http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u471436.shtml
"A Comissão de Educação e Cultura do Senado aprovou, por 14 votos favoráveis a 7 contrários, nesta terça-feira fixação de 40% de cota para a venda de meia-entrada em todo o país. "
Um governo determinar, obrigar, decidir, quanto deve ser o preço de um entretenimento (e sem essa de dizer que 007 e Kanye West são "acesso à cultura") para um determinado grupo de pessoas (estudantes e idosos, no caso) é tão idiota que dá até desânimo. Essa cota de 40% consegue ser pior ainda.
E como tem gente supostamente esclarecida defendendo carteirinha de estudante, mesmo que ninguém esteja pagando meia-entrada de verdade. Socorro.
9 comentários:
Oie, Fábio e Eli.
Bacana o blog. Bem atualizado.
Vou add.
Abração.
E se por acaso não existisse meia-entrada, a inteira seria mais barata?
Anônimo, não sei trabalhar com o "se". Mas imagino que, por exemplo, um ingresso do r.e.m. custando 480 reais, sem direito a meia-entrada, seria um fracasso retumbante. Então provavelmente a inteira seria mais barata, apesar que ela não diminuiria pela metade, o que deveria acontecer.
Acho que tem muita gente gananciosa produzindo shows, que querem margens de lucro acima de 50% e que poderiam ganhar muito mais ou no mínimo o mesmo se vendessem mais barato: iria mais gente e com isso mais gente estaria exposta a supostos patrocinadores, consumiriam mais produtos que se vendessem nos shows (camisa, bebida, comida, cds).
Mas nada disso importa muito, considerando que a lei é arbitrária. E o que eu falo no meu post é isso: a lei é absurda por o estado OBRIGAR um particular a dar desconto para um grupo de pessoas, sem haver uma contrapartida (e nem quero que haja!) e ninguém está pagando meia-entrada. A inteira talvez fosse mais barata, mas pra mim hoje mesmo a meia-entrada já está cara demais.
O Estado não obriga a nada. Quem obriga alguma coisa é a sociedade, a lei só existe apenas porque a sociedade quer que exista e vê fundamento para que tal grupo social seja beneficiado. Afinal lei tem que beneficiar aqueles que mais precisam. Os estudantes, a juventude, têm que ter incentivos para assistir a uma peça de teatro, a um festival de cinema, a um show, a qualquer evento cultural, a conhecer cultural de seu país e de seu povo. Se, mais uma vez, não existisse esse benefício, a principal perda que teriamos seria o afastamento desse grupo, ou seja, a alienação desse grupo dos objetos culturais.
Isso me lembra agora a favela, onde existe a ausência do Estado, e em que não existe meio-culturais ao acesso daquela população. O que coloca toda aquela população sem perpectiva e a margem da sociedade.
Seria esse anônimo um certo estudante do 9º, de all-star verde-oliva?
Anonimo, a discussão até é boa, apesar de eu estar sem tempo, mas eu dou como exemplo o show do r.e.m. e você vem falar de "cultura do seu país, do seu povo"?
E que benefício é esse se as casas de shows dobraram o preço dos ingressos? Entenda, quase ninguém está pagando meia-entrada de verdade porque os preços, em 99% dos casos, dobraram, o que tornou a lei inútil.
Mas será o fim dessa lei inutil que vai reduzir o preço do ingresso? Se não, como que a sua existência é capaz de aumentar e sua inexistência é incapaz de diminuir.
Eu so posso acreditar que a lei causou o aumento da demanda por esses eventos, tornou um hábito para diversas pessoas, que não teriam acesso em função do preço.
Agora, se acabar será que vai reduzir 50% o preço ou algo perto? Claro que não, no máximo uns 10 ou 20% para algumas pessoas ficarem felizes e depois volta a aumentar normalmente. E daqui ta todo mundo feliz né, pagando o dobro.
R.E.M. não é cultura? Rock não é cultura? Múscia não é cultura?
Ou será que só coisas que chatas que são cultura?
Anônimo do dia 06, na boa, você vive num mundo da imaginação, impossível discutir dessa forma. É até justo que você se mantenha anônimo, com opiniões como essa....
E o anônimo do dia 07, sendo o mesmo ou não, vá aprender a ler um texto pra poder ter um diálogo por aqui.
Otaner.
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