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quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Vídeos: Otto com (mais ou menos) os 20 anos de Samba Pra Burro e Siba aquecendo para disco novo no Circo Voador (14/12/2018)





Foi uma noite no mínimo curiosa. Muitas teorias foram disparadas sobre o mês, época de férias, muito calor (?), etc. E sabemos bem dos horários por vezes proibitivos em alguns shows no Circo Voador. Mas a cumbuca não conseguiu achar razão justificável o suficiente para uma quantidade tão pequena de pessoas dentro da casa às 23:00 para uma noite pernambucana que teria shows de Siba e Otto, ainda mais com a promessa de uma celebração dos vinte anos do disco Samba Pra Burro, estreia solo de Otto.






Quando Siba, encarregado de ser a primeira atração, deu início à sua apresentação, já tinha mais gente, mas muito aquém do se poderia supor. Siba em algum momento notaria e faria troça, não só disso, como da aparente desanimação, pouco comum quando ele toca, algo que ele menciona em especial na improvisação com que costuma encerrar seu show.







Mas da parte dele mesmo não houve desânimo. Acompanhado de uma banda que tem como presença marcante o polivalente Mestre Nico se alternando entre sopros, caixa e outros instrumentos de percussão e até como "instrutor de aeróbica".







Completam a escalação Rafael dos Santos na bateria e Lello Bezerra tocando guitarra com um jeitão de baixo em muitas músicas, uma base que tempos atrás era feita por uma tuba. Não sei o que o problema do Siba em relação ao contrabaixo, mas as substituições dentro dos arranjos sempre ficam boas e Siba como guitarrista preenche muito bem os arranjos. Mas seria interessante ver Lello mais "livre" com a guitarra.







O repertório percorre os dois discos solo, Avante e De Baile Solto, além de algumas das músicas mais emblemáticas do tempo de Siba & A Fuloresta, casos de "Meu Time" e "Toda Vez Que Eu Dou Um Passo O Mundo Sai Do Lugar". Mas dá a impressão que esse show é uma transição para um próximo trabalho, algo confirmado pelo próprio Siba no palco e na execução de um par de novas composições que indicam uma continuidade na boa trajetória que tem feito.








Transição ou não, foi um show completo, o que é muito bom. Porém, isso empurrou a atração seguinte para ter início quase às duas da manhã. Já com uma quantidade bem maior de pessoas na plateia, mas que não chegavam a completar a arquibancada do Circo, Otto entrou para o que era prometido como uma celebração dos 20 anos de seu primeiro disco. E realmente começou com faixa que abre o álbum, "Bob".







A partir daí, diferente do que se poderia supor, não foi tocada a íntegra do Samba Pra Burro, embora as faixas seguintes, mesmo que fora da ordem original, parecessem indicar isso. Temos "TV A Cabo / O Que Dá Lá É Lama" e uma sequência de músicas que não frequentam mais tanto o setlist, como "Low" e a poderosa "Renault/Peugeot", esta emendada com a raríssima "Distraída Pra Morte".






Mas depois se tornou um show "normal" de Otto, fazendo um mix de sua agora extensa discografia, sempre tirando a camisa, sempre balbuciando ao microfone suas palavras de nem sempre fácil compreensão entre uma música e outra e sempre despejando seu carisma para cima dos admiradores até descer do palco e se misturar na galera, uma entrega e uma cumplicidade que é sempre retribuída.







Com participação de Garnizé na percussão, além dos habituais músicos que compõem a chama Jambro Band como Junior Boca (guitarra) e Bactéria (teclados), lá foram eles tocando arrasa-quarteirões emblemáticos como "Crua" e "6 Minutos".







As participações de Zé Renato (em "Carinhosa") e o dueto com Karine Carvalho em "Dias de Janeiro" também agradaram, mas do Samba Pra Burro, salvo engano, teve mais o "Celular de Naná" e "Ciranda de Maluco" que já rolam no setlist mesmo. Mais do que a ausência de uma música ou outra, ficou faltando aquele clima meio drum'n'bass que marcava a época e estava impregnado no disco.







Certamente ver dois shows completos pelo preço de um faz valer o dinheiro do ingresso, mas talvez um show de abertura com menor duração de algum artista em ascensão, como o Barro, para mantermos o espírito pernambucano, diminuiria um pouco o cansaço. Apesar disso, quem aguentou a maratona saiu satisfeito.











Vídeos do Otto



Músicas:

- "TV A Cabo / O Que Dá Lá É Lama"

- "Low"

- "Renault/Peugeot" / "Distraída Pra Morte" - Circo





Vídeos do Siba



Músicas:

- "Marcha Macia"

- "Mel Tamarindo"

- música nova

- "Meu Time"


Todas as fotos por Dine Araújo. Álbum de Fotos no Flickr:

Siba

Otto

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