Não importa se você concorda ou discorda sobre tática black bloc, anonymous, pessoas mascaradas, vandalismo, ou o que quer que seja. O Estado não pode criminalizar uso de máscaras se a pessoa não está praticando nenhum ato ilícito. Temos essa tradição de, na incompetência e/ou falência de governos em resolver certas questões, encontra-se uma solução totalmente estapafúrdia.
Por exemplo, a proibição de se falar ao celular dentro de agências bancárias, para eviar a modalidade de crime conhecida como "saidinha de banco". O pior, sequer resolveu o problema!
Todo mundo sabe que a solução para acabar com os protestos seria muito mais fácil se os governantes parassem de roubar e passassem a trabalhar. Se ouvissem mais as pessoas, se aceitassem mais a participação popular nas decisões da cidade, do estado do país. Mas quem deve, teme, então é melhor botar a polícia em cima de quem está nas ruas exigindo melhorias e querendo saber onde está o Amarildo.
Algumas pessoas foram para a Alerj no dia em que foi aprovada a probição de máscaras em manifestações. Muita coisa aconteceu antes, mas só cheguei quando as pessoas estavam nos fundos da Assembleia Legislativa. O único deputado a falar com os manifestantes foi o Marcelo Freixo.
Depois que fui embora aconteceu esse fato inusitado: uma advogada deu voz de prisão a um policial um tanto quanto alterado, que ficou ainda mais nervoso diante da firmeza da advogada. O nome desse policial se chama Pinto (eu sei, piadas pululam na sua cabeça no momento) e eu tinha filmado ele mais cedo se fazendo de controlado ao abordar um manifestante mascarado e ordenando que retirasse a máscara, mesmo sem a lei ter sido sancionada naquele dia.
Embaixo, todos os vídeo que gravei no dia, que você também pode ver aqui.
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