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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Ainda 2016: fotos e vídeos de Violins e Gorduratrans no festival Transborda (02/09/2016)





Taí algo que nunca imaginaríamos acontecer e aconteceu em 2016 e não foi algo horrível. Em setembro já tínhamos golpe (ou "golpe" se você acha bonito o que os que tomaram o poder desde então estão fazendo), mas ainda não estava certo que íamos ter um bispo como prefeito do Rio de Janeiro, nem que o Donald Trump ia ser presidente dos Estados Unidos.



Uma das teorias para tanta merda acontecendo no mundo é o seguinte: as muitas profecias estavam certas e o mundo realmente acabou em 2012. Não faz sentido? Por mais que sua vida particular esteja muito bem e que o mundo esteja melhor do que era há 20, 50, 100 anos atrás, não dá para ignorar a sensação de ladeira abaixo que o nosso futuro tão promissor tem experimentado, seja pelo viés político, econômico, social ou humanitário.







Este é um mundo que precisa do Violins, pois se é para ir para o buraco que pelo menos seja com boa música. Beto Cupertino, cantor, guitarrista e autor das canções do grupo goiano já trouxe em suas letras alguns mundos e situações que chegam a assombrar por conta da crueza dos relatos sobre os mais diversos e surpreendentes temas, muitas vezes nos transportando para aquilo que ele canta. Depois de muitos fins e recomeços a banda está de volta e como a "coisa não-horrível" de 2016, finalmente fez sua primeira apresentação no Rio de Janeiro. (Para poder ver a banda há uns anos atrás esta cumbuca foi até Belo Horizonte.)







Fila e ansiedade do lado de fora para conseguir entrar no Oi Futuro, já que o lugar é pequeno e os shows do festival Transborda eram gratuitos. Dessa forma o teatro ficou lotado, o que era o mínimo que se esperava diante de tantos anos de espera.







Junto com Pedro Saddi nos teclados, Thiago Ricco no baixo e Fred Valle na bateria, Beto traz uma ótima coleção de músicas, tentando dar um panorama da carreira do Violins. Uma pequena parte da plateia se levanta das cadeiras do Oi Futuro, em especial alguns dos mais jovens, que provavelmente eram bebês na época do lançamento de discos como Grandes Infiéis e Tribunal Surdo. Eles estavam tratando aquele acontecimento como aquilo que era realmente, um improvável show do Violins. Mas ainda assim, tentando não atrapalhar muito os que preferiram ficar sentados.







Mas a pressão subia em músicas como "O Anti-herói pt. 1", "Tsunami", "Comercial de Papelaria", "Piloto Russo na Aldeia Suskir" e "Ok Ok". Mas na hora de "Grupo de Extermínio de Aberrações" a alegria de poder ouvir essa música sendo tocada pelo Violins no Rio de Janeiro chegou no seu ponto máximo. A vontade é que tocassem mais dezenas de músicas e compensassem os mais de dez anos de espera, mas não teve quem saísse triste naquela noite do Oi Futuro.







O duo Gorduratrans abriu a noite e também tinha uma quantidade muito boa de fãs que foram para a frente do palco acompanhar o rock ruidoso de Felipe Aguiar (guitarra e vocal) e Luiz Felipe Marinho (bateria).







Certamente agradaram muitos dos fãs de Violins que talvez não os conhecessem, com um som calcado em bandas indie dos anos 80/90, mas com letras e melodias que os aproximam de novas gerações do indie lo-fi brasileiro, resultando em um ótimo início de uma noite histórica.







Abaixo você ouve a música "Você não sabe quantas horas eu passei olhando pra você" do Gorduratrans:












E clicando aqui ou aí embaixo você vê uma parte do show do Violins:




Músicas gravadas:

- "Manobrista de Homens"

- "Medo de Dar Certo"

- "Nenhum Johnny Depp"

- "O Piloto Russo na Aldeia Suskir"

- "Tsunami"

- "OK OK"

- "Grupo de Extermínio de Aberrações" (trecho)

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