O período que antecede o carnaval no nordeste é marcado por blocos pré-carnavalescos nos finais de semana ou por shows gratuitos. Algumas bandas estavam em turnê, coincidindo mais de uma vez com o lugar onde eu estava, como Skank, Velhas Virgens, The Wailers e Alpha Blondy. Como ainda era o começo da viagem, consegui evitar de assisti-las todas (não escapei de ver Velhas Virgens duas vezes já este ano, uma no Rio e outra em São Paulo e gostei bastante).
Em Fortaleza, preferi os blocos de pré-carnaval, bem parecidos com os do Rio de Janeiro, tocando marchinhas e sambas. Em Natal, como estive durante a semana, a melhor opção seria assistir o Du Souto em Ponta Negra. Cheguei a ir até o bar onde eles tocariam, o lugar era legal, o preço para entrar era barato, mas pesou não achar a banda tão interessante para voltar de madrugada para o albergue.
Em Recife, o carnaval já tinha começado desde novembro. Enquanto estive por lá aconteceu a festa do Guaiamum Treloso com shows de China, Titãs e Maria Gadú, mas eu preferi ficar pelo Recife Antigo transitando entre apresentações de maracatu, o ensaio geral dos blocos com Naná Vasconcelos e blocos mais carnavalescos que iam surgindo em ruas próximas.
Maceió tem praias belíssimas, mas a cidade dorme muito cedo durante a semana, então passemos a Aracaju, onde na quinta-feira, 04 de fevereiro, aconteceram alguns dos shows do festival que acontece na praia de Atalaia, o Projeto Verão. Sendo gratuito e não tendo outra opção do que fazer na cidade, acabou sendo uma boa oportunidade de conferir o show da Fernanda Takai.
A vocalista do Pato Fu apresentou o repertório de Luz Negra, seu mais recente trabalho, onde mistura músicas que foram sucesso na voz de Nara Leão com outras de escolha própria. Pessoalmente nunca entendi muito bem o disco anterior em homenagem à Nara Leão (Onde Brilhem Os Olhos Seus), até porque muitas músicas que a musa da bossa nova cantou também tiveram boa repercussão com outros intérpretes antes e depois. Mas a verdade é que o show já funcionava muito bem quando assisti da primeira vez no Teatro Rival. Agora as músicas "que não são da Nara" estão mais espalhadas e assim o repertório narístico divide espaço com músicas de bandas dos anos 80 e... o carimbó "Sinhá Pureza".
Enquanto o show ia acontecendo, gritinhos histéricos eram ouvidos ali do lado. O motivo era o NXZero se preparando para entrar no outro palco, o que não interessou muito, assim como não interessou a banda de reggae que tocava em outro palco secundário, apesar da versão que fizeram para "Haiti", de Caetano e Gil. Gostaria de tecer comentários sobre a banda local Plástico Lunar, que encerrou os shows nos palcos principais, mas a lembrança da apresentação está perdida no meio de incontáveis latinhas de cerveja.
Amanhã, os shows que vi em Salvador!
Postagens
Nenhum comentário:
Postar um comentário