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segunda-feira, 9 de julho de 2012
Nervoso e Os Calmantes no Aterro do Flamengo (19/06/12)
Como o Fábio já tinha falado, não aconteceram muitos shows aproveitando o Rio+20, que aconteceu há algumas semanas e que mobilizou autoridades, ativistas e interessados na questão da sustentabilidade do nosso insustentável planeta. Um desperdício de oportunidades que a movimentação da Cúpula dos Povos no Aterro do Flamengo (evento complementar, paralelo e/ou perpendicular ao Rio+20) permitia que acontecesse.
Do pouco que se salvava da programação, estava Nervoso e os Calmantes no Aterro do Flamengo, mas o local exato do "anfiteatro da Cúpula do Povos" no Aterro, que não é nem um pouco pequeno permanecia um mistério. No facebook havia um papo de ser na altura de onde era a Manchete. Então para lá eu fui.
"Maus Limites"
O Aterro do Flamengo é uma grande área de mais de um milhão de metros quadrados que começa no Aeroporto Santos Dumont e vai até a Praia de Botafogo. O Museu de Arte Moderna e a Marina da Glória estão lá. Embora eu tenha lá minhas reservas quanto aos projetos arquitetônicos cometidos no Rio de Janeiro durante o século XX, não é feio o gigante complexo de lazer com jardins, quadras e pistas para vários esportes. Mas à noite se torna um parque-fantasma sem iluminação e um convite ao perigo, como já havia comentado quando aconteceu o Festival MTV Universitário uns anos atrás.
Com o Rio+20 acontecendo, achei que o problema de iluminação seria pelo menos temporariamente resolvido, mas que nada. Segurança havia. Soldados, policiais e a guarda municipal, andando no mínimo em duplas - e com razão, dá medo andar sozinho lá - pelo arredores e próximos às passarelas de acesso ao Aterro. Já informação era outra commodity em falta, e foi só pelo acaso que descobri o local onde Nervoso e sua turma se apresentariam.
Não mais do que umas 15 pessoas estavam presentes quando o show começou, mas isso aparentemente não fazia a menor diferença para André Paixão, que não tem o nervosismo de seu apelido no trabalho solo, mas com certeza passou por plateias mais rarefeitas nos tempos em que tocava bateria em praticamente todas as bandas do Rio de Janeiro. "O importante é que alguém venha", disse ele, ou algo parecido com isso.
Embora eu goste muito das composições do Nervoso, a produção e os arranjos nos discos não me agradam tanto. Ao vivo costumava ficar um pouco melhor, mas ainda faltava algo, apesar que o show que vi na Virada Cultural em 2010 tinha sido muito bom. Desta vez acho que ficaram ainda mais perto do ponto ideal, talvez por conta do novo baterista Pedro Schroeter, que já tocou com a banda de hardcore Cabeça.
"Universo Vocacional"
No setlist, as melhores músicas do Nervoso, como "Kit Homem", "Candidato a Amigo", "Universo Vocacional", "Já Desmanchei Minha Relação", "O Percurso" e "Bom Veneno", que já foi gravada por Nina Becker e pelos Autoramas, e com o Nervoso ganha uma certa aura tomwaitsana. Uma pena que uma das que mais gosto, "Um Sonho de Transatlântico", não foi tocada. Mas já foi presente mais do que suficiente voltar pro Rio de Janeiro e ter pelo menos um show do Nervoso e Os Calmantes em um lugar tão bonito como o Aterro.
"O Bom Veneno"
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Um comentário:
Conheci ele(s) nesse show da Virada, em 2010. Realmente estava muito bom. (y)
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