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domingo, 16 de novembro de 2008
Planeta Terra - Curumin
Já passou uma semana, mas ainda vale a pena falar um pouco mais do Festival Planeta Terra, que aconteceu em uns galpões abandonados em São Paulo. Vale a pena porque é raro ter um festival que dê um tratamento decente para a razão de ser de um festival que é o público. Apesar do local da realização dos shows ser distante, quem chegava da rodoviária (eu, por exemplo), conseguia chegar lá no Planeta Terra pagando somente um bilhete de metrô. Claro, a viagem é demorada (mais ou menos duas horas) e é preciso fazer umas 3 baldeações entre metrô e trem, mas chegava-se lá com conforto (pelo menos no horário que fui) e gastando pouco.
Por falar em gastar pouco, o ingresso para o festival é um caso a parte. O último lote foi vendido a 130 reais a inteira, ou seja, 65 reais a meia-entrada. Para ver mais de dez bandas e DJs, atrações internacionais, nomes consagrados, enfim. Com direito a ficar na grade e babar pelo seu artista favorito, desde que chegasse cedo ou fosse esperto o bastante. O ingresso para ver o R.E.M. da mesma forma custava, no Rio de Janeiro, 480 reais a inteira e 240 a meia. O preço do Planeta Terra somado com a passagem de ida e volta Rio/São Paulo era mais barato do que assistir o R.E.M. no Rio de Janeiro. O Festival Planeta Terra vendeu todos os seus 15.000 ingressos. O R.E.M. no Rio, que teve, em 2001, 190 mil pessoas cantando suas músicas, não encheu a arena que fica na Barra e tem um nome de banco.
Isso tudo pelo menos facilitou a decisão sobre o que ver, e no parágrafo anterior já estávamos em São Paulo. Apesar de chegar a tempo de ver o show do Vanguart, que faz show este mês no Rio (ver agenda ao lado), preferi ficar um pouco lá fora, afinal de contas não dava para saber quanto seria a cerveja lá dentro. Depois eu soube, e soube também que era mais barata do que naquele evento da Tim que fizeram na Marina da Glória mês passado. Mas entrei a tempo de ver a metade final da apresentação de Curumin.
O Planeta Terra era dividido em um palco principal, em local aberto, e um palco indie, dentro de um galpão. Em algum outro lugar estava o palco com os DJs, mas que não recebeu minha visita. Não havia muitas pessoas ainda na frente do palco enquanto Curumin já desenvolvia sua apresentação, mostrando seu samba-rock eletrônico. Deu para curtir algumas músicas legais, como "Mal Estar Card", "Guerreiro" e "Caixa Preta", dessa vez sem a participação de Lucas Santtana e BNegão. Apesar do som envolvente, achei o show um pouco mais frio do que o anterior que tinha visto dele, na festa PHUNK!.
De repente saindo de trás das baquetas o Curumin ganhava mais, já que ele tem presença de palco. Quando ele fez isso no final da apresentação e empunhou seu cavaquinho elétrico, deixando a bateria por conta de Loco Sosa, da banda Los Pirata, que antes estava encarregado das bases eletrônicas e samples, a reação da platéia foi maior. Para comprovar isso, bastava olhar em volta quando Curumin começou a cantar uma versão arrastada (no bom sentido) de "Preta", grande sucesso do rei da lambada Beto Barbosa ("Preta, fala pra mim / Fala o que você sente por mim"). Várias pessoas cantando junto, dentro de um lugar com o nome de palco indie. Deu até pra lembrar do Binário cantando um sucesso do Raça Negra, "É Tarde Demais (Que Pena)".
E, para usar um gancho bem cretino, que pena que logo depois o show acabou. Mas ainda havia muito mais para ver naquele dia.
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