![Pedro Salu](http://farm4.static.flickr.com/3247/2851159770_733a977eaf.jpg)
Quarta-feira, 27 de agosto de 2008. O pequeno tablado está montado em um dos espaços do Solar de Santa. O objetivo naquele momento é a apresentação de Pedro Salu.
Pedro Salu veio trazendo as várias tradições de Pernambuco em forma de dança, com bom humor e beleza. No fim ele explica que seu pai, Mestre Salustiano, não pôde vir porque estava no hospital, mas estava bem e que mandou um abraço para o povo do Rio.
Mestre Salustiano foi uma das pessoas que mantiveram viva a cultura pernambucana, mesmo quando ela não estava voga, seja com a rabeca e/ou frente a grupos de maracatu. Quando surgiu o mangue beat, nos anos 90, foi através daquilo que ele trouxe até aqueles dias que os novos grupos puderam absorver e misturar com a linguagem pop moderna.
Seu filho Pedro Salu, durante a apresentação, além de dançar e mostrar algumas músicas de Pernambuco, também mostra e traja algumas vestimentas de lá, além de tocar alguns instrumentos.
Enquanto o festival ia se desenrolando nos dias posteriores, essa apresentação, e toda essa história do passado misturado com o presente e como isso funciona tão bem naquela região vai passando por minha cabeça.
![Pedro Salu](http://farm4.static.flickr.com/3177/2851159486_5231a7e527.jpg)
Domingo, 31 de agosto de 2008. Otto sobe ao palco para se juntar ao comboio de músicos pernambucanos denominado Punk Reggae Parque. Segurando sua filha nos braços ele pega o microfone e dá a notícia da morte de Mestre Salu: "Mestre Salustiano subiu!"
A festa continua e Otto canta de forma que eu nunca havia visto antes. Mas tudo que realmente consigo ver é a apresentação de dias atrás de Pedro Salu e da forma carinhosa como ele se referiu ao pai. E, apesar da alegria, a vontade é de chorar.
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