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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Silva no Oi Futuro Ipanema (20/07/12)

Forma & Conteúdo


Silva - 20/07/12


Oi Futuro Ipanema, dez de dezembro de 2011: Com Truise se apresentava no Festival Novas Frequências. Com um baterista sentando forte o braço no instrumento, do lado direito do palco, Seth Haley preenche o teatro com camadas de sons de sintetizadores e outros efeitos.




Oi Futuro Ipanema, vinte de julho de 2012: Silva se apresenta no projeto Levada Oi Futuro. Com um baterista sentando forte o braço no instrumento, do lado esquerdo do palco, Lúcio Souza preenche o teatro com camadas de sons de sintetizadores e outros efeitos.



Silva - 20/07/12



Apesar da minha leve forçada de barra para comparar os shows do Com Truise e Silva, é importante justamente para marcar as diferenças, que puderam ser percebidas durante o bis de Silva, onde ele se vira sem programações e bases pré-gravadas para mostrar novamente "A Visita", tomando a frente do palco com seu violino.


Silva - 20/07/12



Depois ele diria algo como "agora vamos fazer direito" e tocou a música com as bases e tudo mais, mas já estava "direito" daquela forma, Silva. Porque essa é a diferença entre Com Truise e Silva: enquanto o primeiro depende exclusivamente dos (ótimos) efeitos para sua música funcionar, Silva consegue aliar uma forma moderna para canções que não dependem disso para serem apreciadas.



Silva - 20/07/12


A forma teve uma ajuda muito forte do excelente som do Oi Futuro Ipanema. Foi possível ouvir todos os detalhes e timbres escolhidos por Lúcio para esse show. O normal seria eu preferir que estivesse ali uma configuração de banda, com guitarra, baixo, mas a sonoridade parecia tão orgânica (mesmo nas batidas eletrônicas) que é impossível reclamar disso ou mesmo do excesso de efeitos nos vocais.




Silva - 20/07/12



A lembrança que vem é de grupos como XX, James Blake, Bon Iver, Sigur Ros, Arcade Fire. Ao mesmo tempo, algumas das melodias e das letras me levam ao final dos anos 70 e começo dos 80, mas no Brasil. Djavan no começo da carreira, Tetê Espíndola, Ivan Lins e, principalmente, Guilherme Arantes. Mas também há um pouco de semelhança com Los Hermanos e com o contemporâneo Marcelo Jeneci. Essa mistura não é tão simples quanto parece nessa torrente de nomes que joguei neste parágrafo. Há algo ali, bem original e novo, que já é próprio do Silva.




Silva - 20/07/12




O mais impressionante é que esse é o quinto show da carreira do multi-instrumentista capixaba (no sábado ele fez o sexto). Não dá para notar isso nem mesmo na timidez para falar com a plateia entre as canções. Mas o que demonstra uma maturidade muito grande, surpreendente para um trabalho com tão pouco tempo de estrada, é a execução e produção das músicas ao vivo, sendo minhas preferidas "2012" e "12 de Maio". Tanto as novas quanto as faixas presentes no EP lançado ano passado soam como o trabalho de um artista que já nasceu gente grande.


Gravei algumas músicas, duas eu não sei o nome. Se alguém quiser ajudar ou só assistir mesmo é só clicar aí embaixo ou aqui.









Como o Mauval disse, a sensação foi de ter presenciado o início de algo muito especial.



Silva - 20/07/12

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