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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Vídeos: José Gonzalez no Circo Voador (22/01/2019)





Não seria anormal toda resenha de show em janeiro no Rio começar falando do calor de, sei lá, uns 60 graus, que está cozinhando a cidade no inferno. E aqui fala uma cumbuca que gosta desse fervo, mas calma lá também... Não foi diferente na noite da semana passada, quando o cantor sueco José Gonzalez se apresentou no Circo Voador, mais uma vez conduzido pelo Queremos, mas nesta oportunidade totalmente sozinho no palco, sem banda, em uma apresentação de voz e violão que prometia ser ainda mais intimista do que há três anos atrás.








Felizmente não foi. No começo, com "With The Ink Of a Ghost" até poderia parecer que veríamos um João Gilberto sueco-argentino exibindo uma delicadeza no dedilhado do violão, que passeia mais pelo folk 60/70 do que pela bossa nova, e com isso os ventiladores da casa podiam ser ouvidos e assim foram desligados. Não que estivessem servindo muito nessa noite, mas...



De qualquer forma, Gonzalez logo mostra que é capaz de, mesmo solitário, preencher o som de um palco e prender a atenção de uma audiência que começou um pouco mais dispersa do que na apresentação de 2016, mas logo embarcou junto com o cantor, que desta vez pareceu um pouco mais comunicativo, elogiando em mais de uma ocasião a plateia.







Para essa façanha, é de grande ajuda as notas do violão soando o tempo inteiro, se dobrando, as linhas de baixo aparecendo ao mesmo tempo com as notas mais graves, os efeitos no instrumento e na voz, além de um bumbo eletrônico que Gonzalez recorria para algumas canções.







Além da impressão de um Nick Drake imaginário que só ouvisse house music ou qualquer música eletrônica baseada na repetição incessante, nota-se também um lado tuaregue em José Gonzalez, de música africana mais ligada ao blues e à hipnose mântrica. São elementos que certamente casam com os objetivos do artista, que, num setlist que mostrou de forma equilibrada músicas de seus três discos, além de um cover de "Blackbird" dos Beatles, conseguiu manter coesa e interessada uma audiência que ao mesmo tempo derretia por fatores extra-palco.







A abertura foi por conta do Moons, banda mineira que prefere muito mais o folk rock do que o Clube da Esquina. É um som cheio de detalhes e há um bom contingente de músicos para isso, mas poderia repetir mais vezes "explosões" como acontece na parte final de "In Love We Trust". E agradaram o público com um cover de "Smooth Operator", da Sade.







Os vídeos do José González:





Músicas:

- "With The Ink Of a Ghost"

- "Lovestain"

- "Cycling Trivialities"

- "Leaf Off / The Cave"

- "Stories We Build, Stories We Tell"

- "Teardrop"





E do Moons:




Músicas:

- "Fire Walks with Me"

- "Smooth Operator"

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