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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Resenha, fotos, vídeos: Far From Alaska e Móveis Coloniais de Acaju no Grito Rock Rio de Janeiro


Móveis Coloniais de Acaju - 23/02/13




Às vezes por mais que tenhamos a impressão de alguma coisa, é bom podermos nos certificar e a edição carioca do Grito Rock 2013, que aconteceu no Circo Voador foi ótima oportunidade para ver se uma banda promissora faz jus às expectativas criadas e a quantas anda uma conhecida banda há tempos sem grandes novidades.




Móveis Coloniais de Acaju - 23/02/13




Comecemos então pelo final, com os velhos conhecidos dos Móveis Coloniais de Acaju, atração principal da noite, e banda de shows tão memoráveis justamente no Circo. Podemos começar pelo final já que o texto não precisa seguir um fluxo temporal, mas fica essa curiosidade sobre o tempo. O que será que aconteceu desde aquela época onde os shows do Móveis ficavam abarrotados de gente, onde as pessoas pulavam enlouquecidas, abriam rodas de pogo por qualquer motivo, subiam no palco, se jogavam do palco, "nadavam" em cima do público?




Móveis Coloniais de Acaju - 23/02/13




O que aconteceu foi o tempo. Não que o tempo pareça ter passado para os nove integrantes dos Móveis, que ainda pulam alucinados e de forma às vezes desordenada e às vezes organizada e fazem mil brincadeiras entre eles, regem a plateia, em especial o vocalista André Gonzáles e o trombonista Xande Bursztyn.




trecho de "Cão Guia"



Mas o tempo passou para os fãs. Uma nova geração chegou e tomou a banda para si, e essa nova geração talvez prefira se emocionar com as letras, criar suas próprias coreografias para as músicas, soltar balões e assistir a apresentação de forma mais comportada e devotada. Não que isso seja necessariamente bom ou ruim, mas com certeza é diferente para quem viveu tempos mais caóticos.




Móveis Coloniais de Acaju - 23/02/13




Bem verdade que o avançado da hora (mais de 3 da manhã) cansa qualquer um e isso também pode ter prejudicado um pouco a disposição dos fãs. Mas aí chega a tradicional hora de "Copacabana" onde parte da banda desce e, bom, antigamente o público rodava, depois a superlotação só permitia que as pessoas mexessem os braços, mas com um pouco de esforço foi possível fazer todo mundo entender que era possível novamente rodar e pogar e fazer a festa com esse belo ska-punk vindo do primeiro disco dos caras.





trecho de "O Tempo"




Foram alguns segundos de nostalgia de um show que continua sendo competente, mas talvez tenhamos mudado nós. Uma boa pedida vai ser conferir novamente o show do Móveis no Circo, abrindo para os mexicanos do Café Tacvba dia 07 de março.




Far From Alaska - 23/02/13



Mas voltemos um pouco no tempo para falar sobre a melhor atração da noite, que contou com um total de cinco bandas (pra que tantas?). Terceiros a se apresentar e vindos de Natal, o Far From Alaska já tinha chamado a atenção com um EP lançado ano passado e estava faltando a prova dos nove, ou seja, o show.




E conseguiram corresponder às expectativas de quem ouviu o EP. Entre pouquíssimos possíveis fãs da banda e curiosos em geral, conseguiram ir enchendo devagarinho o lugar de muitas pessoas que estavam conhecendo o Far From Alaska pela primeira vez e balançando a cabeça ao som das músicas.





"Thievery"




Há um pouco de stoner rock nas músicas (todas em inglês), cortesia em geral do guitarrista Rafael Brasil (que também toca no Calistoga) com timbres cheios de musgo e limo, mas há também outros elementos que, sendo bem pobre na definição, fazem do Far From Alaska uma banda de rockzão, um rock quase de arena, com peso e pitadas mais pop na medida.



Prováveis responsáveis por isso são duas meninas. A vocalista Emmily Barreto e a tecladista/vocalista Cris Botarelli fazem parte do apoio musical da dupla potiguar Talma & Gadelha, e à frente do Far From Alaska impressionam pelos efeitos que vão soltando de vez em quando e pelas ótimas harmonias vocais, apesar das vozes estarem um pouco baixas.




Far From Alaska - 23/02/13




Embora as músicas se pareçam umas com as outras e os riffs sejam marcantes, porém não a ponto de saber diferenciar de quais canções elas pertencem, fato é que isso não atrapalha nem um pouco a apreciação de um show que nos mostra que talvez hoje seja tempo de Far From Alaska.








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