![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLuY6-yeHc9WvALjhy8AfHa_VeekaVBTRsnUUHUxlnIE9lKj-JImHCyMNbQBn3539pBeGeQY64ZW3CRDVB21Ku8IuB99GT5YVTI4Tc9LF4V_3GdQXkcJi0ACd9bP0a1TZliZWXljkxfms/s640/WP_20131119_032-001.jpg)
A Praça da Bandeira está em processo de renovação e com novos lugares legais para se ir. É o que dizem os jornais há uns 20 anos. Mas, ao que parece, desta vez a realidade está se encontrando com o desejo que costumava estar impresso nas publicações com dicas de lazer, em especial se visitamos a Rua Barão de Iguatemi e encontramos quase todo mês um novo bar estilizado para se juntar ao Aconchego Carioca, Botto Bar, Bar da Frente, etc.
Mas tudo isso no campo da gastronomia/alcoolnomia. A música costuma ter atenção ali perto, na Rua Ceará, com novos bares se unindo ao Heavy Duty e fazendo a alegria de motoqueiros e quem quer ouvir sons mais pesados. Além disso, no Botto Bar também rola um som com alguns músicos do Blues Etílicos às terças.
Colado ao Aconchego Carioca, voltando à seara gastronômica, está a Forneria Santa Filomena, em rua de mesmo nome. Foi lá, na terça-feira passada, que começou a primeira edição do Dobradinhas e Outros Tais, projeto gerido & gerado pela jornalista e assessora de imprensa e, acho que agora dá pra chamar também de agitadora cultural, Julianna Sá.
Julianna que foi contaminada pelo acesso de loucura do pessoal do Circo Voador e solicitou os préstimos da La Cumbuca Sistema de Som para nesta primeira edição colocar músicas antes e depois do show conjunto de Letícia Novaes e César Lacerda, e vocês podem saber o que foi escolhido pelo La Cumbuca para ser ouvido pelo público aqui.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht5Ppo_O74O0MhitCfVDILEC284qGkkO96k3T2GAdsbBAVsKdlSxeQ7GlBwuxrFxxGrlcIqAoVL4Egn_5ocH3KuA66lkzZWe9JSXnsQLlEBPgRJETjOFEuac0a7MlZCEAwVlssUZUKpfk/s640/WP_20131119_001-001.jpg)
O terraço da forneria foi o local onde a festa aconteceu, ao ar livre, com decoração caprichada, bar, exposição e distribuição de mensagens em carimbos da Carimbaria para um público que compareceu na medida certa, cheio sem superlotar o ambiente.
Já falei aqui sobre dois aspectos que muito me agradaram logo de início sobre o Dobradinhas: o preço da entrada e a localização fora do circuito manjado para esse tipo de proposta. Claro, pipocam aqui e ali iniciativas semelhantes e com outros tantos detalhes que me atraem. E todos hão de ser louvados, porque quem entra nessa onda não parece estar ali para fazer fortuna e muito mais pela necessidade que tem de fazer as coisas, alguma coisa, qualquer coisa acontecer.
Mas lógico, isso não é tudo. Antes de fazer cosplay de DJ, jornalista, blogueiro, músico, consultor ou o que seja, me considero, antes de tudo, público, e é essa visão que tento passar aqui no La Cumbuca. O público, essa incógnita tão grande para os produtores e bandas do Rio de Janeiro, deseja ser bem tratado. Noves fora masoquistas, ninguém apoia "a cena" se isso não for uma fonte de lazer/prazer. Ingressos baratos e lugares diferentes podem resultar em uma experiência mambembe, por exemplo. Porém, o que se viu na Praça da Bandeira é um daqueles casos que eu, enquanto público, posso recomendar que as pessoas compareçam mesmo que não conheçam tão bem os artistas porque sim, elas vão se divertir.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOtMV8b46Mf_kcm1SqShOZRIzVtHHp3DCpy-PaBWNVWn7AgBCkWKAz0T7b9IQYa3hCAKdsuVkM4PHtAegLInsVDDEuWtz56sFlRXbTnrFpRmW0I4mezStJl6VFAHUrweyO8Zd8_VwN7Lk/s640/WP_20131119_015-001.jpg)
Dos artistas dessa primeira noite, um eu estive sempre perto de ver, mas sempre deixei escapar por pouco. Cesar Lacerda demonstra equilíbrio entre despojamento e técnica e faz uma MPB que em nada deve em termos de qualidade a Lenine, Moska ou Camelo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2NPznlzYQhE7dqgYgSoUOZMq2c_itnNTBX4Gl2RCxSl1o3v7KujbLYndqU4lnwK8RsKyLR5DAupkzZKBZ3xCpb2gGoHZZlyiaxfdbr3Gw8x7liNMSijhEfxAcrOozGOUTpbKk5E6u1cs/s640/WP_20131119_023-001.jpg)
A outra artista já vi trocentas vezes frente ao Letuce e mesmo assim me surpreendi quando Letícia Novaes encarou o público na parte solo que cabia a ela nesse encontro (durante o set conjunto, cada um dos artistas tocou três músicas sozinho e ainda fizeram mais uma cada no bis improvisado). Tanto com músicas inéditas ao vivo, em inglês e português, quanto com músicas do Letuce, em especial com "Freud Sits Here", Letícia consegue ser um tipo de cantora/compositora de bastante originalidade, que fica mais exposta (e isso é ótimo) no minimalismo dos arranjos dessa noite. Mesmo a mais ranzinza das pessoas, se é que existia alguma por lá na semana passada, deve ter se rendido a Letícia.
E juntos, cantando Beatles e Caetano Veloso no meio de bolinhas de sabão, Letícia e César deram sentido à Dobradinhas e aos desdobramentos da vida que nos levaram até lá.
Seis vídeos do show, aqui ou abaixo.
Músicas:
- Favos de Solidão
- For No One
- Cataploft
- Five Years
- Baby
- Freud Sits Here
Hoje o Dobradinhas continua com Mahmundi e Qinho, e som por conta do DJ Fabiano Moreira da Bootie Rio. Não compareçam para dar uma força, compareçam porque é legal.
E para terminar, sugiro como uma leitura melhor sobre como foi a noite o excelente texto do DJ Lencinho do Circo Voador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário