda tem um repertório bem variado, uma marca desde o começo do grupo, mas que alcança outros níveis aqui, falando mais alto e com maior alcance do que se poderia esperar das tradições de Olinda.









A tradição está lá, na voz dos vocalistas Maciel Salú e Tiné e na percussão de Gilú Amaral, além de temas como "Boneco Gigante", letras que remetem às ladeiras e ao clima olindense de festa. Mas sem nunca se enclausurar na geografia-cultural do nome.









É que antes de ser Olinda, a orquestra é contemporânea. Então temos no som ritmos africanos, dub e groove no baixo de Hugo Gila, rock selvagem bem executado na guitarra de Juliano Holanda e a bateria de Rapha B que atende muito bem todos os requisitos rítmicos.









E antes de ser contemporânea, é orquestra. Não é só a trupe de sopros do Grêmio Musical Henrique Dias que indica as pretensões do grupo. Os arranjos das músicas muitas vezes mostram esse caminho, que não se escora somente na "facilidade" de fazer todo mundo dançar com frevos e ritmos correlatos, que eles demonstram que sabem fazer muito bem lá para o final do show, como o público pode bem atestar. Nada dessas divisões entre as três partes do nome é bem definida em cada parte individual, e esse parece ser o molho que forma a Orquestra Contemporânea de Olinda.









O público, por sinal, embora não tenha lotado o Imperator, dá a impressão que no Méier as pessoas se sentem mais à vontade do que em outros lugares do Centro e da Zona Sul. Uma heterogênea mistura de fãs da banda, jovens, senhores e senhoras com mais idade e até crianças, sendo que a maioria deixou de lado as cadeiras posicionadas nas laterais e preferiu ir para o meio do salão dançar.









Tendo assistido o terceiro show da atual turnê, o que La Cumbuca pode dizer além do que já foi dito e está no vídeo é que o grupo, com o repertório que tem e do jeito que são entrosados, podia perfeitamente deixar de repetir música no bis ("no Caldo") e escolher músicas dos discos anteriores como "Joga do Peito", "Tá Falado" ou a sempre pedida "Brigitti". Mas isso não tirou o brilho e diversão da apresentação, que teve como ápice a versão para "Ciranda de Maluco", do Otto.









As fotos são de Dine Araújo. Mais fotos podem ser vistas aqui. Gravei quatro vídeos que vocês podem ver aqui ou aí embaixo:





Músicas gravadas:


- "Pode Ir"

- "Canto da Sereia"

- "De Leve"

- "Nova Era"

Nenhum comentário: