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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Resenha, fotos, vídeos: Silva no CCBB (29/01/13)

Silva - 29/01/13




Nessa época "pré"-carnaval, ou seja, nesse limbo entre o final de um ano e o início de outro, nem sempre há muitas opções de shows. A grande exceção era o Festival Humaitá Pra Peixe, que já tem uns dois anos que não é realizado. Mas 2013, além de muitas opções não-carnavalescas (Gal Costa, Criolo, Tulipa Ruiz, Marina, Titãs... Veja as atrações de janeiro aqui e as que estão acontecendo em fevereiro aqui) estão acontecendo dois festivais que de certa forma ajudaram a suprir a ausência do HPP.




Um deles é o Festival do Ritmo, que está acontecendo toda quarta no Espaço Sérgio Porto e já participaram Mamão (Azymuth), Marcos Suzano, Pedro Sá, Wilson das Neves e Domenico Lancelotti. O outro é o festival Sai da Rede, que está trazendo ao CCBB toda terça-feira nomes da nova safra musical brasileira. Já falamos dos quase veteranos Do Amor e antes passaram por lá O Terno e Baiana System. Semana passada foi a vez de Silva.




O jovem cantor do Espírito Santo, com o disco de estreia em várias listas de melhores de 2012 (inclusive aqui), já passou pelo La Cumbuca com sua performance no Oi Futuro e o repeteco se dava novamente em um ambiente com cadeira e público sentado. De certa forma convidativo para os aposentados que costumam frequentar qualquer apresentação no CCBB, confortável para os fãs de Silva que por acaso vejam nele um artista "fofo" (argh) da nova MPB (ou coisa que o valha) e ao mesmo tempo perigoso todos os detalhes podem ser observados.




"Moletom" (trecho)




Confesso que, apesar de ter gostado muito do disco, achava que ele não representava totalmente o que tinha visto meses antes no Oi Futuro. Até por isso incluí na lista de discos que indicam artistas promissores, porque acho que há espaço para mostrar mais, e foi exatamente isso que ele fez no CCBB.




Silva - 29/01/13




Aqueles que gostaram do Silva por causa da música "A Visita", com seu jeito de Beirut e violino a tiracolo não encontram nada semelhante nas outras 11 músicas que compõem o disco e, por enquanto, o show. É tudo muito calcado em camadas e mais camadas de sintetizadores com timbres e efeitos dos mais diversos. E mais importante, é tudo muito ALTO.




"Imergir" (trecho)



No embate entre o lado mais inocente e nem sempre muito original das letras (ainda assim com boas sacadas, como o lusco-fusco de "2012") e o lado mais complexo da sobreposição de instrumentos, este último sai vitorioso e leva ao limite a estrutura sonora do CCBB, mas dá para sacar que ele não faria muito feio se tivesse que levar essas mesmas canções num violão.




"Falando Sério" (trecho)



Na resenha do show no Oi Futuro, escrevi: "O normal seria eu preferir que estivesse ali uma configuração de banda, com guitarra, baixo, mas a sonoridade parecia tão orgânica (mesmo nas batidas eletrônicas) que é impossível reclamar disso ou mesmo do excesso de efeitos nos vocais."




"2012" (trecho)




Essa opinião se mantém, mas em várias partes seria melhor que tivesse mais gente ali em cima executando ao vivo as sequências de notas criadas pelo Silva. Por exemplo, se não tivesse ali o baterista Hugo Coutinho, a coisa toda não teria o mesmo impacto. Então já era hora de acrecentar mais gente do que uma pequena participação do roadie tocando guitarra em uma das músicas.




Silva - 29/01/13




Mesmo assim, a preocupação nos detalhes e uma atmosfera mais "suja" do que no disco, continua fazendo do Silva um artista para se ficar de olho durante 2013. O festival Sai da Rede termina hoje, com o show de Tibério Azul (ex-Mula Manca e a Fabulosa Figura) às 19:00.





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