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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Embaixada Pernambuco 05

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Isso é uma festa punk

Punk Reggae Parque - 31/08/08


No último dia do Embaixada Pernambuco um grupo, formado por vários dos músicos que tocaram durante o festival, se apresentou tocando clássicos do punk rock nacional e internacional em formato de reggae. O pessoal do Eddie, Academia da Berlinda, Zé Cafofinho e outros se juntando para celebrar o fim do festival na forma em que Bob Marley cantou em "Punk Reggae Party" e daí vem o nome do grupo, que se apresenta de forma bissexta em Recife e Olinda. É surpreendente depois de longas introduções jamaicanas você começar a ouvir a letra de "Sandina", dos Replicantes. O que dizer então de "I Just Wanna Have Something To Do", dos Ramones?



Claro que as bandas punk de Recife não poderiam ser esquecidas e uma das escolhidas foi o Matalanamão, uma banda conhecida por seus clássicos onanistas. No meio daquilo tudo uma clássico que ficou muito maior que o Alto Zé do Pinho. É "Punk Rock Hardcore" do Devotos que não consegue deixar de ser acelerada mesmo numa proposta de reggae. Quando eles tocam "Medo", do Cólera, um fundamental grupo paulista dos anos 80, é possível notar que há ali alguns fãs da banda e se empolgam, cantando junto. Mas o mais legal é quando eles resolvem tocar uma versão para uma música do Specials. "A Message To You Rudy" se transforma numa hilária e nonsense versão em português que no refrão vira "Fudi / A mensagem eu me fudi". E não poderia deixar de ter o maior hit do punk rock brasileiro, "Papai Noel Velho Batuta", dos Garotos Podres. Nem Jah esperava por algo assim.


Olha a lista, meio fora de ordem, das músicas que eles tocaram:

Punk Reggae Parque
Sandina - Replicantes
No Fun - Stooges
Medo - Cólera
Punk Rock Hardcore - Devotos
Me Dai - Matalanamão
I Just Wanna Have Something To Do - Ramones
I wanna Be Your Dog - Stooges
Message To You Rudy - Specials
Papai Noel - Garotos Podres

No Youtube encontrei alguns trechos do show:
http://br.youtube.com/watch?v=8nxT2LLEdbQ -
Message To You Rudy ou A mensagem eu me fudi

http://br.youtube.com/watch?v=tKKc2dXjW-0 -
Medo


Fotos do show:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/85

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Embaixada Pernambuco 04 + RIP Som Barato

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Eddie, wah-wah e a vida e morte de um blog

Eddie - 28/08/08

28 de agosto de 2008
Há alguns anos atrás (dois? três?) Eddie, banda do vocalista e guitarrista Fabio Trummer, fazia uma temporada de shows no Teatro Odisséia. Tomado pela lembrança do som de uma das melhores bandas de Recife nos anos 90, fui conferir. Daquela época só era possível ouvir as músicas que tinham clipe na MTV, só consigo lembrar de "Falta de Sol" e "Buraco de Bala". Alguns anos depois ainda foi possível encontrar algumas músicas através de programas como Napster e Audiogalaxy - e era difícil procurar por uma banda chamada Eddie! - e "Coqueiros" e "Eu Só Poderia Crer" passaram a ser hits entre os mp3 aleatórios que eu dispunha, especialmente "Eu Só Poderia Crer", com uma letra tão original e com uma guitarra tão bem gravada, ao mesmo tempo que a música alternava levadas suingadas e pesadas.

Voltando àquele show no Odisséia, havia suingue, mas as músicas não tinham mais tanto peso. O que predominava era um som para dançar, sambar. Não que fosse exatamente ruim, haviam algumas músicas marcantes de tão boas como "Lealdade", que muito depois vim a saber que era uma música escrita por Wilson Baptista e que havia sido gravada por Caetano Veloso. Mas não supriu minha expectativa. O tempo passa e graças à cada vez maior facilidade em se baixar discos vou conhecendo melhor a discografia do Eddie e passei a curtir cada vez mais a fase pós-anos 90 do Eddie, em especial o disco "Metropolitano". Então faltava um novo show para tirar a dúvida. E a oportunidade veio dentro do Embaixada Pernambuco.

DSC068481

Mesclando músicas de seus três discos com outras que vão entrar no novo trabalho a ser lançado ainda este ano, Eddie parece que encontrou o equilíbrio entre seu passado mais rock com todo o regionalismo e ritmos diferentes que compõem seu espectro musical. Mesmo em músicas com apelos mais latinos não deixa de haver uma pegada punk. Acho que resumindo seria isso: um bando de punks experimentando novos temperos, tocando Gonzagão com pegada roqueira, Clash com mangue.

Eddie - 28/08/08


No meio do show Fábio Trummer faz aquela parada estratégica para anunciar que estão vendendo (poucos) cds da banda por ali, mas quem quisesse poderia baixar na internet. Um discurso que até já ouvi antes por bandas como Nação Zumbi (de forma mais tímida) e Móveis Coloniais de Acaju (de forma mais clara). A diferença surgiu quando Fábio disse: "Inclusive vocês podem baixar os discos do Eddie num blog muito legal, o Som Barato..." Uma bela iniciativa, afinal foi assim que pude conhecer o trabalho do Eddie além dos dois clipes que há dez anos atrás mal passavam na MTV, e que me levou a assistir o show deles naquela quinta-feira. E uma banda como Eddie, que já fez extensas turnês na Europa e ao mesmo tempo não toca em nenhuma rádio do Rio de Janeiro deve entender qual a melhor forma de propagar sua música, com cada vez menos intermediários nesse processo.

Nós aqui no La Cumbuca também achamos o Som Barato muito legal, inclusive já indicamos links para serem baixados por lá. Mas para infelicidade tanto minha quanto talvez de Fabio Trummer, no dia 09 de setembro o Som Barato "fechou as portas". Após algumas represálias da gravadora Biscoito Fino, que havia solicitado que os links para baixar seus discos fossem retirados do blog, aparentemente o google acabou, após algum aviso, deletando o conteúdo do blog. Uma triste notícia, pois havia ali um trabalho de divulgação de discos desconhecidos, esquecidos pela grande mídia, uma cultura alternativa que encontrava um espaço nobre para ser divulgada. Mas a mensagem foi plantada e as sementes estão por aí.


E como para tudo na vida há um jeito, compilaram quase todos os links existentes no Som Barato em um arquivo de texto. Então faça o seguinte: EXTRAIA O SUMO (na lista tem o primeiro cd do Eddie)



Pós-post:
- Mais fotos do Eddie na Embaixada:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/79

- Acabei de ler pelo orkut que o novo cd do Eddie vai se chamar Equilíbrio, que foi justamente o que eu senti do show.

- o "wah-wah" no título lá em cima: do pouco que eu via na tv sobre o Eddie nos anos 90, eu fiquei com a impressão que o Fábio Trummer era uma espécie de mestre nesse efeito de guitarra chamado wah-wah, que é feito geralmente pisando em um pedal. Não sei se é verdade, mas ficou no meu imaginário. Então é extremamente gratificante quando durante o show você finalmente vê ele usando o pedal e o imaginário se confirma.

- "Quando a Maré Encher", famosa nas gravações de Nação Zumbi e Cassia Eller, é do Eddie.

sábado, 27 de setembro de 2008

Gênios da Música Brasileira 01

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De Leve

De Leve - 04/07/08

Você é jornalista, a família acha lindo
O exemplo pros irmãos, pela mãe sempre bem vindo
Tira mó onda no choppinho da sexta
Mas o que ninguém sabe é que 'cê trabalha no Extra
E o jornal é uma bosta
Você tem assessoria nas costas
O que 'cê escreve é deprimente
Mas tira onda quando tá com a gente


Diploma, do disco Manifesto 1/2 171

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Das dificuldades de se ver um show 3

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Continuando a série.
Como se pode ver aí do lado na agenda, até que não faltam bons shows no Rio. E algumas vezes esses shows recebem um público bem menor do que mereciam. Devem existir explicações para isso, eu tenho algumas (muitas) teorias, mas me espanta quando produtores e bandas resolvem dizer que a falta de público é culpa do... público. E antes de blogueiro, músico ou qualquer coisa, eu me considero parte do público, então após anos sendo maltratado com problemas com horários, preços e locais, acho no mínimo curioso que alguém ache que público é problema ao invés de solução. Mesmo que seja um público com tantas peculiaridades como é o do Rio de Janeiro. Há uns anos atrás eu tinha visto esse texto que falava muito ou quase tudo que eu pensava a partir de um fato ocorrido e há poucos dias reencontrei o mesmo texto pela net. É do Bruno Natal, do blog Urbe (já falei sobre o blog aqui), vamos a ele:


“Muita falta de anti-profissionalismo dub”

Apesar de ter achado o show do Nouvelle Vague no Jockey, ano passado, bem fraco, resolvi seguir a dica do Kassin e ir conferir a apresentação de uma das integrantes da banda, Camille, no Teatro Odisséia. A fonte era segura, assistiu ao show do Abril Pro Rock e dizia que a banda era bem diferente da que tocou aqui antes. Valeria a pena assistir só pelo cara que toca bumbo, caixa e pratos com os pés, teclado com as mãos e faz beat box.

Nas últimas semanas, em seu blog, Jamari França vem cutucando a questão da situação caótica da cena independente carioca. Convidou várias pessoas da área pra darem opinião. O produtor Bruno Levinson (Humaitá pra Peixe) questionou “o que está acontecendo com o público carioca?”, a assessora de imprensa do Circo Voador Julia Ryff falou da (sub)cultura VIP, o empresário do Paralamas José Fortes e a produtora Maria Juçá reclamaram das carteirinhas. Todos com muita propriedade, diga-se.

Porém, nota-se que, até agora, os problemas recaem sobre o público. Está faltando falar do lado de lá do balcão, das bandas, dos produtores, das casas. Dos preços abusivos, estruturas precárias, som ruim, mal atendimento, não cumprimento dos horários (problema cronico), bebidas caras (R$5 uma lata de cerveja?)…

Todos esses fatores podem ser resumidos a um só: credibilidade, com a qual a cena carioca conta cada vez menos. Quem quer pagar, o valor que seja, pra se mal atendido, pra ver shows ruins em esquemas lambões? O público frequenta o que é bom, não tem jeito. Não tem essa de “dar um força a cena alternativa”, isso é coisa pra meia dúzia. O público em geral quer serviço bem prestado, da bilheteria ao palco. Está, aliás, corretíssimo.

A Nuth, boate na Barra, cobra (da última vez que ouvi falar) R$60 de entrada. E se tem quem pague, não é apenas porque é a “boate da moda”, “de playboy” e “fillhinho de papai”. Paga porque, não apenas se indentifica com aquela cena, mas certamente porque tem suas expectativas atendidas.

O circuito alternativo é, como bem diz o nome, uma opção a cultura dominante, seja pelo preço, seja pela estética. Entretanto, ser uma opção não é justificativa pra ser desorganizado. Sabe-se que falta dinheiro, falta incentivo, falta bastante coisa. Mas não tem como ser diferente, primeiro o bom evento, depois o público. Não dá certo se for ao contrário."


O restante, com a história de como ele não viu o show da Camille, você lê no blog dele.

Esse texto foi escrito em 27 de abril de 2006. Há mais de 2 anos, portanto. Será que mudou alguma coisa?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

E continuando a invasão pernambucana...

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Sim, o assunto aqui é mais do que recorrente. E olha que ainda nem acabei de falar sobre o Embaixada Pernambuco que aconteceu em agosto. Mas vamos a mais uma lista das bandas de Recife & arredores que vão tocar no Rio de Janeiro nas próximas semanas.

Destaques são: o Mombojó tocando em um lugar que não seja o Circo Voador; uma extensa, exótica e quase diária turnê da Orquestra Contemporânea de Olinda, já tocaram na Nuth e no Democráticos, para ter uma idéia; e os primeiros shows da Mula Manca e a Fabulosa Figura por aqui, eles que são responsáveis por um dos melhores discos do ano passado, "Amor e Pastel".

Além disso o projeto da Mula Manca com o Vitor Araújo, Seu Chico, e o próprio Vitor voltam a se apresentar na cidade. Pelo menos 5 grupos e artistas diferentes, embora alguns contenham membros em comum. E é por isso que tenho falado constantemente dos músicos dessa região, além de se serem bons pra caramba.

Segue aí as datas de cada um:

Orquestra Contemporânea de Olinda - 07/06/08


Orquestra Contemporânea de Olinda

25/09/08, quinta
Sesc Tijuca - Projeto Geringonça

28/09/08, domingo
Teatro Popular de Niterói

03/10/08, sexta
Casa Rosa

09/10/08, quinta
Estrela da Lapa




Mula Manca e a Fabulosa Figura

03/10/08, sexta
Cinematheque Jam Club

10/10/08, sexta
Cinematheque Jam Club


Mombojó - 03/05/08 - Circo Voador


Mombojó

25/09/08, quinta
Teatro Rival

26/09/08, sexta
Teatro Rival


Seu Chico - Festa Sobremusica - 14/06/08


Seu Chico

04/10/08, sábado
Teatro Odisséia

11/10/08, sábado
Teatro Odisséia

17/10/08, sexta
Mistura Fina

18/10/08, sábado
Teatro Odisséia

24/10/08, sexta
Mistura Fina

25/10/08, sábado
Teatro Odisséia




Vitor Araújo

15/10/08, quarta
Mistura Fina

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Festival do Rio

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Nessa sexta feira começa o Festival do Rio, que como de costume, traz sempre ótimos filmes à cidade maravilhosa. O festival é a única oportunidade para assistir muitos filmes, já que grande parte dificilmente entrará em cartaz. A programação completa saiu segunda passada, no jornal 'O Globo'. Aqui eu destaco o seguinte:

[trechos copiados do jornal 'O Globo', de Segunda Feira 22 de Setembro]

'Roqueiros do Deserto'
Terça, 30 de setembro: Estação Botafogo 3 - 12h15m [EB325] e 18h [EB328]
Quinta, 2 de outubro: Cine Glória - 14h30m
Terça, 7 de outubro: Caixa Cultural 2 - 19h
Quinta, 10 de outubro: Estação Botafogo 3 - 23h30m [EB384]

Marginalizados, os tuaregues se rebelaram no Níger e no Máli nos anos 1990. Limados do processo político, alguns formaram bandas de rock e hoje levam sua música para o mundo.

'Combinação Selvagem: Um retrato de Arthur Russell'
Sexta, 3 de outubro: Est. Barra Point 2 - 22h25m [BP240]
Terça, 7 de outubro: Est Vivo Gávea 4 - 13h40m [GV456] e 20h10m [GV459]
Quarta, 8 de outubro: Cine Glória - 16h30m
Quinta, 9 de outubro: Esp de Cinema 1: 18h30m [EC189]

O violoncelista americano Arthur Russell firmou parcerias com músicos como Philip Glass , John Cage e David Byrne. O documentário recupera imagens do arquivo de Russell, morto em 1992 em decorrência de Aids

'Joe Strummer: O futuro está para ser escrito'
Sexta, 26 de setembro: Est. Barra Point 2 - 14h15m [BP210]
Sábado, 27 de setembro: Esp de Cinema 2 - 12h30m [EC207] e 23h30m [EC212]
Segunda, 29 de setembro: Palácio 2 - 16h30m [PL214] e 21h30m [PL216]

A partir de imagens do arquivo, Julie Temper traça a biografia de Joe Strummer, ex-líder da banda punk The Clash

'Patti Smith: Sonho de Vida'
Sexta, 3 de outubro: Esp. de Cinema 2 - 12h30m [EC243] e 23h30m [EC248]
Domingo, 5 de outubro: Palácio 2 - 14h [PL240] e 18h10m [PL242]
Segunda, 6 de outubro: Est. Barra Point 1 -22h [BP155]

Documentário que tenta decifrar uma esfinge da música: Patti Smith, precursora do punk nova-iorquino.

'CSNY: Déjà Vu'
Sexta, 26 de setembro: Est.Barra Point 1 - 22h [EB327]
Domingo, 28 de setembro: Palácio 2 - 14h [PL209] e 19h [PL211]
Segunda, 29 de setembro: Esp. de Cinema 2 - 12h45m [EC219] e 23h30m [EC224]

A banda Crosby, Stills, Nash & Young, uma das mais ativistas dos anos 60, se reuniu em 2006 para uma turnê, registrada por Neil Young.

'Jards Macalé - Um morcego na porta principal'
Quinta, 2 de outubro: Odeon - 22h30m [OD039]
Sexta, 3 de outubro: Odeon - 16h [OD042]
Sábado, 4 de outubro: Est. Vivo Gávea 3 - 13h30m [GV336] e 20h10m [GV339]

Uma luz sobre a trajetória de Jards Macalé, artista contestador e personagem controverso da cultura brasileira nos ultimos 40 anos.

'Simonal - Ninguém sabe o duro que dei'
Quarta, 1 de outubro : Odeon - 22h30m [OD033]
Quinta, 2 de outubro: Odeon - 11h15m [OD034]

Numa época de talentos eternos e revolucionário, Wilson Simonal brilhou como ninguém. De repente, tudo acabou. Boatos, acusações, patrulhas e perseguições. O que aconteceu com o cantos, que reinou soberano e acabou condenado ao ostracismo por um delito do qual jurava inocência?

'Pan-Cinema permanente'
Sexta, 26 de setembro: Odeon - 22h30m [OD003]
Sábado, 27 de setembro: Odeon - 11h15m [OD004]
Domingo, 28 de setembro: Est. Vivo Gávea 3 - 15h40m [GV307] e 22h10m [GV310]

O filme mostra a vida do poeta baiano Waly Salomão, um homem que acreditava que tudo se tratava de ficção. Essa forte convicção influenciou profundamente seus amigos, como o poeta Antonio Cícero, o músico Caetano Veloso, e o autor deste documentário, Carlos Nader, que acompanhou a vida de Salomão por quase 15 anos.

'Palavra (en)cantada'
Sábado, 27 de setembro: Odeon - 20h [OD008]
Domingo, 28 de setembro: Odeon - 13h [OD011]
Segunda, 29 de setembro: Est. Vivo Gávea 3 - 15h40m [GV312] e 22h10m [GV315]

A música mostrada como ponte para a poesia e literatura. O filme costura de depoimentos, performances musicais e trilha sonora. Com participação de Adriana Calcanhotto, Arnaldo Antunes, Chico Buarque, Maria Bethânia e Tom Zé, entre outros.

Os ingressos já estão a venda no Espaço de Cinema 1 (Voluntários da Pátria 35, Botafogo), pra facilitar anote o código de cada seção [aquilo entre colchetes]. Ingressos para o mesmo dia só poderão ser comprados aonde os filmes estiverem passando.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Jorge Ben - A Tábua de Esmeralda (1974)

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Na capa, que reproduz a chamada "Arcada de Nicolas Flamel" (carneira do cemitério dos inocentes) passa bem a idéia do que está por vir, desse com toda certeza é um dos álbuns mais incríveis da história da música. Jorge Ben depois de começar a experimentar a alquimia decidiu levar toda a sua pesquisa para um disco. Que começa com 'Os Alquimistas Estão Chegando Os Alquimistas' e só termina quarenta minutos depois, em 'Cinco Minutos'.

Seja pelas entrelinhas, afinações alternativas ou a levada do disco, Jorge Ben consegue criar uma atmosfera mágica que reflete bem o seu estado de espirito. Assim o ouvinte é guiado para bem longe dos homens, aonde se discute sobre a origem do planeta, e até o mistério da gravata florida. A sonoridade, junto com toda sua história fazem trabalho ser o que é: uma obra prima.

Quem já ouviu sabe que é imensurável a influencia que 'A Tábua ...' tem sobre a música brasileira.Tem alguma dúvida? Checa a lista do Radiola Urbana, ou pergunta ao Fred ZeroQuatro (do Mundo Livre S.A.)! Só mesmo um flamenguista para fazer uma obra dessas!

domingo, 21 de setembro de 2008

Embaixada Pernambuco 03

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Musas na garagem



3 Na Massa - Marina de La Riva



30 de agosto de 2008
Felizmente o festival Embaixada Pernambuco teve uma divulgação discreta até, e um certo desencorajamento pelo tempo chuvoso e desconhecimento do lugar. Afinal de contas o projeto 3 Na Massa, que tem potencial para encher um Circo Voador, mesmo assim lotou o salão do andar de baixo do Solar de Santa para sua apresentação.



Com um disco, Na Confraria das Sedutoras, que tem participação de cantoras como Pitty, Céu e Thalma de Freitas, além de atrizes recitando alguns textos musicados, com inspirações em Serge Gainsbourg e Milo Manara, podia gerar interesse de fãs dessas artistas mesmo que não tenham idéia do que é o Instituto ou não saibam estar diante da cozinha da melhor banda do Brasil, a Nação Zumbi.



Ali em Santa Teresa estavam três das cantoras que participaram do disco e uma quarta que não participou, mas deveria, cantando, além das músicas já interpretadas por elas no disco, as canções das moças ausentes.



De aquecimento para o show ainda tivemos, no salão de cima, Vitor Araújo ao piano rodeado de pessoas que superlotaram o pequeno espaço (nesse post dá pra ter uma idéia) e de muitos barulhos do lado de fora da casa.



Foi difícil conseguir entrar. Sobre o Vitor eu já mais do que falei nesse post aqui, então o que resta de diferente são os ambientes inusitados onde já vi ele tocando. Loja de discos, shopping center, planetário, e agora um casarão cheio de gente "descolada". Em todos esses lugares, com diferentes espectadores, ele gera muita simpatia e interesse por sua música e pelo que fala entre um número e outro.



Vitor Araújo



Mas passemos ao salão de baixo, também chamado sabe-se lá porque de garagem, onde Pupilo e Dengue (a cozinha da Nação Zumbi) e Rica Amabis (Instituto) já estão a postos, acompanhados pelo guitarrista Junior Boca.



3 Na Massa - Marina de La Riva



Marina de La Riva, que não participou do Na Confraria das Sedutoras, é a primeira a entrar e apesar de ser um nome relativamente comentado na mídia, por sua fusão de música brasileira com música cubana, eu ainda não tinha ouvido nada dela.



Ao vivo sua presença impressiona tanto pela voz quanto pela beleza. A iluminação do palco, muito bem feita, realçava ainda mais isso. A primeira música que cantou foi "O Seu Lugar", letra do - também Nação Zumbi - Jorge Du Peixe, que é originalmente cantada por Thalma de Freitas.



Depois teve que cantar uma música que no disco foi cantada por Céu, "Doce Guia", escrita por Junio Barreto, o que não deixa de ser uma responsabilidade já que a voz de Céu é bem marcante, mas o som parecia sair fácil dentre os lábios de Marina.



Porém, o que me marcou foi a versão dela para "Lágrimas Pretas", composição de Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado, que no disco é cantada pela Pitty. Gosto muito da versão de disco e acho a música a melhor do cd, mas depois de ouvir na voz de Marina de La Riva não dá mais para imaginar outra pessoa cantando versos como "Você já viu uma mulher derramando lágrimas pretas na face?". Merece aparecer num próximo disco do 3 Na Massa, o que deve acontecer, no mesmo esquema do primeiro.



3 Na Massa - Marina de La Riva



Nina Becker entrou logo depois mantendo o nível, apesar de algumas falhas do microfone. Mas durante sua participação foi possível notar que a iluminação era feita especialmente para cada uma das cantoras, como se fossem cenários diferentes, privilegiando cores e movimentos que mais condiziam com elas.



Nina começou com a música que canta no disco, "O Objeto", que o pessoal do Mombojó criou com o 3 Na Massa, letra de uma sacanagem solitária quase explícita. Enquanto o resto do palco estava azul, Nina se movimentava em vermelho. Ela continuou com a malvada "Estrondo", de Rodrigo Brandão do Mamelo Soundsystem, velho parceiro tanto do Instituto quanto da Nação Zumbi.



3 Na Massa - Nina Becker



Cabe aqui falar um pouco sobre a parte zumbística da banda. Nunca vi Dengue tão bem no baixo. Talvez por não ter do lado o guitarrista Lúcio Maia, como acontece na Nação Zumbi e tantos outros projetos da Nação, seu instrumento se sobressai mais e ele não decepciona nos graves, que casam muito bem com o som mais cool e dançante do 3 Na Massa, com destaque para as linhas dub de "Lágrimas Pretas". O mesmo vale para o Pupilo, que conta com um maquinário eletrônico-percussivo do lado de sua bateria.



3 Na Massa - Pupilo e Dengue



Lurdez da Luz, a mina parceira de Rodrigo no Mamelo Soundsystem, entra depois de Nina e canta outra excelente música do disco, "Sem Folêgo", a única do repertório escrita por uma mulher: justamente ela, contando sobre aventuras amorosas e automobilísticas na noite de São Paulo em forma de rap.



Com um figurino que eu não saberia descrever de outra forma que não fosse "New Rave", ela mandou melhor do que quando participou do show do Maquinado no festival Humaitá Pra Peixe, no início do ano e não deveu nada às duas cantoras anteriores.



Inclusive se movimentando e dançando mais que elas. "Certa Noite" foi a segunda música cantada por Lurdez, que começa como monólogo e de repente vira canção. E quando ritmo e melodia são acrescidos, é como se várias cenas de diferentes tipos de sensualidade estivessem sobrepostas e Lurdez representa bem todas as possibilidades.



3 Na Massa - Lurdez da Luz



Karine Carvalho é a última beldade da noite. Atriz, casada com Rodrigo Amarante, o vocalista do... Little Joy, a voz dela não chega a impressionar como a de Marina de La Riva, é mais contida, mas não fica atrás da competência das outras meninas.



A iluminação agora é mais colorida, há verde, laranja, rosa, se misturam e correm. É muito legal que haja essa (aparente) preocupação com esse tipo de coisa num show de um projeto que talvez nem precisasse disso, considerando as dimensões do lugar e ansiedade de quem conhecia já o disco e estava mais curioso de ouvir as músicas ao vivo.



Karine começou com a lânguida "Quente Como Asfalto", letra de China, mais uma com partes faladas e cantadas no melhor estilo Serge Gainsbourg (pra quem não leu, favor ler sobre o show que Jane Birkin, sua eterna musa, fez no Canecão meses atrás). Depois mais uma de Junio Barreto, "Morada Boa".



E pra finalizar, a música que ela canta no disco, "Tatuí", que apesar da boa letra parece a mais distante do clima sensual que permeia as outras composições. Mais romantismo do que sexo. Ou mais contido, assim como a voz a cantá-la. Mas funciona bem no show.



3 Na Massa - Karine Carvalho
3 Na Massa - Karine Carvalho



No bis, as meninas entram em duplas, num ménage musical. Primeiro Karine e Marina, que depois de mandarem um Roberto Carlos, atacam com uma música chamada "There Is an End" do Greenhornes, a banda "oficial" do baixista e baterista do Raconteurs (ouve aí a versão original: http://www.goear.com/listen.php?v=ddf67d2 ).



Então é a vez de Lurdez e Nina se apresentarem para encerrar de vez, com uma música completamente desconhecida pra mim, chamada "Deeper". Um show fenomenal que merece lugares maiores até mesmo para que todo mundo que esteve lá não tenha que ficar tão apertado. Se bem que apertadinho é bom...



3 na Massa - Lurdez da Luz e Nina Becker

3 Na Massa - Karine Carvalho e Marina de La Riva



Mais fotos em http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/83

3 Na Massa - Karine Carvalho

sábado, 20 de setembro de 2008

Famintos

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Ontem, no Recife, aconteceu o primeiro show da turnê solo de Marcelo Camelo. Tocando no excelente Festival No Ar Coquetel Molotov (nome longo...), que tem trazido a cada ano bandas legais da Suécia e outros artistas bacanas, ele era o nome mais aguardado pelo público, que lotou sua apresentação.


E não se limitaram a isso, como podemos ver nos vídeos do show que começam a pipocar no youtube, como por exemplo esse em que ele canta "Janta", com Mallu Magalhães (a melhor do seu cd "sou", junto com "Menina Bordada") e depois tenta cantar "Morena" com a menina folk, mas era impossível, já que não dava para competir com milhares de pessoas cantando muito mais alto. A imagem está um pouco longe, mas Mallu Magalhães não para de chorar. Vamos admitir que ouvir um coro de milhares de pessoas cantando uma música que você gravou com alguém que até 9 meses atrás era somente um ídolo distante não seria fácil para ninguém, a idade que tivesse. Sei lá se foi por isso que ela desatou em choro, mas enfim... Melhor ver o vídeo.



A histeria que tomou conta do teatro assim que Camelo tocou os primeiros acordes de "Janta" (e suponho que tenha sido assim em todas as músicas) é algo que não acontecia há muito tempo para um artista (fora os próprios Los Hermanos) que não busca as vias normais para um sucesso comercial. Não importa se é proposital ou se são meras escolhas artísticas, mas disco com título de poesia concretista ("sou", na verdade é um "nós" escrito de cabeça pra baixo), foto de terrorista de Al-Qaeda para divulgação, além do tal "sou" ser um disco de MPB onde mal se entende o que ele canta e uma das músicas tem o verso "e as gordinha (sic)/ um alvoroço" seria chamado por muitos de suicídio artístico e/ou comercial.


Não para Marcelo Camelo, e realmente há muitos anos nos desacostumamos a ver um artista assim. Minha lembrança de algo parecido é a Legião Urbana, onde Renato Russo desafiava o público, de forma mais agressiva e contestatória, bem diferente do que Camelo faz, mas que gerava o mesmo tipo de reação: gritos, choros e músicas cantadas a plenos pulmões, sem se render a fórmulas fáceis. Ou justamente por isso. Às vezes cria efeitos bonitos, essa devoção do público. Às vezes constrange. Mas no fim das contas, que bom que um artista assim consiga alcançar tanta gente desse jeito.


PS.: Nesse vídeo dá pra ver melhor os dois cantando "Janta" e especialmente a reação da Mallu: http://www.youtube.com/watch?v=n4AmQFIXQXc

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Além do que se vê

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Eu só fui descobrir hoje do “programa de rádio” que não passa no rádio do selo Instituto. O Vitrola Invisível, aonde a edição mais recente já tem mais de dois anos! É realmente uma pena que o projeto tenha terminado. Mas restaram 155 filhos, todos disponíveis para audição gratuita no site.

Escavando o histórico dá pra ver que muita gente bacana já participou do programa (BNegão, Curumin, De Falla, Black Alien...), sempre levantando assuntos aonde qualquer informação é bem-vinda. Como é o caso da musica etíope, Jorge Ben (que ganhou vários especiais, além de aparecer em muitos programas), Nelson Cavaquinho, Herbie Hancock, Nação Zumbi e até um bocado de bandas que nem cds lançados tinham na época!

Admirável o trabalho do selo, que além de lançar bons discos, ainda promove a boa música! Fica a dica para o leitor do La Cumbuca que deseja descobrir o 'novo', mesmo que seja velho.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Pequena Grande Alegria

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Pesquei essa anteontem na comunidade do Los Hermanos no orkut. Alguém anunciou que o projeto do Rodrigo Amarante (Los Hermanos) com Fabrizio Moretti (Strokes) chamado Little Joy tinha lançado 3 músicas no myspace. Sobre esse projeto, bem resumidamente, Fabrizio e Amarante se conheceram num festival em Portugal, onde Strokes e Los Hermanos tocaram, e ficaram amigos. Algum tempo se passou e eles se reencontraram quando Amarante fazia parte da caravana do amor do porra-louca e tropicalist Devendra Banhart. Então decidiram fazer a banda junto com a namorada do Fabrizio, Binki Shapiro. E Devendra continua presente já que seu projeto chamado Megapuss conta com participações de Amarante e Fabrizio e vai todo mundo em turnê nos próximos dias. E outro amigo de Devendra, Noah Georgeson, participa das duas bandas.

De acordo com o site Pitchfork a lista de faixas do cd do Little Joy será assim, com um link para baixar das que já estão no myspace (créditos para a comunidade do Los Hermanos):

01 The Next Time Around
02 Brand New Start
03 Play the Part
04 No One's Better Sake
05 Unattainable
06 Shoulder to Shoulder
07 With Strangers
08 Keep Me in Mind
09 How to Hang a Warhol
10 Don't Watch Me Dancing
11 Evaporar

A música "Brand New Start" é a melhor das três. Um delicioso folk-rock com tintas setentistas, onde violões e pequenas frases de guitarras se contrapõem em cima de ótimas melodias e a bateria normal de Fabrizio. Vocais de fundo vão surgindo durante a segunda parte da estrofe até chegar num refrão com metais e cantoria de bar. O som todo lembra muito algo próximo de pub rock e country rock (por exemplo nos dois casos, Nick Lowe http://www.goear.com/listen.php?v=9c560a6). Ou será que estou associando o Pub por conta da voz de bêbado do Amarante? Talvez. "No One's Better Sake" dá a impressão em alguns momentos de que seria isso que aconteceria se o Strokes fizesse um reggae. Começa bagunçado, com tecladinhos com sonoridade de ska two-tone e subitamente se organiza assim que a voz entra. "With Strangers" aparece sem bateria, somente violões e guitarras simples, em mais um folk bebum, mas daqueles bem de fim de festa, tristeza acentuada por mais vocais que aparecem como fantasmas. Guarda também uma pequena semelhança com o trabalho de Tom Waits no início de carreira, em meados dos anos 70, antes de sua voz parecer o som de um triturador de lixo.


Hoje apareceu mais uma do disco, chamada "Keep Me In Mind" (mais uma vez, comunidade Los Hermanos). Essa parece bastante com Strokes, naquela revisitação mais orgânica da new wave que eles costumam fazer. Segundo Fabrizio disse em uma entrevista, ele tinha um monte de canções guardadas há um bom tempo, ainda em estágio embrionário e eles foram desenvolvendo-as até se tornarem algo real. Então ainda não é muito claro quem exatamente compôs o que, mas essa parece pender mais para o lado de Fabrizio.


Agora, se tiver que comparar o trabalho do Rodrigo Amarante com alguém, certamente não seria com o disco solo do Marcelo Camelo. Afinal de contas Camelo está devotado à MPB no momento, enquanto o Amarante está no meio de uma cena de rock e folk alternativo. É inevitável que comparem, afinal de contas eram da mesma banda. Mas a comparação deveria ser entre esse projeto do Amarante e os trabalhos do Devendra Banhart, e pelas poucas músicas lançadas Amarante dá uma lavada no hippie Devendra.

E para finalizar, observem como a dupla Fabrizio/Amarante, durante um show do Megapuss, está bem afinada e... alegre.


(o link com as músicas para baixar foram colocadas no orkut por uma pessoa de nome Gika)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Em Breve

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Nos últimos dias começaram a serem confirmadas as atrações internacionais que devem posar por aqui ainda nesse ano. Como já comentamos, Rem, Mudhoney, Gogol Bordello e outros já estão com datas marcadas por aqui. Agora é só se programar. Até agora a coisa tá assim:

Justice
O duo francês de eletro toca dia 27 de setembro no festival Skol Beats, em São Paulo. E um dia antes dá um rolê no Circo Voador, 80 reais, mediante à doação de um kilo de alimento ou apresentando a carteirinha - as vendas já começaram.

R.E.M.
Michael Stipe e seus bluecaps tem datas confirmadas para Porto Alegre, Rio e São Paulo durante o mês de novembro. A turnê pelo Brasil começa dia 6 em Porto Alegre; Passa no dia 8 pelo Rio de Janeiro; E acaba nos dias 10 e 11 em São Paulo. As vendas já começaram em SP, o show que acontece na Via Funchal tem ingressos de 200 à 500 reais.

Owen Pallett
Para quem ainda está esperando o Arcade Fire voltar para o Brasil, a vinda do violinista pode ser um consolo. Ele tocou hoje e toca amanhã em SP (R$20 - Sesc Santana). Owen também se apresenta no Festival Coquetel Molotov, em Recife, no sábado (R$30 - Teatro da UFPE)

Tim Festival
Os shows acontecem durante o mês de outubro, nos dias 24, 25 e 26 (Rio). Mais informações aqui e aqui.

Festival Planeta Terra
O festival paulista, que surpreende por não abusar da boa vontade do púlico, já iniciou a venda do primeiro lote, onde cada ticket saí por 80 reais. Até agora foram anunciadas as seguintes atrações: Kaiser Chiefs, Bloc Party, Foals, Jesus And Mary Chain, Spoon, Animal Collective, Curumin, Mallu Magalhães e os DJs Mylo, Calvin Harris, Felix Da Housecat e Mau Mau. A produção mandou avisar que alguns nomes podem entrar na lista do festival que rola dia 8 de novembro.

Mudhoney
Os grunges tocam no Circo dia 11 de outubro, os ingressos custam 120 reais (inteira), apresentando a carteirinha ou doando um kilo de alimento você paga meia. Eles ainda vão tocar de graça na cidade de São Carlos, em SP, no dia 12 de outubro! As outras datas você confere no site da SubPop.

Bloc Party
Confirmados para o dia 10 de novembro no Circo Voador. A meia custa 60 reais (carteirinha, kilo de alimento e etc). Já está à venda no site do Circo.

Vive La Fête
O Centro Cultural Ação da Cidadania recebe o show no Rio. O primeiro lote custa 40 reais. Mais infos aqui.

Outros
- Madonna, conhece? Não? Também : ) Melhor não arriscar 200 reais.
- O Digitalism também toca no Skol Beats
- A banda VHS or Beta se apresenta no festival Häagen-Dazs, em SP, no dia primeiro de novembro.
- O grupo
Pizzicatto Five toca no festival Eletronika em Minas.
- Dizem as linguas da web que o Sonic Youth e o Raconteur (!!!) devem aparecer no Brasil ainda esse ano
- O Offspring confirmou com o planeta terra e deve passar no RJ dia 6 de novembro

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Embaixada Pernambuco 02

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O Lugar

Solar de Santa



Talvez seja pelo fato de estarmos acostumados aos mais estranhos, sujos e destruídos lugares para se conseguir assistir um show... Não. Mesmo que todos os lugares onde se toca música fossem bonitos, mesmo que a Lapa fosse organizada ao invés de parecer um cenário de pós-guerra, mesmo assim esse Solar de Santa, local onde aconteceu o Embaixada Pernambuco seria o melhor local para acontecer qualquer coisa no Rio de Janeiro.



Solar de Santa



Localizado um pouco acima do Largo dos Guimarães, numa rua muito apropriadamente denominada de Aprazível, compensa a subida pra quem vai a pé pra lá. Entrando no lugar, há a sensação que mesmo se não acontecesse show nenhum já valeria a pena ter entrado ali.



Segundo o site do lugar, "o Solar Real, uma mansão de 1400 m² em estilo colonial com 25.000 m² de jardins e floresta é a perfeita combinação de elegância e conforto, uma jóia rara debruçada sobre a Baía de Guanabara no bairro histórico de Santa Teresa".



Fora o floreio fru-fru do texto, é a pura verdade. E olha que todas as vezes que fui lá era noite, e o lugar já parecia bonito, fico imaginando à luz do dia. Podiam colocar uma visitação para lá, uma exposição de qualquer coisa, o lugar é de tirar o fôlego.



Vitor Araújo
Blocos de Maracatu



E foi num lugar assim que rolaram os shows dos artistas pernambucanos. Ou seja, todos acabavam entrando com metade do jogo ganho, fosse no salão que fica no térreo, ou fosse no salão do andar de baixo, que era chamado de garagem por Rogê através de seu megafone. Pra quem não sabe quem é Roger, quando Chico Science canta "Cadê Rogê, cadê Rogê" em "Macô", bom... É ele.



Roger

Ó ele aí.

sábado, 13 de setembro de 2008

E o Sonic Youth?

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Sei lá se eles vêm, mas numa diferença de poucos meses também fizeram um setlist perfeito, assim como fizeram R.E.M. e Mudhoney em 2000/2001. O show do Sonic Youth foi no finado Free Jazz de 2000, com abertura de Sean Lennon, do qual não me lembro de muita coisa, mas não foi ruim. Pois bem, Sonic Youth também tem um histórico de seus setlists. Esse show que eu assisti foi assim, de acordo com o site:

Schizophrenia
White Kross
Bull in the Heather
Free City Rhymes
Nevermind
Side2Side
Kool Thing
Burning Spear
NYC Ghosts & Flowers
--
Teenage Riot
Brother James
Death Valley '69

Quer dizer, eu acho que teve mais coisa, mas não tenho certeza. Me lembro das sensações em "White Kross", "Kool Thing" e "Bull In The Heather", além da felicidade de ouvir "NYC Ghosts and flowers", uma das minhas preferidas do disco de mesmo nome, lançado na época.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Embaixada Pernambuco 01

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Pedro Salu



Quarta-feira, 27 de agosto de 2008. O pequeno tablado está montado em um dos espaços do Solar de Santa. O objetivo naquele momento é a apresentação de Pedro Salu.



Pedro Salu veio trazendo as várias tradições de Pernambuco em forma de dança, com bom humor e beleza. No fim ele explica que seu pai, Mestre Salustiano, não pôde vir porque estava no hospital, mas estava bem e que mandou um abraço para o povo do Rio.



Mestre Salustiano foi uma das pessoas que mantiveram viva a cultura pernambucana, mesmo quando ela não estava voga, seja com a rabeca e/ou frente a grupos de maracatu. Quando surgiu o mangue beat, nos anos 90, foi através daquilo que ele trouxe até aqueles dias que os novos grupos puderam absorver e misturar com a linguagem pop moderna.



Seu filho Pedro Salu, durante a apresentação, além de dançar e mostrar algumas músicas de Pernambuco, também mostra e traja algumas vestimentas de lá, além de tocar alguns instrumentos.



Enquanto o festival ia se desenrolando nos dias posteriores, essa apresentação, e toda essa história do passado misturado com o presente e como isso funciona tão bem naquela região vai passando por minha cabeça.



Pedro Salu



Domingo, 31 de agosto de 2008. Otto sobe ao palco para se juntar ao comboio de músicos pernambucanos denominado Punk Reggae Parque. Segurando sua filha nos braços ele pega o microfone e dá a notícia da morte de Mestre Salu: "Mestre Salustiano subiu!"




A festa continua e Otto canta de forma que eu nunca havia visto antes. Mas tudo que realmente consigo ver é a apresentação de dias atrás de Pedro Salu e da forma carinhosa como ele se referiu ao pai. E, apesar da alegria, a vontade é de chorar.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

2001, o ano em que R.E.M. e Mudhoney fizeram contato

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Tentando diminuir ou aumentar minhas dúvidas na disputa entre Planeta Terra e R.E.M., procurei no google por r.e.m. latest setlists e cheguei em http://www.remtimeline.com que mantém um grande arquivo com as músicas tocadas em cada show desde 1980!



Claro que meu interesse é pelas músicas que eles têm apresentado recentemente, que vocês podem conferir aqui. E minha grande surpresa que faz meus pés e ouvidos se dirigirem a Barra no dia 8 de novembro é a inclusão de "Wolves, Lower" em alguns shows.



Bem poucos, na verdade, mas a possibilidade existe. Só conheci essa música deles este ano (eu conheci o R.E.M. a partir do disco Automatic For The People e na época não havia essa facilidade chamada internet), apesar dela já ser tocada pela banda desde 1981 (e olha que "(Don't go back to) Rockville" e "Gardening at Night" são tocadas desde 1980).



Voltando a 2008, outras pérolas de discos anteriores são reabilitadas e que não estiveram no setlist perfeito do show do Rock in Rio III (vejam aqui). Entre elas temos "Welcome to the occupation", "Ignoreland", "Orange Crush", "Drive" e até "Star 69" tem aparecido!



Aqui uma lista do que tem sido tocado, e entre elas devem estar as eleitas para compor as em torno de 27 músicas por show:


Do EP Chronic Town:
Wolves, Lower
1,000,000
Gardening At Night
Carnival Of Sorts (Boxcars)

Do Murmur:
West Of The Fields
Perfect Circle
Sitting Still

Do Reckoning:
Harborcoat
So. Central Rain
Seven Chinese Brothers
(Don't Go Back To) Rockville
Second Guessing
Time After Time (Annelise)
Pretty Persuasion
Little America

Do Fables of the Reconstruction:
Driver 8
Maps And Legends
Auctioneer (Another Engine)

Do Lifes Rich Pageant:
Begin The Begin
Fall On Me
Cuyahoga
These Days

Do Document:
Finest Worksong
Exhuming McCarthy
Disturbance At The Heron House
Welcome To The Occupation
The One I Love
It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)

Do Green:
Orange Crush
Turn You Inside-Out
Get Up
Pop Song 89

Do Out of Time:
Losing My Religion
Country Feedback

Do Automatic for the People:
Drive
Ignoreland
Man On The Moon
Nightswimming
Sweetness Follows
Find The River

Do Monster:
What's The Frequency, Kenneth?
Let Me In
Circus Envy
Strange Currencies
Star 69

Do New Adventures in Hi-Fi:
Electrolite
The Wake-Up Bomb
So Fast, So Numb
New Test Leper

Do Up:
Walk Unafraid

Do Reveal:
I've Been High
Imitation Of Life
At My Most Beautiful

Do Around The Sun:
Final Straw

Do Accelerate:
Living Well Is The Best Revenge
Man-Sized Wreath
Hollow Man
Horse To Water
I'm Gonna DJ
Supernatural Superserious
Houston
Until The Day Is Done
Mr. Richards

Da trilha de Man on the Moon:
The Great Beyond

Da coletânea In Time:
Animal
Bad Day

(alguns links tirei daqui)

E de repente vocês entendem minha empolgação por "Wolves, Lower" se ouvirem a música:






Quando vi o site acima listando os setlists do R.E.M. me lembrei de um site que procurei numa época que a internet ainda nem era tão vasta assim. Quer dizer, já era infinita, mas não esperava, em 2001, ao procurar pelos últimos setlists do Mudhoney, descobrir esse site aqui com todas as datas de shows da banda, setlists (assim como do R.E.M., as dos primeiros anos nem sempre está completa).



Procurava na época para saber o que eles iam apresentar no Brasil, na primeira de muitas turnês e shows que eles fariam aqui. No Rio em específico eles só voltariam em 2005 abrindo para o Pearl Jam, e agora vêm novamente para um show no Circo Voador, dia 11 de outubro e o melhor, depois de lançar um dos melhores álbuns da carreira e um dos melhores de 2008 (descontem o fato que pouca coisa lançada lá fora tem me interessado este ano).



O set list de 2001, tão perfeito quanto o do R.E.M. no mesmo ano, foi esse:

2/18/01 Ballroom. Rio De Janeiro, Brazil (90 min)
Attendance: 500
Supported By: Autoramas
Set: Suck You Dry, You Got it, Here Comes Sickness, A Thousand Forms of Mind, Blinding Sun, Judgement Rage..., Sweet Young Thing, This Gift, Good Enough, Touch Me I'm Sick, Into Yer Shtik, If I Think, Into the Drink, Inside Job, Beneath the Valley..., When Tomorrow Hits, In 'N' Out of Grace, Hate the Police, Make it Now, Who You Drivin' Now?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Tão dizendo por aí

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- Engajados. Alguns ícones do underground americano decidiram se mobilizar para conseguir votos para o candidato a presidência dos EUA, Barack Obama. O foco é nos artistas independentes que ainda não sabem em quem votar, ou pretendem não votar.
Link: Noise For Obama

- Terça é o dia! Nesta terça agora, dia 16, começam a ser vendidos os ingressos para o Tim Festival. A compra poderá ser feita no site da Ticketmaster, ou pelos telefones (11) 2846-6000 (São Paulo) ou 0300 789 6846 (demais estados). O preço dos shows, no RJ, você confere aqui:
Noite de Gala
Sonny Rollins
Preço: R$ 250 – Filas A a O (é de graça em SP)
R$ 120 - Filas P a Y

Noite de Gala
Rosa Passos
Preço: R$ 80

Sophisticated Ladies
Esperanza Spalding
Stacey Kent
Carla Bley
Preço: R$ 140

Brilhando no Escuro
Kanye West
Preço: R$ 250

Ponte Brooklyn
The National
MGMT
Preço: R$ 140

Tim no TIM
Tim Maia Racional com Instituto
Preço: R$ 40

The Cats
Tomasz Stanko Quintet
Enrico Pieranunzi Trio
The Bill Frisell Trio
Preço: R$ 140,00

Novas Raves
Neon Neon
The Gossip
Klaxons
Preço: R$ 140

Bossa Mod
Marcelo Camelo
Paul Weller
Preço: R$ 140

TIM Festa
Junior Boys / Dan Deacon
Gogol Bordello / Música Magneta
Switch / DJ Yoda
Sany Pitbull / Leandro HBL Vídeo Artista / Database
Preço: R$ 80
Link: Notícia do G1

- Quando é que vai acabar a festa? Alguns artistas andam dizendo que já não agüentam mais as comemorações da bossa nova. Inclusive João Donato, que chegou a falar que prefere Jazz.
Link: Artigo publicado no site da Bravo!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

China

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China - 06/09/08



Antes de falar do festival, um pouco mais sobre a contínua, ininterrupta e extremamente salutar para os ouvidos invasão pernambucana.



China sábado no Cine Lapa. Já falei um pouco sobre ele quando tocou junto com Mombojó no Circo Voador há uns meses atrás, e talvez seja necessário somente acrescentar que é inegável o carisma do cara.



E que o som dele passeia por rock, reggae, dub, samba, jovem guarda, psicodelia, até uma piscadela de segundos de hardcore, mas tudo com uma poesia e uma forma de construção de canções que identifico com o que veio em Recife pós-mangue beat. China em particular cria um universo nas letras bem interessante.



China - 06/09/08



Curioso que na mesma hora se apresentava no Circo Voador o Mundo Livre S/A, outra banda de Recife. Em tese seria melhor que tocassem juntos, já que nesses casos dividir não é conquistar, mas pelo menos no Cine Lapa havia um bom público, interessado em ver o China.



Mais fotos em:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/86

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ah, Pernambuco....

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Punk Reggae Parque - 31/08/08

Está meio difícil conseguir traduzir em palavras tudo o que foi o festival Embaixada Pernambuco que aconteceu há uns dias atrás em Santa Teresa, num lugar maravilhoso chamado Solar de Santa. Foram mais de 15 shows em duas semanas onde não teve uma atração "mais ou menos", todas de excelente qualidade, competência, momentos emocionantes, enfim. Mas vou contar um pouco melhor sobre tudo isso durante a semana. Enquanto isso, vocês podem ver as fotos aqui:

Dia 22/08/08
Ariano Suassuna:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/71

Academia da Berlinda:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/73

Siba e a Fuloresta:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/72

Dia 27/08/08
Pedro Salu:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/76

Ortinho e Junio Barreto:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/77

Dia 28/08/08
Academia da Berlinda:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/78

Eddie:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/79

Dia 29/08/08
Pianorquestra:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/80

Gozart/André Ramiro/Vitor Araújo/Guardaloop:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/81

Dia 30/08/08
Vitor Araújo:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/82

3 na Massa:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/83

Dia 31/08/08
DJ Mam, Carlos Malta, Edu Krieger e blocos de maracatu:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/84


Punk Reggae Parque (inacreditável!) e Otto:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/85

domingo, 7 de setembro de 2008

O Mistério do Samba

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O trabalho de mais de dez anos da cantora Marisa Monte finalmente chega às telas. O documentário sobre a Velha Guarda da Portela chega para alegrar a tantas 'tias', 'tios' e 'seus' moradores de Oswaldo Cruz (pertinho de Vaz Lobo!) e aos que admiram um samba de qualidade recheado com boas estórias.

O filme é conduzido pela tia Marisa. Que totalmente introsada, chega nas casas e começa sua busca pelo inédito, muitas vezes em formas de fitas, pois ninguém ali tinha dinheiro para gravar em disco. Durante o filme é registrado a descoberta de muitas pepitas, umas até ditas como inexistentes por veteranos da azul e branca, que registram parcerias e lindas composições que caíram no esquecimento.
Ela também conduz uma viagem para dentro da memória de cada um da velha guarda, que falam da forma como começaram no samba, dos amores e dos hábitos da época que já passou. Das várias estórias do filme, não posso destacar nenhuma, pois não destacar tudo seria uma grande injustiça a tantas 'pedradas' e respostas a provocações, que não vinham em brigas, mas tudo terminava em samba, de qualidade, é claro!

O filme vale para quem quer dar boas risadas e tem curiosidade de saber como era a vida no Rio antigo. O chato é aquilo, 'O Mistério do Samba' só passa na Zona Sul, exceção à um cinema em Guadalupe que exibe o longa, o maior mistério é por que ele não está em exibição em Madureira...

sábado, 6 de setembro de 2008

Essa sim é briga boa

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Aí você descobre que o Planeta Terra, festival criado ano passado em São Paulo e que por lá permanece, vai acontecer no mesmo dia que o R.E.M. se apresenta no Rio de Janeiro (Barra da Tijuca ainda é Rio, né?). Ok, o preço do festival é caro... Opa, acabei de ler no Lívio que a inteira do primeiro lote vai ser 60 reais, ou seja, a meia vai ser TRINTA REAIS! E ainda não confirmaram as atrações mas falam em Bloc Party (bom o primeiro disco, vem pro Rio), Kaiser Chiefs (bom primeiro disco, não vem no Rio), Spoon (não me seduz), Black Rebel Motorcycle Club (não me seduz), The Raconteurs (acho caô, mas aí o coração balança forte, ou você é louco e ainda não ouviu o segundo disco deles?), The Jesus and Mary Chain (mais histórico do que necessário, seria bom se fosse algo tipo tocando Psychocandy na íntegra), Queens Of The Stone Age (seria bom. mas acho que não vem), Foals (gosto do disco deles), Sonic Youth (show maravilhoso, acho difícil) e... Breeders. Um dos maiores arrependimentos foi não ter ido a Curitiba assistir e ouvir a voz de Kim Deal, quando ela veio ao Brasil em 2004 com o Breeders e em 2005 com o Pixies.

Nada disso é confirmado, até onde eu saiba, e acho péssimo ficar repercutindo boatos, não fosse o fato que esse preço é promocional e é uma espécie de venda às cegas: você paga mais barato sem saber qual vai ser a escalação oficial do evento. Depois que eles anunciam as atrações o preço sobe.


E o R.E.M. é um dos 5 melhores shows que já vi. As chances de me arrepender de ver novamente Michael Stipe e cia. são nulas. As chances do preço ser mais caro que o Planeta Terra são enormes.


E agora?

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Vamos ao (pouco) que interessa

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Como já disse o Tulio aí embaixo, saiu a escalação do Tim Festival. Excetuando-se a parte de jazz, que não me meto a achar que manjo, o que é legal no festival? Isso aqui: Instituto apresenta "Tim Maia Racional".



Imagino que eles toquem o Volume 1 e o Volume 2 da fase Racional de Tim Maia, e quem sabem não toquem algo do lendário Volume 3? Pelo que vi numa rápida busca participam dessa homenagem pessoas como BNegão, Negra Li, Carlos Dafé, Pupilo (Nação Zumbi), Curumin, numa apresentção tinha o Peu (ex-guitarrista da Pitty), em outra teve o Fernando Catatau (Cidadão Instigado).Imaginando também que esse show seja num preço razoável, afinal de contas é um grupo nacional se apresentando sozinho. Outro que pode(ria) ter um preço não tão absurdo é o palco Tim Festa com Gogol Bordello. Ou será só um sonho imaginar isso? Ingenuidade, né? Com atrações tão diferentes no mesmo palco como Música Magneta, Database e Sany Pitbull deveria ser uma oportunidade para pessoas que estão menos preocupadas em aparecer e posar para revistas de celebridades e mais concentradas em dançar e se divertir. Mas aí não estaríamos falando de um evento midiático no Rio de Janeiro...

E Paul Weller com abertura de Marcelo Camelo? Esse eu tenho certeza que o preço vai ser proibitivo, mas quem quiser contribuir para que vips possam assistir do seu lado de graça, com certeza não vai se arrepender de ver e ouvir (todos sentadinhos, com mesas no lugar que nem foi o Elvis Costello?) o Rei Mod e ex-líder do The Jam. Suspeito que terá mais gente interessada em ver o trabalho solo de Marcelo Camelo, e se isso é bom ou ruim, concluam vocês.
Acho que é isso. Klaxons? Gossip? National? MGMT? Kanye West? Se tem três letras desejáveis no final do ano certamente não são as que compõem TIM e sim as que formam R.E.M.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Agora sim!

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E a espera acabou. Agora sim saiu a famigerada lista do Tim Festival. É a melhor parte, porque os preços ainda não apareceram, dá até pra fantasiar em ir em tudo que você achou legal! Como já foi dito por aqui, mais de uma vez, Paul Weller, Gogol Bordello, Marcelo Camelo e mais uma "turminha bacaninha" devem aparecer na Marina da Glória (no Rio de Janeiro, mas o evento também rola em SP e Vitória) nos dias 23, 24, 25 e 26 de outubro. Dá tempo para você juntar as suas moedas para pegar pelo menos um dos shows. Ficou assim:

quinta feira, 23/10
"20h" 
Noite de Gala: Rosa Passos 
"21h" 
Noite de Gala: Sonny Rollins *
sexta feira, 24/10 
"20h" 
Sophisticated Ladies: Carla Bley / Stacey Kent / Esperanza Spalding 
"21h" 
Brilhando no Escuro: Kanye West 
"22h" 
Ponte Brooklyn: The National / MGMT 
sábado, 25/10
"1h" 
Tim no Tim: Instituto apresenta "Tim Maia Racional" 
"20h" 
The Cats: Bill Frisell / Tomasz Stanko / Enrico Pieranunzi 
"21h" 
Novas Raves: The Gossip / Klaxons / Neon Neon 
"22h" 
Bossa Mod: Marcelo Camelo / Paul Weller 
domingo, 26/10 
"1h" 
Tim Festa: Dan Deacon / DJ Yoda / Sany Pitbull / Música Magneta / Junior Boys / Gogol Bordello / Switch / Leandro HBL Video Artista / Database 
* O pessoal de SP vai conferir essa de graça

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Como baixar um disco

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Sempre que acharmos pertinente vamos repassar algum endereço para baixar um disco. Mas no caso de isso não acontecer, a coisa mais fácil hoje em dia é achar o som do disco que você quer usando o google ou o orkut. Pode ser que isso seja completamente inútil para a maioria que acessa isso aqui. Mas quem sabe não ajuda alguém? Eu procedo da seguinte maneira:

Google: digito site:blogspot.com e logo após o nome do artista e do disco pretendido. Há um problema aí, do link para baixar ser antigo e já ter expirado, então dou preferência por postagens recentes (geralmente os links no blogspot possuem o ano e mês). Exemplo: Buscar o novo disco do Stereolab que gera como resultado http://mundomp3.blogspot.com/2008/08/stereolab-chemical-chords.html. O blogsearch do google também pode ser útil, já que é basicamente a mesma coisa, com a vantagem de poder ordenar pela data das postagens, mas até pouco tempo essa ferramente ainda era meio instável.


Orkut: Existe a opção de procurar em tópico e faz-se a mesma coisa, digitando o nome do artista e disco. Tanto no orkut quanto no google existe o problema de você às vezes procurar um disco com o mesmo nome do artista. Nesses casos você pode aumentar suas chances digitando o nome de uma das faixas do disco junto na busca. No google isso costuma ajudar bastante, no orkut ajuda menos. Então no orkut é bom sempre dar uma busca na comunidade Discografias. Se você quiser alguma novidade do rock internacional pesquisar na comunidade RCD. Se for lançamentos nacionais ou algo mais obscuro, pesquisar dentro da comunidade d'O Dilúvio Revista.


Se você não achar de nenhuma dessas formas, aí tem um monte de programas p2p que ainda resistem às pressões das grandes gravadoras. Eu uso o soulseek quando as dicas aí de cima falham.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Recapitulando

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Só uma coisa a dizer sobre o novo disco do Ed Motta, Chapter 9, disponível para download na Trama Virtual:





Deep.




Até agora acho que foram poucos os bons discos nacionais lançados este ano. Ed Motta, Macaco Bong, Curumin, não sei se Quito Ribeiro é de 2008 ou 2007 e... quem mais? Alguém por aí reparou quantos bons discos brasileiros (alguns essenciais) saíram em 2007?

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Peel!

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Caro leitor do La Cumbuca, você pode não saber, mas o senhor John Robert Parker Ravenscroft, ou John Peel, deve ter alguma influência na sua vida também. O DJ que comandava a Radio London de meia noite até às duas da manhã educou uma geração. Ele tocava Mothers of Invention, Dylan, The Undertones, Howlin' Wolf e mais uma infinidade de lendas que mudaram a cabeça da garotada lá na terra da rainha. Mais do que educar Peel criava laços com os ouvintes, tanto que ele recebia cartas, com discos e poemas, mais do que qualquer disc jockey da rádio. Mesmo com o fim da Radio London ele não parou. A BBC então começou a mandar na sua vida. No inicio, nem um programa solo ele tinha, mas mesmo desafiando a sua audiência com um outro tipo de música, ele conseguiu um programa só seu, que depois veio a se tornar o badalado John Peel Show. Ao mesmo tempo, o nobre chegou a tocar programas para as forças britânicas, um na Finlândia, outro na Áustria, fora o seu 'oficial' na BBC Radio 1 e ainda aparecia de vez em quando em alguma rádio independente da vida.

John Peel promoveu vários artistas independentes, e que hoje estão por aí, ou já até expiraram, gente como Sex Pistols, Pj Harvey, Clash, Undertones, Buzzcocks, Bowie e até o White Stripes creditam a ele o sucesso que fazem hoje. Peel gravou mais de 4000 sessões, cerca de dois mil artistas diferentes passaram por um estúdio capitaneado por ele.

Você já deve ter percebido quanto esse cara é importante pro La Cumbuca também. Infelizmente ele morreu em 2004, mas se estivesse vivo comemoraria amanhã 69 anos! Quem já estiver com a data marcada pra partir, lembre de visitar o tio e dizer que o Túlio mandou um abraço!

  • I just want to hear something I havent heard before
  • John Peel (30 Agosto 1939 – 25 Outubro 2004)

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Marsolo Camelo

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Imagino que todo mundo já está sabendo do lançamento do primeiro trabalho solo de Marcelo Camelo, desde que Los Hermanos entraram em recesso indeterminado (ou seja, acabaram mas podem um dia voltar). O nome do disco é "sou" e já dá pra ouvir a primeira música, "Doce Solidão" no myspace do Camelo. A capa de "sou" na verdade é um "nós" escrito de cabeça pra baixo. 10 das 14 faixas do disco vão estar disponíveis a partir de amanhã no site sonora e 5 minutos depois nos rapidshares da vida. Um dia antes, também conhecido como hoje, estréia à noite no Multishow o registro do último show do Los Hermanos, na Fundição Progresso. Uma overdose de Los Hermanos na mídia, mantendo a banda e seus integrantes em evidência, mesmo sem estarem necessariamente juntos. Tudo muito interessante. Mas muito mais importante que isso é mostrar essa foto de divulgação do disco solo e turnê do Camelo, que está correndo os sites por aí.



Anti-marketing tem limite!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Em Poucas Palavras

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Quase nenhuma, na verdade, mas temos imagens.


08/08/08 - Monstros do Ula-Ula:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/65



João Penca e Seus Miquinhos Amestrados

09/08/08 - João Penca e Seus Miquinhos Amestrados:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/66



11/08/08 - Palestra bizarra do David Lynch ("bizarra", mas não por causa do David Lynch):
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/67


Canastra

16/08/08 - Canastra:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/68




20/08/08 - Rio Cello Encounter - Tributo a Who e Jimi Hendrix com violoncelos e Victor Biglione:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/69


Teresa Cristina e Semente

20/08/08 - Teresa Cristina e Grupo Semente:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/70


E em imagem e som, Roberto Carlos e Caetano Veloso cantando Tom Jobim no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, vídeo da Dine:



Além de Roberto Carlos solo.

E calma, pois ainda tem mais, logo.

sábado, 23 de agosto de 2008

Desventurado

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Winamp Classic + Plugin Analog Vocal Remover + alguns mp3 do Ventura do Los Hermanos =


Além do que se vê - vocal soterrado, bateria e piano bem na frente, metais no final.


Do sétimo andar - barulhinhos percussivos até chegar no refrão.


Deixa o verão - praticamente só a bateria, fora umas notas no meio da música.


Um par - guitarra, bateria e teclado sobressaindo, vocal lá no fundo, mal dá pra ouvir o baixo.


Conversa de botas batidas - boa parte do tempo só o piano



Serve mais como curiosidade. Interessante ouvir uma nota que ainda não tinha percebido lá, uma melodia que estava escondida, nuances, etc. Pelo menos pra mim. Se alguém quiser baixar tudo:
http://rapidshare.com/files/139561638/Los_Hermanos_semi-instrumentais.rar.html
Um par
Último romance
Samba a dois
O vencedor
Do sétimo Andar
Do lado de dentro
Deixa o verão
De onde vem a calma
Conversa de botas batidas
Além do que se vê
A outra

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Das dificuldades de se ver um show 2

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Daí você lê uma entrevista do Lobão no Jornal do Brasil, recheada com aquelas polêmicas que se tornaram a sobrevivência do cantor nos cadernos culturais, já que seus (bons) discos da fase independente pouco repercurtiram junto ao público e mesmo seu acústico foi bem aquém do esperado, comercialmente falando. Vários ataques para todos os lados, mas considerei algumas coisas interessantes destacar. Não é pra concordar não, é para de repente pensar, por exemplo, porque um show do João Gilberto, com 2300 lugares, tem 900 convidados. Mesmo que daqui a uma semana ele mude de opinião sobre tudo que disse, eis a palavra de Lobão:


Por que você se mudou para São Paulo?

– Cara, eu adoro o carioca da Zona Norte, mas o da Zona Sul já estou de saco cheio. Fui criado em Ipanema, ia ao píer nos anos 70, conheço meu pessoal. Eu não tenho assunto com ninguém do Rio, nem gosto desse modelo do cara bombado, com a orelha parecendo uma couve-flor. No Rio você vê advogados falando igual a idiotas, dizendo "merreca" em vez de falar em dinheiro. Que credibilidade um sujeito desses tem? O carioca da Zona Sul, hoje em dia, é um cara que não paga para ir em show. Não paga nem meia, quer ser vip, entrar naquelas listas. Vai ao show, fica aporrinhando o saco e depois ainda vai ao camarim beber meu uísque.(...)

Mas você não gosta de bossa nova?

– Bossa nova é uma língua morta, assim como essas bandas de choro e samba que existem hoje, que ficam tocando naquele lugar sujo que é a Lapa. Tem que parar com essa coisa de ficar lambendo o saco de universotário marxista branquelo, essa coisa loser manos, petista, que virou maioria no Brasil. Porque o Brasil é o país da culpa católica, um país em que se valorizam as pessoas feias.

Entrevista completa clicando aqui

Por ironia, quis o destino que Caetano Veloso abrisse seu show que vai virar o DVD Obra em Progresso, no dia seguinte às declarações do Lobão, com uma música chamada "Lobão Tem Razão". O show foi na mesma zona sul que Lobão agora desanca e você pode ler mais sobre isso nessa matéria do JB. Outra curiosidade, Caetano canta uma música chamada "Lapa", que Lobão também detona (o bairro, não a música) na entrevista. E Caetano, assim como Lobão, costuma abastecer os cadernos culturais com frases polêmicas ou algo que o valha, de tempos em tempos.

Se ainda não ficou claro o motivo do título deste post, os ingressos mais baratos para o show do Caetano custavam 60 reais a meia-entrada. O mesmo preço de uma atração internacional como o Muse, por exemplo. Não sei o pessoal da zona sul, mas pelo menos um da zona norte que gostaria de ver o show sentiu uma grande dificuldade e não foi. Imagino que tenha lotado, mas não imagino também quantos pediram para entrar em lista vip.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Das dificuldades de se ver um show 1

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Queria escrever sobre a via-crúcis que foi conseguir comprar ingressos para os shows de João Gilberto e da performance dupla de Roberto Carlos e Caetano Veloso em homenagem aos 50 anos de bossa nova (se bem que com 50 anos o adjetivo nova fica um pouco estranho, não?). Como falta tempo, achei melhor indicar um texto da Folha de São Paulo, que resume um pouco o que eu queria dizer:

Quem vende pior?

Depois de disputarem as provas individuais, hoje foi dia da Ticketmaster e da Ticketronic ficarem frente a frente para estabelecer quem é o pior vendedor de ingressos do país: a primeira vendeu entradas para os dois shows de Roberto Carlos e Caetano Veloso em São Paulo, a segunda vendeu para o show de João Gilberto no Rio.

Foi uma disputa apertada, com as duas equipes demonstrando que são realmente craques nesse negócio de não vender. O começo foi bem equilibrado (às 10h, hora oficial de início das vendas - o que, como já vimos antes, pode não dizer muito -, ambos os sites começaram a dar pau), mas às 10h24 a Ticketronic assumiu a dianteira, informando em sua home que os ingressos estavam esgotados (e não estavam, como ficou comprovado dois minutos depois, com o site voltando a oferecer os ingressos).
Continue lendo aqui.

Fora toda a dificuldade para conseguir um ingresso, os primeiros da fila para o show do João Gilberto descobriam ao escolher um lugar que as primeiras fileiras já estavam ou reservadas para as vendas por telefone/internet ou reservadas para o patrocinador do evento, o Itaú. Aliás, 40% dos ingressos estavam reservados para o patrocinador. E isso significa o seguinte: vários globais e "celebridades" lá na frente, entrando de graça. Quem dormiu na fila é menos importante que eles, para o Itaú. No Brasil ainda é pouco difundida a noção de que uma empresa que age assim com seus potenciais clientes acaba tendo sua imagem prejudicada. Com a internet as pessoas tem mais informação e quem sabe as coisas melhorem. Fato é que, se eu tivesse uma conta nesse banco, fechava no dia seguinte. Comprar pela Ticketronic? Depois de ser atendido de forma grosseira por uma atendente lá, nunca.

Talvez eu continue sobre o assunto...