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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Humaitá Pra Peixe 2009

| 10 comentários
Programação do Humaitá Pra Peixe 2009, que acontece durante o mês de janeiro:





SHOW – BADEN POWELL (sexta, sábado e domingo – 19hs)
Av. Nossa Senhora de Copacabana, 360 – Copacabana
Ingressos: R$24,00 (Inteira) e R$12,00 (Meia)

09 – 3 na Massa
10 – Luisa Mandou um Beijo / Supercordas
11 – Catch Side / Supergalo


16 – Paraphernalia / Vitor Araujo
17 – Comadre Fulozinha / Junio Barreto
18 – Doces Cariocas / Mané Sagaz


23 – João Ferraz Grupo / MoMo
24 – Anna Luisa / Luis Carlinhos
25 – Bebeto Castilho / Wilson das Neves


30 – Aline Duran / El Niño
31 – Show Surpresa


SHOW – OI NOVO SOM – ESPAÇO CULTURAL SÉRGIO PORTO (terças – 19hs)
Rua Humaitá, 163 - Humaitá
Ingressos: R$ 20,00 (Inteira) e R$ 10,00 (Meia)

13 – Oi Novo som: Fuzzcas / Daniel Lopes
20 – Oi Novo som: Nayah / Stereo Maracanã + Tonho Crocco
27 – Oi Novo som: Madame Machado / Escambo


MATTE LEÃO APRESENTA – PALCO VIRTUAL (quartas – 20hs)

14 – Artistas que enviarem vídeo
21 – Artistas que enviarem vídeo
28 – Artistas que enviarem vídeo



TALK SHOW – OI FUTURO (quintas – 19hs)
Rua 2 de Dezembro, 63 – Flamengo
Ingressos: R$ 15,00 (Inteira) e R$ 7,50 (Meia)

15 – Leoni
22 – Tico Santa Cruz
29 – Frejat



E os dois ou três que acompanham este blog devem ter notado o sumiço do Otaner (eu, no caso) nos últimos dias. Até segunda-feira eu explico...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Zona

| 2 comentários
Ontem eu fui no show do Stanley Jordan na lona cultural de Vista Alegre. O cara não é muito badalado, o show não teve muita divulgação (ao contrário do show que o mesmo artista realizou dias antes no Mistura Fina), mas mesmo assim estava lotado. Pra quem não conhece o Stanley, ele é um virtuosi da guitarra. Não tem nada de funk, pagode ou axé no trabalho dele.

Mais uma prova de que a Zona Norte tem sim um público para outro tipo de música e cultura em geral. Resta saber quando os empresários vão perceber esse potencial não explorado por aqui.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Listas

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Já fez a sua? Em 2008 o que eu menos ouvi foram discos lançados em 2008...
Vê aí o que tu achas.

NME

01 MGMT - Oracular Spectacular
02 TV On The Radio - Dear Science
03 Glasvegas - Glasvegas
04 Vampire Weekend - Vampire Weekend
05 Foals - Antidotes
06 Metronomy - Nights Out
07 Santogold - Santogold
08 Mystery Jets - Twenty One
09 Kings Of Leon - Only By The Night
10 Friendly Fires - Friendly Fires
11 Neon Neon - Stainless Style
12 Crystal Castles - Crystal Castles
13 Fleet Foxes - Fleet Foxes
14 Laura Marling - Alas, I Cannot Swim
15 Last Shadow Puppets - The Age of Understatement

Mojo

01 Fleet Foxes - Fleet Foxes 
02 The Last Shadow Puppets - The Age Of The Understatement 
03 Paul Weller - 22 Dreams 
04 Bon Iver - For Emma, Forever Ago [2007] 
05 Nick Cave & The Bad Seeds - Dig, Lazarus, Dig!!! 
06 The Hold Steady - Stay Positive 
07 Glasvegas - Glasvegas 
08 The Week That Was - The Week That Was 
09 The Bug - London Zoo 
10 Neil Diamond - Home Before Dark 
11 Portishead - Third 
12 Don Cavalli - Cryland 
13 Drive-By Truckers - Brighter Than Creation’s Dark 
14 British Sea Power - Do You Like Rock Music? 
15 Eli “Paperboy” Reed & The True Loves - Roll With You 

Gigwise

01 Elbow - The Seldom Seen Kid
02 Lil' Wayne - Tha Carter III
03 TV On The Radio - Dear Science 
04 MGMT - Oracular Spectacular
05 Kanye West - 808s and Heartbreak
06 Neon Neon - Stainless Style 
07 Friendly Fires - Friendly Fires
08 Metallica - Death Magnetic
09 Mogwai - The Hawk Is Howling
10 Sebastian Tellier – Sexuality'
11 Nick Cave & The Bad Seeds - Dig! Lazarus! Dig! 
12 Vampire Weekend - Vampire Weekend
13 Roots Manuva - Slime and Reason
14 Bloc Party – Intimacy
15 Spiritualized - Songs in A+E

Uncut

01 Portishead - Third
02 Fleet Foxes - Fleet Foxes
03 TV On The Radio - Dear Science
04 Bon Iver - For Emma, Forever Ago
05 Vampire Weekend - Vampire Weekend
06 Elbow - The Seldom Seen Kid
07 Neon Neon - Stainless Style
08 Nick Cave & The Bad Seeds - Dig! Lazarus, Dig!
09 Kings Of Leon - Only By The Night
10 Paul Weller - 22 Dreams
11 Drive-by Truckers - Brighter Than Creation's Dark
12 The Hold Steady - Stay Positive
13 James Blackshaw - Litany of Echoes
14 Randy Newman - Harps and Angels
15 Hot Chip - Made In The Dark

Pitchfork Readers Poll

01 TV on the Radio - Dear Science
02 Fleet Foxes - Fleet Foxes / Sun Giant EP
03 Vampire Weekend - Vampire Weekend
04 Bon Iver - For Emma, Forever Ago
05 Deerhunter - Microcastle / Weird Era Cont.
06 Portishead - Third
07 MGMT - Oracular Spectacular
08 Cut Copy - In Ghost Colours
09 M83 - Saturdays=Youth
10 No Age - Nouns
11 Girl Talk - Feed the Animals
12 Sigur Rós - Með suð í eyrum við spilum endalaust 
13 The Walkmen - You & Me
14 Dodos - Visiter
15 Wolf Parade - At Mount Zoomer

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Acontece

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- O Scream & Yell, depois de oito anos, está ganhando uma cara nova, acompanhe o processo.
- A "revolução Calipso", Caetano explica.
- O Livio escolheu as 10 melhores capas de disco de 2008. (e teve uma sacada genial aqui)
- Black Eyed Peas já copiou sampleou Jorge Ben.
- The Barbarians: Banda que fazia um garage rock nos anos 60, tinha um baterista sem uma mão e ainda tocaram 'Mamãe Eu Quero Mamar'!
- Toque no HPP.
- Quer ser jornalista cultural? O André te dá uns conselhos.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Tributo

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Quem trabalha recebe o seu devido reconhecimento, às vezes tardio, mas recebe. Esse é o caso de vários artistas da humanidade. Alguns deles já receberam a valorização, e não foi com trinta segundos no jornal nacional. Criou-se a cultura de fazer coletâneas, onde vários artistas dão o seu ponto de vista sobre composições dos homenageados. Vale aqui um relato sobre os dois últimos que passaram por meus ouvidos:

Dream Brother: The Songs of Tim and Jeff Buckley


No meio da lista dos que receberam homenagens, aparecem pai e filho. Tim e Jeff Buckley foram celebrados anos depois de passarem dessa para uma melhor. "Dream Brother: The Songs of Tim and Jeff Buckley" foi uma homenagem que não deve ter causado muito rebuliço no mundo dos mortos. Não é bom nem ruim, é mais ou menos. Sufjan Stevens é o nome de maior peso no disco, ele aparece interpretando 'She is', mas não chama muita atenção. Já a banda 'Tunng' toca 'No Man Can Find The War' (do clássico disco 'Goodbye and Hello' de Tim Buckley) e faz um dos melhores covers do disco, ao lado do The Earlies que tocou 'I Must Have Been Blind' e do Magic Numbers que tocou 'Sing A Song For You'. Todas músicas de Tim, o jovem Jeff - que se vivo teria 42 anos - não ganhou grandes covers nessa.

The Late Great Daniel Johnston: Discovered Covered


Quem ainda não morreu, mas que já recebeu sua coletânea, é o incompreendido Daniel Johnston. Ele aparece aí na capa olhando para sua própria tumba, mas está vivo e começando a ver sua obra estudada. O seu disquinho até teve uma lineup boa. Recebeu um presente muito foda do TV On The Radio, 'Walking The Cow' ganhou uma senhora couve! Também se destaca o trabalho feito pelo Beck em 'True Love Will Find You In The End' com apenas violão e gaita, como um bom folk deve ser. Ainda temos o Tom Waits, que na faixa 'King Kong' faz uma bizarrice só; O Teenage Fanclub aparece tocando uma versão pop de 'My Life is Starting Over Again'; E Death Cab For Cutie faz a sua parte em 'Dream Scream'. No mesmo disco você encontra mais música bacana feita por gente desconhecida, como o caso do georgiano Vic Chessnutt que embala um dos melhores momentos do disco na sua versão de 'Like A Monkey In The Zoo'. Não é tão bom quanto ver o Vasco jogar na Série B, porém é um grande disco.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Radiohead no Rio - parte 1: A fila

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Depois de tomar um susto quando li o 'Sold Out' no site da banda, separei a grana, programei o despertador pra não perder a hora e chegar cedo na bilheteira do Maracanãzinho. Fiquei mais tempo fantasiando sobre as horas que eu ia passar na fila, o quanto de gente estranha eu ia encontrar, se ia rolar invasão dos cambistas - já que a fila estaria 'gigante' - Nada disso rolou.

A estratégia da organização do festival de abrir as bilheteiras antes da hora foi genial, mas não foi a razão do tamanho da 'fila'. Quando eu cheguei não tinha ninguém comprando, só um grupo que já estava com os tickets na mão. Perplexo com a situação até perguntei se a bilheteira estava mesmo aberto, o mais bem humorado me respondeu que já estava tudo esgotado... Parece que a animação do público do Rio já acabou, não de todos claro - teve gente que chegou às 7 horas - mas muita gente que falava do show do Radiohead emocionado agora não quer saber da banda.

Diz a produção que em SP já foi 50% e que aqui no Rio foi 30%. A tendência é que tanto em SP, quanto no Rio, a venda chege aos 100% e que logo depois apareçam 500 mil chorando. Portanto, se você está em dúvida decida logo. Se você mora no Rio, e sabe que 'não vai esgotar, dá pra comprar depois...', fique sabendo que se aquele show extra em SP não rolar, o carnaval de SP vai acontecer em plena Apoteose, e em março.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Virada para SC

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Até os jogadores do Flamengo já entraram na campanha em favor do povo de Santa Catarina, agora é hora dos artistas. A secretaria de Cultura de SP realizará uma edição especial da Virada Cultural para arrecadar alimentos e outros itens para ajudar a população que sofre as conseqüencias da enchente em SC.

A programação completa você encontra aqui. Nessa lista consta: Cachorro Grande, que toca às 2h30; Marina de La Riva se apresenta às 1h15; Ludov aparece cedo, às 22h30m. Nenhum centavo foi cobrado pelos músicos.

As apresentações serão feitas no Teatro Sérgio Cardoso (Rui Barbosa, 153, Bela Vista, São Paulo) e terão inicio às 18 horas do dia 6. Ingresso mediante à doação de alimentos, roupas, material de higiene e etc.


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Quem não conhece o projeto da Virada Cultural pode conferir uma série de posts aqui no La Cumbuca:
No texto sobre a Mallu, foi comentado sobre sua apresentação na Virada;
Divulgamos aqui no La Cumbuca a lista dos discos que foram tocados e ainda saiu uma compilação;
Várias fotos no Multiply do La Cumbuca;

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Axé com Fé

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Na casa do Senhor agora existe Satanás! Dica do Pedro Montenegro, conheçam "Pó Pará Com Pó", da cantora Jake:



Mais legal que o guarda-chuva do Inri Cristo, reparem na coreografia das meninas, com a mão no nariz. Como Hermes e Renato não pensou nisso?


Se liga na letra e na cifra, para fazer sucesso na... na... missa? Micareta?


Ab
Pó pará com pó
Bb Cm
Pó pará com pó aê

Ab
Estragar tua vida
Bb Cm
não faz isso não
Ab Bb Cm
Tua juventude vai pro “beleléu”
Fm Bb Eb7M
Tem outra saída para diversão
Cm Ab
Eu quero mais, eu quero mais
Bb Cm
Meu lugar é o céu

Refrão
Ab
Você tem que tomar
Bb Cm
Uma overdose de Jesus
Ab Bb Cm
Injetar na veia o sangue que correu na cruz
Você tem que tomar
Uma overdose de alegria
Shekinah doidão doidão
Se liga se liga

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

EP's de final de ano

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Final do ano chegando e as sugestões de presentes começam a aparecer. Esse ano alguns artistas para alegrar dos fãs, ou para arrecadar algum a mais, decidiram lançar aquelas músicas gravadas, produzidas e esquecidas. Vamos por partes:

Coldplay - Prospekts March
A banda teve pressa para lançar o 'material inédito' do disco 'Viva La Vida', algumas faixas acabaram demorando demais para ficarem prontas e para não serem esquecidas foram lançadas aqui. Esse EP também saiu junto com o álbum 'Viva La Vida' numa edição especial. Tem uma música que recebe a participação do Jay-Z, ainda assim, eu acho que tem coisa melhor pra gastar o que sobrou com a crise mundial ;)

Cat Power - Dark End Of The Street
Cat Power adora covers, fez o "The Covers Record" e encheu o "Jukebox" com eles. O EP contém os covers que não entraram no último disco da cantora. Segundo o MauVal, "Who Knows Where the Time Goes" é pra ouvir todo dia. Confira.

(... já que eu to falando de ep e covers, vale lembrar que no meio de 2006 Curse Your Little Heart, que tem um cover sensacional de 'Venus In Furs' do Vevelt Underground.)

Quem também andou lançando um foi o The Decemberists, "Always a Bridesmaid", que recebeu um 7 da Pitchfork. Como não conheço muito a banda, prefiro não comentar.

O mesmo vale para o Black Moth Super Rainbow, a banda surrealista Pittsburgh soltou "Drippers". Quem tá curioso para saber o que é, entra no MySpace deles.

Fico devendo alguma coisa brasileira. Quando eu achar eu ponho aqui.

domingo, 30 de novembro de 2008

Para eu não esquecer

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Já é o terceiro ou quarto programa que eu deixo de ouvir; na verdade eu não ouvi nenhum ainda. Mas serve para vocês também. Domingo, às 22 horas tem mais um programa Etc do reverendo Fábio Massari. Passa naquela operadora de celular que também é rádio e no Rio a gente sintoniza em 102,9.

sábado, 29 de novembro de 2008

Idiotice Inteira

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http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u471436.shtml

"A Comissão de Educação e Cultura do Senado aprovou, por 14 votos favoráveis a 7 contrários, nesta terça-feira fixação de 40% de cota para a venda de meia-entrada em todo o país. "

Um governo determinar, obrigar, decidir, quanto deve ser o preço de um entretenimento (e sem essa de dizer que 007 e Kanye West são "acesso à cultura") para um determinado grupo de pessoas (estudantes e idosos, no caso) é tão idiota que dá até desânimo. Essa cota de 40% consegue ser pior ainda.

E como tem gente supostamente esclarecida defendendo carteirinha de estudante, mesmo que ninguém esteja pagando meia-entrada de verdade. Socorro.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Tom Zé X Caetano

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Caetano Veloso elogia o novo disco de Tom Zé, "Estudando a Bossa". Elogia naquelas, dizendo que "diferentemente de mim, de Gil, de Gal e da torcida do Bahia, Tom Zé nunca foi um bossanovista" (?) e que o disco é muito Tom Zé (?). Lê aí.



Tom Zé aproveitou para desdenhar e alfinetar Caetano e, junto, agradecer a vários que o ajudaram na época em que o tropicalista de Irará esteve no ostracismo. Tudo isso no blog dele, que já até falamos sobre. Caetano replicou nos comentários de seu próprio blog, lembrando que trouxe Tom Zé para São Paulo e escreve sobre tudo que quer no blog. Ao que parece, no último show em São Paulo, Tom Zé mandou Caetano tomar no ... E por enquanto o embate está assim.



Talvez esse pequeno bate-boca virtual seja marketing dos geniais velhinhos (baianos são bons disso, estão sempre com uma polêmica pronta para os cadernos culturais). Mas vale a pena para ler o texto de agradecimentos do Tom Zé, de uma fluência e bom humor que nem me fez pensar se aquilo tudo é fruto de ressentimento ou algo que o valha. Pelo contrário, ele me pareceu muito confortável com os sentimentos que tem. Um dos melhores trechos: "Sinval tomou como encargo me arranjar um patrocinador e fez o representante dos licores Bols ser submetido a uma audição das músicas que eu fazia, na casa deste... Nossa! Deve ter sido necessário um pai-de-santo para tirar o assombro que eu podia ver na face do posudo rapaz vendo o prestígio de seus licores ameaçado pela barbárie imbebível que eu praticava." Muito Tom Zé, o Tom Zé.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Plantão Radiohead: datas no Brasil anunciadas!

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Que bom é acordar, entrar no site do Radiohead e ver:



Fri 20 - Praca Da Apoteose - Rio de Janeiro - Brazil - ON SALE SOON

Sun 22 - Jocky Club - Sao Paolo - Brazil - ON SALE SOON


E essas são as datas do Radiohead em março de 2009 por aqui, por enquanto.


Espaço para comemoração: Praça da Apoteose, exatamente como eu previa!


Vasculhando por maiores informação na internet, acabei encontrando em um blog predileto aqui, o Trabalho Sujo. E as informações são essas (com alguns comentários meus):


JUST A FEST
– vai ser um festival e a atração principal vai ser o Radiohead. Claro que o conceito de festival aqui às vezes consiste em duas bandas tocando num mesmo lugar. E ainda não foram anunciadas as outras atrações, mas é torcer para algo realmente bom abrindo para o Radiohead. Eu voto em Nick Cave & The Bad Seeds e torço para que não venha nenhuma banda pop farofa brasileira. As bandas legais do Brasil ainda não têm "estatura" para abertura de um show desse tamanho (ah sim, são 35 mil lugares no Rio e 30 mil lugares em SP). Talvez só Nação Zumbi tivesse essa moral e talvez... Pato Fu? (não joguem pedras!) Mas não duvido de Macaco Bong, Do Amor e Cérebro Eletrônico correrem por fora dependendo do tamanho desse festival.




Ingressos
- começam a ser vendidos pelo site www.ingresso.com a partir das 00:00h do dia 05 de dezembro 2008
- em São Paulo pode-se comprar também a partir das 09:00 do mesmo dia nas bilheterias do Estádio do Pacaembu ao lado do portão 24.
- no Rio as vendas físicas começam também às 09:00 do mesmo dia na bilheteria 1 do Maracanãzinho



Preços
- tanto para Rio quanto "Sao Paolo" o preço é:
Inteira - 200,00
Meia - 100,00
Espaço para muita comemoração: não tem espaço vip! Pelo menos no que foi informado até agora, e aí sim é um show de rock de verdade! O preço poderia ser beeem mais barato, mas dentro do mundo que criaram com os shows gringos, vamos pelo menos esperar para ver se as outras possíveis atrações fazem valer o preço.



Acho que falei tudo, mas confere na fonte se tem algo mais que você queira saber.


E o Lúcio Ribeiro bem que acertou! Ele disse, lá por volta de 2000, 2001, que o Radiohead vinha tocar no Brasil e olha aí, apenas 8 anos depois está confirmada a notícia!



Feliz 2009!



Atualização: li aqui que serão quatro bandas nesse festival, duas nacionais e duas estrangeiras, por enquanto a única confirmada é Radiohead. Se for tudo no mesmo palco, Nick Cave, Gogol Bordello, Sigur Rós, Editors, qualquer uma dessas seria bom demais. Se forem em palcos diferentes (porque seria?), que venha algo que não seja imperdível, porque senão vai dar trabalho...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Móveis Coloniais de Acaju no Claro Cine

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Menina Moça - Video do usuário 'edualq' do Youtube

Claro que não foi igual ao Circo! Mas não deveu muito. O bonde Brasília, recém chegado da Europa, representou muito bem tocando músicas do disco antigo e daquele que está por vir.

O show começa e fica evidente a falta de sintonia de parte do público com a banda, mas de um jeito bem colonial de acaju, tudo se acerta. Os refrões foram ficando mais fortes ao passar do show, junto com a empolgação do público. Tanto que o chão da tenda parecia que tinha entrado no clima também, fiquei até com dúvida se aquilo ia agüentar!

O carisma contagiante da banda continua o mesmo de outras apresentações. Os músicos de sopro fazem um esforço sobre humano pra dançar e tocar ao mesmo tempo, nosso amigo vocalista é outro que parece um pinto no lixo, não para queto. Em um momento do show ele relembra uma coisa que foi dita no ultimo show da banda na cidade, sobre os 'Iêes' do Rio de Janeiro - "os melhores" - e começa uma repetição de 'Tumbaruntaestãticã','Nanãselãcan' e outros sons de interpretação subjetiva, mas que todos entoavam no 'mesmo tom'. Esse momento mostrou como a banda conseguiu integrar bem os 'perdidos' que ali estavam, não todos, mas alguns se renderam.

Durante o show foram apresentadas algumas músicas do disco novo, que deverá ser lançado em março. Elas seguem o mesmo clima que impera em 'Idem' (primeiro disco da banda). Algumas, como 'Sem Palavras', já são bem conhecidas e empolgam como as músicas do primeiro trabalho da banda. Não creio que no segundo disco apareça alguma coisa que surpreenda, mas sim canções que servem muito bem para um show como eles sabem fazer.

Não faltou também aquela tradicional roda de 'Copacabana', momento do show aonde os músicos saem do palco e vão pra ficar do lado da galera. O local não estava muito cheio, o que possibilitou a roda ficar enorme! E como de costume arrastou todo mundo e deixou um músico perdido ali no meio. Foi engraçado ver o baixista da banda se espremendo, levantando o braço do baixo para não parar de tocar! Ninguém morreu, os seguranças que no inicio do show desarmaram uma rodinha nada fizeram com as pessoas que invadiram o palco/entraram 'rasgando' na roda.

Fora um pessoal que não se permitiu gostar de Móveis (o ser humano é dotado de uma auto-enganação fora do comum), muita gente saiu bem feliz daquele show. Eles prometeram voltar ano que vem mais vezes que esse ano, a gente espera. Valeu a pena.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Agricultura Musical

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Começa amanhã, na Marina da Glória, a V Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária. Claro que o assunto aqui não é para avisar sobre os produtos artesanais e caseiros que serão apresentados em diversos stands. O que nos interessa é a agenda de shows que vão acontecer lá:


quarta-feira, 26 de novembro
21:00 - Mundo Livre (PE)
22:30 - Jorge Ben Jor (RJ)


quinta-feira, 27 de novembro
21:00 - DJ Tudo (SP) e Mestre Biu do Pife de Caruaru (PE)
22:00 - Os Ritmistas convida Totonho (PB) e o Jongo da Serrinha de Madureira (RJ)
23:00 - Dj Dolores (PE)


sexta-feira, 28 de novembro
21:00 - Leci Brandão (RJ)
23:00 - Beth Carvalho convida Riachão (BA), Bule Bule e as Sambadeiras do Recôncavo (BA)

sábado, 29 de novembro
21:00 - Casa de Farinha (DF)
22:00 - Afoxé Oya Alaxé (PE)
23:00 - Cordel do Fogo Encantado (PE)

domingo, 30 de novembro
21:00 - Rita Ribeiro (MA) convida Tambor de Crioula As Três Marias (MA)
22:30 - Eletrosamba (RJ) convida Gerson King Combo, Fernanda Abreu e Nós do Morro (RJ)

Ingressos para os shows a 7 reais a meia-entrada. Mais informações sobre como chegar, abertura da feira, produtos, você vê no site deles: http://feira.mda.gov.br


(dica da professora Eli)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sinuoso (ou duas segundas) - Parte 2

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Marcelo Camelo - 10/11/08


Na segunda-feira do dia 10, diferente da semana seguinte, Marcelo Camelo se apresentou solo, porém com sua banda de apoio. E que grande diferença que isso traz. Especialmente se compararmos com o disco solo Sou/Nós. Ainda que lá já contasse com o suporte do Hurtmold em algumas faixas, ao vivo, o grupo paulista de post-rock é essencial para dar força às bonitas melodias criadas no disco por Camelo. O grande problema de Sou/Nós não são as composições, a maioria de excelente qualidade. Mas a execução delas parece preguiçosa demais, desleixada demais. Desleixo num disco é algo ótimo, melhor do que arranjos "certinhos", sem graça. Mas quando a gente sequer consegue entender o que a pessoa está cantando é preocupante. No Teatro Rival se entendia muito bem o que Camelo cantava e as intervenções feitas pelos paulistas nos arranjos iluminavam as palavras.


Marcelo Camelo - 10/11/08


Antes, uma breve passagem sobre a dificuldade para entrar no Teatro Rival. Como já havia dito aqui, esse show, gratuito, foi feito para gravação no Palco MPB, da rádio de nome idem, como tem acontecido todas as segundas-feiras. Geralmente não há grandes dificuldades de se entrar. Apesar de todo messianismo que Camelo provoca em um número considerável de pessoas e da grande fila formada uma hora antes de se entregarem os convites para entrar, dessa vez também não seria tão difícil. A diferença dessa para outras semanas em que pude estar ali é que a quantidade de ingressos liberados era menor. Bem menor. A explicação que consegui encontrar foi de que a quantidade de convidados dessa vez era maior. Bem maior. Uma pena, pois fez algumas pessoas que realmente acompanham a carreira dele esperarem algumas horas na fila em busca de lugares sobrando lá dentro, o que acabou acontecendo.


Marcelo Camelo - 10/11/08


Ao entrar, Camelo e banda estavam começando "Menina Bordada", uma das duas melhores músicas de seu disco. Bem animada, mas que não chegou a contagiar o lugar composto por mesas e cadeiras, onde todos assistiam sentados. Ao final da música Camelo falou algo sobre as pessoas se soltarem, quebrarem as regras. Talvez ele estivesse esperando reação semelhante a que teve em Recife, meses atrás. A outra melhor música do disco é "Janta", que ele toca uma música depois. E é aí que começa a se perceber a discreta beleza sonora dos paulistas. Onde, naquele dia, faltava Mallu Magalhães, sobrava Hurtmold, que entra na segunda parte da música com violões, percussão e sons de cigarra acentuando a brejeirice da música. É também a primeira canção a ter uma reação mais forte da platéia.


Marcelo Camelo - 10/11/08


Depois de "Janta", numa prova de que os últimos serão os primeiros, eu mais um amigo conseguimos ficar na mesa 01 do teatro, o que permitiu essas fotos ilustrando o texto. "Doce Solidão" foi tocada e manteve o pique da música anterior. Na hora de tocar "Liberdade", um problema em um dos microfones do Hurtmold fez Camelo sacar do bolso "Fez-se Mar", do disco 4 do Los Hermanos, para ser cantada em coro pela galera do fundão. Porque a maioria das pessoas que estavam nas mesas da frente, decerto boa parte composta pelos convidados do cantor, só assistiam com sorrisos e aplausos ao final, porém sem acompanhar as letras das canções. Isso tornou algumas das canções um pouco mais frias, mas não em "Fez-se Mar", que podia ser bem ouvida ali da frente, onde na verdade deveriam estar os fãs.


Marcelo Camelo - 10/11/08


Após o problema no microfone ter sido resolvido, veio "Liberdade". E tanto ela quanto "Morena" (também do 4) e "Despedida" (essa, gravada por Maria Rita) também ganham novas nuances com o Hurtmold. E esse é o grande trunfo de Camelo nessa turnê. Onde ele se apaga, a banda brilha por ele. Se o show não é tão histérico quanto com o Los Hermanos, é talvez justamente por isso, mais agradável, sem ser chato como talvez seria se alguns dos arranjos do disco se mantivessem. Para completar, a marchinha "Copacabana" para alegria das pessoas que permaneceram estáticas e confortáveis.


Marcelo Camelo - 10/11/08


Setlist:

Passeando
Téo e a Gaivota
Tudo Passa
Menina Bordada
Mais Tarde
Janta
Doce Solidão
Fez-se Mar
Liberdade
Saudade
Morena
Vida Doce
Despedida
Copacabana


Mais fotos do show:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/123

E daqui alguns dias, algumas considerações sobre as entrevistas de Camelo e talvez a explicação para esse "sinuoso" do título acima.

domingo, 23 de novembro de 2008

Sinuoso (ou duas segundas) - Parte 1

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Em um espaço de uma semana, duas segundas-feiras, vi Marcelo Camelo (você sabe, um dos vocalistas do Los Hermanos) tocando suas músicas e respondendo, ou parecendo que responde, algumas perguntas de jornalistas, do público, de internautas. Começando sobre as músicas na segunda segunda-feira, 17 de novembro, onde ele veio solo mesmo, só ele e o violão, para o auditório d'O Globo. Foi uma segunda-feira caótica no Rio de Janeiro. Chuva forte, ventos fortes, ruas alagadas, trânsito parado e o resultado de somente umas 50 pessoas no auditório. Cheguei enquanto ele já tocava "Casa Pré-Fabricada", vinda do disco Bloco do Eu Sozinho, da sua banda-em-recesso (antes ele havia tocado "Liberdade", do seu trabalho solo). E não teve muito mais que isso.


Marcelo Camelo - 17/11/08


Tocou uma parceria dele com Marcos Valle, através de uma pergunta empurrada pelo jornalista Antônio Carlos Miguel, que é grande amigo do compositor da segunda geração da bossa nova. Sem letra, Marcelo se limitou a tocá-la e fazer uns "pa pa pa" que seriam a melodia da música. Depois, a pedidos, tentou tocar "Conversa de Botas Batidas", do disco Ventura. Mas ele só cantou algumas frases e logo parou, explicando que não sabia tocá-la no violão, para frustração dos que pediram. Depois, durante alguma das perguntas, Camelo mostrou o que seria a primeira música que ele fez na vida (ou será que foi a primeira música que ele aprendeu? Veja um trecho aqui). Era um instrumental simples e bonito, e se foi isso mesmo que entendi, foi um momento em tese especial para os fãs, mas não vi nenhum comentário entusiasmado sobre isso.


Marcelo Camelo - 17/11/08


A última música que ele tocou foi a primeira metade de "Santa Chuva", que, afinal de contas, era um tanto irônico, já que a chuva que havia caído horas antes não tinha nada de santa. De qualquer forma, foi bonito de ouvir, já que ele não tinha cantado na semana anterior, no Teatro Rival. E é sobre o show no Rival, onde o Hurtmold aparece e eleva as melodias de Camelo é que falo na próxima postagem.

sábado, 22 de novembro de 2008

Dia de Zumbi

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No dia 20 de novembro é que se comemora o Dia da Consciência Negra, também conhecido como dia de Zumbi. Mas uma meia hora antes, ainda no dia 19, a celebração era outra. Na gávea, mais especificamente no Jockey Club, a Nação Zumbi dava início oficial à parte musical do Claro Cine, um evento com filmes e shows.


Nação Zumbi - 22/11/08


O evento em questão acontece na zona sul, e também por isso, parece ser focado em trazer pessoas e espécimes desse curioso habitat. Então vemos muita gente que busca as câmeras, que parecem ter anos de prática em figuração de novelas e poses para fotos. E que não se liga muito no som. Um público diferente do que acostumamos a ver quando a Nação toca no Circo Voador e um dos fatores preponderantes para que essa apresentação estivesse um pouco abaixo do espetáculo que foi eles em dezembro do ano passado. O outro fator é que o som, na frente do palco, estava péssimo. Ficar a 1 metro do vocalista Jorge Du Peixe e não ouvir nada do que ele canta não é legal. Pelo que Du Peixe tentou explicar, as caixas de som estavam nas laterais para frente, por isso quem estava na frente não podia ouvir, e realmente, indo um pouco mais para trás o som ficava um pouco melhor.


Nação Zumbi - 22/11/08


Curiosamente, nas últimas músicas o vocal ficou audível na frente e talvez se tivesse ficado o tempo inteiro assim teria sido uma apresentação inesquecível, afinal de contas estamos falando de uma das três maiores bandas em atividade do mundo (a outra é Radiohead e a terceira eu deixo você escolher). Pelo lado "bom", a guitarra estava absurdamente alta. Mas não estamos falando de qualquer guitarra, e sim da guitarra de Lúcio Maia, um autêntico herói nas seis cordas. Então era difícil se afastar um pouco às vezes e ouvir tudo para deixar de ouvir o que Lúcio faz com notas e efeitos.


Nação Zumbi - 22/11/08


O show começou com "Fome de Tudo", o que há um ano atrás era motivo de rodas de pogo, gente pulando e berrando as músicas. Mas dessa vez o público era definitivamente outro. Acompanhavam dançando, mas não o bastante para suar ou se descabelar, afinal de contas, há que se manter o visual. Na verdade se movimentavam como zumbis, não o de Palmares, nem os da Nação, mas aqueles que precisam se alimentar de cérebros. Seus outros cavalos de batalha, desconhecidos do grande público, mas hits entre os fãs, iam sendo desfilados no Jockey, como "Hoje, Amanhã e Depois" e "Bossa Nostra", até que a banda conquista qualquer um com "Quando a Maré Encher", nem que para isso este que aqui digita tenha que ir para trás fazer a roda de pogo girar, afinal de contas não dava para aceitar um show da Nação com tanta gente e ao mesmo tempo tão pouca gente celebrando.


Nação Zumbi - 22/11/08


A partir daí o show foi melhorando bastante e parece que a banda sentiu isso e foi se animando mais. "Propagando", "Meu Maracatu Pesa 1 tonelada" e "Blunt Of Judah" esquentaram aquele tempo friozinho que fazia lá fora. "No Olimpo", última faixa do último cd lançado é uma viagem quase sem volta por caminhos cada vez mais brilhantes da Nação. E terminam a primeira parte com a violentíssima "Jornal da Morte". Na volta para o bis, pedido pelo pessoal que batia o pé no chão fazendo parecer que havia uma corrida de cavalos ali, sacam "Côco Dub" e longos improvisos instrumentais, com destaque não só para Lúcio Maia, como também para Gilmar Bola 8 e Da Lua comandando as palmas do público.


Nação Zumbi - 22/11/08


Jorge Du Peixe retorna para o microfone e começa a cantar "Será" do Siba e a Fuloresta ("Será que ainda vai chegar / o dia de se pagar / até a respiração?"), para minha quase solitária alegria. E emendam com "Cidadão do Mundo", do disco Afrociberdelia, ainda com Chico Science. Du Peixe então chama um convidado: Seu Jorge, a quem ele se refere como "meu" Jorge (pegou mal, essa...). Seu Jorge canta com Du Peixe "Manguetown". E depois tocam "Da Lama Ao Caos", o que seria o encerramento. Mas a banda volta para um segundo e derradeiro bis e relembram uma favorita dos fãs mais antigos, "Risoflora". Um final bem leve e tranquilo, para levar as pessoas para casa em sonhos temperados de garoa numa zona sul que começou com pouco sal e termina quase doce.


Nação Zumbi - 22/11/08


Ah sim, antes do show teve esse filme, Max Payne, baseado num videogame... que bomba! Só era divertido pelo humor involuntário e por nevar o tempo inteiro na tela, o que me fazia pensar se era proposital aquele vento frio que eu estava sentido e se logo iam jogar floquinhos de neve em cima da gente, para dar o clima. Mas não, era só a experiência de assistir um filme ao ar livre mesmo.


Nação Zumbi - 22/11/08


Setlist:

Fome de Tudo
Hoje, Amanhã e Depois
Bossa Nostra
Memorando
Quando a Maré Encher
Carnaval
Meu Maracatu Pesa 1 Tonelada
Inferno
Propaganda
Blunt of Judah
Infeste
A Ilha
Toda Surdez Será Castigada
No Olimpo
Jornal da Morte

Côco Dub
Cidadão do Mundo
Praieira
Manguetown
Da Lama ao Caos

Risoflora


Nação Zumbi - 22/11/08

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bloc Party no Circo Voador - 10/11/08

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Sempre que ouço alguém dizer que as bandas internacionais não vêm mais para o Rio de Janeiro por falta de público, como se fosse culpa do público, que não comparece, fico intrigado. Afinal, público é problema ou solução? Não seriam os ingressos caros demais, a cidade violenta demais, o horário de shows tarde demais, a divulgação fraca demais, alguns dos culpados para menos pessoas frequentarem os espaços? Está sendo formado algum público no Rio de Janeiro, através de rádio, tv, internet, jornal, revista, qualquer canal que faça as pessoas saberem e se interessarem pelo que acontece aqui? E que tipo de público as casas de shows/produtores/bandas querem? Um interessado em música, um interessado em zoar, a zona norte faz parte dos planos ou só a zona sul?



Na contramão de tudo isso, o Circo Voador tem trazido bandas gringas na raça, convencendo elas a diminuirem o cachê ou receberem parte da bilheteria por um bom motivo: tocar no Rio de Janeiro. E tocar no Circo Voador, que seria um lugar de shows históricos no Rio. Foi assim que eles trouxeram o Franz Ferdinand, que só se apresentaria em São Paulo, abrindo pro U2. Vieram para o Rio e fizeram um show histórico em fevereiro de 2006, para mais de 2.000 pessoas, tornando em realidade a mística do Circo.



Passados mais de dois anos, as coisas não mudaram muito por aqui. Os shows continuam com pouco público, e o Circo trazendo bandas de fora para não muita gente, mas sempre animados, como o Mudhoney por exemplo, apesar de nada ter sido perto do que foi Franz Ferdinand. Até que uns dez dias atrás, o Circo e seu público salvaram uma banda.



Bloc Party vinha de shows bastante criticados, tanto em Buenos Aires quanto em São Paulo, no Terra. Sem falar naquele playback vergonhoso que eles fizeram no VMB. A impressão que dava é que logo a banda iria acabar, a se julgar pelos relatos dos shows mornos que eles vinham fazendo. Então ninguém esperava muito deles na segunda-feira do dia 10 de novembro. Deviam haver umas 800 pessoas no Circo. Algumas poucas (eu, por exemplo) do lado de fora por problema$$$ para entrar, se me entendem. Mas eles começaram a tocar, e as pessoas a se animarem, eles a gostarem da animação e tocando com mais vontade, e o som chegando nas pessoas e elas mais animadas ainda, todos mais preocupados em se divertir do que analisar a banda e... Talvez seja melhor ver os vídeos completos do show, mais uma vez do Felipe, porque fica muito mais fácil. Aconselho a prestar atenção a partir da décima música mais ou menos, que é quando a coisa começa a pegar fogo.





Ou aqui.



O público do Rio de Janeiro pode não ser grande, mas é vendo coisas assim que faz garantir que pelo menos uma parte da cidade merece ver bons shows.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Little Joy - Circo Voador - 24/01/2009

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Pode marcar já na sua agenda! Little Joy, a banda de Rodrigo Amarante com o baterista do Strokes, Fabrizio Moretti, mais a namoradinha do Fabrizio, Binki Shapiro, vai se apresentar no Circo Voador no dia 24 de janeiro, um sábado. É o que consta no email que o Circo manda com suas próximas atrações. A venda de ingressos deve começar em meados de dezembro. E dois dias depois a Orquestra Imperial também se apresenta lá, provavelmente com o Amarante, que acho que não toca com a Orquestra desde a Virada Cultural em São Paulo, que aconteceu em abril. Claro que a presença mais importante da Orquestra Imperial é a de Rubinho Jacobina, mas mesmo assim.




Little Joy no momento está em turnê pelos Estados Unidos, e há uns poucos dias atrás tocou em New Jersey. Na platéia estavam o baixista do Strokes, Nikolai, o vocalista do Kaiser Chiefs, Ricky Wilson e o produtor Mark Ronson (li aqui). Enquanto a banda não vem, pode ir conferindo o vídeo para a música "Next Time Around", que é simples e bonito pra caramba, tão boa ou melhor que a versão do disco. Será que era o Devendra Banhart segurando a câmera?


Atualização: a data no Circo Voador mudou. Veja aqui.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Foalstival

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Deixei a Mallu Magalhães para conferir no palco indie um pedaço do show do Animal Collective, e olha, me arrependo. Teria sido melhor acompanhar o desfecho da apresentação da menina. Talvez por ter chegado no meio do show eu não tivesse entendido muito bem o que estava acontecendo, igual um filme de trama densa. Mais tarde soube que eles tiveram problemas de som no início. Mas a verdade é que cinco minutos de Animal Collective foram mais do que suficientes. Com dois caras mexendo em programações e no meio um com guitarra e cantando, o resultado era uma maçaroca sonora um tanto quanto enjoativa, apesar do bom público acompanhando atento, com um número até surpreendente de pessoas urrando e curtindo aquilo.



Voltei depressa para o palco principal, já que a próxima atração seria Jesus and Mary Chain. Não que o plano fosse ver o show inteiro, e justamente por isso era importante não perder o início. Mas ali supostamente ia acontecer uma aula de História do Rock. O pop encharcado de microfonia de Jesus foi e é influência para muita gente. É curioso ver Jesus and Mary Chain como um "dinossauro" do rock, mas considerando os (atenção para a gíria paulista) "tiozinhos" meio indies, meio enrugados, que estavam lá na frente cantando e se emocionando com as músicas, é isso que eles estão se tornando 20 e poucos anos depois do lançamento de Psychocandy.



Os irmãos Reid abriram com "Snakedriver" e dava pra perceber que de microfonia não havia quase nada, e sim bom rock para dançar. As pessoas celebravam enquanto William Reid, de cabeça baixa, tentava se entender com sua guitarra, tendo bastante êxito. "Head On" veio em seguida e, só por aquele momento, já valeria o preço do ingresso. Apesar de eu conhecer inicialmente essa música na versão punk dos Pixies, com o vídeo que passava na MTV, poder ouvir na versão original foi demais. Em "Sidewalking" já era perto de 21:00 e com muita dó tive que ir me afastando para chegar a tempo ao palco indie e assistir Foals, minha aposta de grande show no festival.


Foals - 08/11/08


E foi bem mais do que o esperado. Os caras da banda, esquisitos que só, vão entrando e não dá pra perceber quando eles acabaram de ajustar seus instrumentos e quando realmente começou a primeira música, aparentemente uma improvisação instrumental, onde o baixinho vocalista e guitarrista Yannis Philippakis berra ao microfone enquanto arrasta o pedestal pelo palco. Terminado esse empolgante início eles se organizam no palco em forma de círculo. Yannis canta de lado, na frente, o outro guitarrista, Jimmy Smith, fica muitas vezes de costas para o público, o tecladista Edwin e o baixista Walter também ficam de lado, em lados opostos. A disposição no palco faz parecer uma banda que está ensaiando. Mas eles não ficam nem um segundo parados, e o círculos se desfaz o tempo inteiro.


Foals - 08/11/08


Se no disco eu percebia influências de afrobeat, ao vivo há pouco disso. O que há é uma mistura explosiva de At The Drive-In com New Order para pistas de dança. Batidas mais retas e som mais pesado, um estrondo dance e punk. Além da óbvia influência de Gang Of Four. É pós-punk, disco-punk, jazz-punk, o punk cooptado por nerds ingleses (não foi sempre assim?) que estão lá em cima tentando se divertir como aquele fosse o show da vida deles. E para fazer o até então analítico público paulista se entregar ao som, é porque o esforço deu resultado. Yannis desce duas vezes do palco, em uma delas nem dá pra ver onde ele vai parar.



As músicas vêm em forma mais acelerada do que no disco. "The French Open" é recebida bem, "Olympic Airways" tem seu refrão "dis-a-ppe-ar" cantado bem alto, em "Balloons" era impossível ficar parado. Além de algumas frases em inglês, o vocalista Yannis fala três vezes em português, que talvez mostre bem qual é a intenção da banda. A primeira foi a que todos falam, "obrigado". A segunda foi "maconha", mas que saiu com a mesma entonação da "obrigado" anterior. Na terceira vez ele já disse duas palavras: "menina bonita". Não importa o ritmo, é sexo, drogas e rock'n'roll há mais de 40 anos o motor que impulsiona a música pop.



"Hummer" aumenta a animação do público. Supla está desde o começo assistindo a tudo ali do lado, no backstage. Yannis parece determinado a destruir a sua guitarra, da forma que a toca, mas não chega a fazê-lo. Em "Electric Bloom" ele deixa a guitarra para bater numa peça de bateria colocada na frente, mas com o som muito baixo, na verdade. O final com "Two Steps, Twice", é devastador. No meio da música o baterista vai para frente do palco pedir bara o público bater (mais) palmas, o que o tecladista já havia feito em "Cassius". Enquanto isso, Yannis sobe em uma estrutura atrás da bateria, tocando guitarra lá em cima para delírio dos presentes. Se Jesus and Mary Chain estava lá para uma aula de História do Rock, Foals estava lá para fazer História.


Foals - 08/11/08




Foals - 08/11/08

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Foalstival (prelúdio)

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Continuando sobre o Festival Planeta Terra...


Terminado o show do Curumin, havia como opção Mallu Magalhães no palco principal. A menina, que há um ano atrás sequer tinha feito um show, agora tocava num festival de grande porte com nomes internacionais de peso. Uma coisa curiosa foi a escolha dos artistas nacionais no palco principal. Tanto Mallu Magalhães quanto a banda que se apresentou antes, Vanguart, são artistas que tocam, resumidamente, folk rock. Festivais costumam abranger várias vertentes de música, mas os dois artistas nacionais serem tão parecidos entre si e, ao mesmo tempo, tão diferentes dos artistas internacionais soou um tanto quanto desnecessário.



Não que esses nomes não estejam em evidência e não mereçam estar no festival, mas porque não nomes que dialogassem melhor com um público de Bloc Party (Rockz, por exemplo), ou até mesmo do Offspring (um Dead Fish seria do agrado dos que estavam lá esperando pela banda de hardcore)? Considerando isso, até que Mallu segurou bem, e se não animou, pelo menos não enfureceu a platéia. Cheguei (de novo) na metade do show, mas de longe podia ouvir ela tocando "Your Mother Should Know", do disco Magical Mistery Tour, dos Beatles.



De perto pude ouvir Tchubaruba e achei a versão ao vivo bem melhor do que a gravação que existia no myspace. Mas quando ela liga o violão e ele está com o som alto demais por descuido dela, e ela solta um "opa" maroto de quem fez coisa errada, aí vemos que era isso que o público queria, já que vários ficam com aquela cara de "oh, que bonitinha, guti guti". O jeito que ela se comporta entre as músicas gera mais reação do que as músicas em si, pelo menos diante desse público que estava lá para ver outros artistas. Não fiquei até o final pois estava curioso em conferir o show do Animal Collective, banda que não havia me agradado daquilo que baixei e ouvi.



Continua.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Claro Cine: De 19/11 até 7/12

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É nessa quarta que começa o Claro Cine, evento que vai trazer filmes 'numa tela gigante' e ondas sonoras para o Jockey no Rio de Janeiro. E já começa bem, com show da Nação Zumbi! A banda deve começar a tocar às 23h 00m, depois de terminar o filme Max Payne que está marcado para as oito horas.
Dos filmes, "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", "Planeta Terror" e o "Rebobine, Por Favor" devem valer o ingresso, principalmente o segundo, que será acompanhado da banda Móveis Coloniais de Acaju. Quem toca também é a Cidadão Instigado, Brasov (com Wando e Pepeu Gomes), Vanguart, Do Amor, João Brasil... Enfim, monte de gente bacana, você confere o resto na agenda aqui do lado ou no site oficial do evento.

R.E.M. no Rio de Janeiro - 08/11/2008

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Ok, eu estava no Planeta Terra, mas e o R.E.M., como foi?
Bom, o Felipe foi e gravou praticamente todas as músicas. Eu de minha parte fiz essa lista de reprodução abaixo usando os vídeos dele pra ver tudo em sequência, quando o youtube não trava. Bem mais barato assim!





Ou então você vê direto no youtube.

domingo, 16 de novembro de 2008

Planeta Terra - Curumin

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Curumin - 08/11/08

Já passou uma semana, mas ainda vale a pena falar um pouco mais do Festival Planeta Terra, que aconteceu em uns galpões abandonados em São Paulo. Vale a pena porque é raro ter um festival que dê um tratamento decente para a razão de ser de um festival que é o público. Apesar do local da realização dos shows ser distante, quem chegava da rodoviária (eu, por exemplo), conseguia chegar lá no Planeta Terra pagando somente um bilhete de metrô. Claro, a viagem é demorada (mais ou menos duas horas) e é preciso fazer umas 3 baldeações entre metrô e trem, mas chegava-se lá com conforto (pelo menos no horário que fui) e gastando pouco.



Por falar em gastar pouco, o ingresso para o festival é um caso a parte. O último lote foi vendido a 130 reais a inteira, ou seja, 65 reais a meia-entrada. Para ver mais de dez bandas e DJs, atrações internacionais, nomes consagrados, enfim. Com direito a ficar na grade e babar pelo seu artista favorito, desde que chegasse cedo ou fosse esperto o bastante. O ingresso para ver o R.E.M. da mesma forma custava, no Rio de Janeiro, 480 reais a inteira e 240 a meia. O preço do Planeta Terra somado com a passagem de ida e volta Rio/São Paulo era mais barato do que assistir o R.E.M. no Rio de Janeiro. O Festival Planeta Terra vendeu todos os seus 15.000 ingressos. O R.E.M. no Rio, que teve, em 2001, 190 mil pessoas cantando suas músicas, não encheu a arena que fica na Barra e tem um nome de banco.



Isso tudo pelo menos facilitou a decisão sobre o que ver, e no parágrafo anterior já estávamos em São Paulo. Apesar de chegar a tempo de ver o show do Vanguart, que faz show este mês no Rio (ver agenda ao lado), preferi ficar um pouco lá fora, afinal de contas não dava para saber quanto seria a cerveja lá dentro. Depois eu soube, e soube também que era mais barata do que naquele evento da Tim que fizeram na Marina da Glória mês passado. Mas entrei a tempo de ver a metade final da apresentação de Curumin.



O Planeta Terra era dividido em um palco principal, em local aberto, e um palco indie, dentro de um galpão. Em algum outro lugar estava o palco com os DJs, mas que não recebeu minha visita. Não havia muitas pessoas ainda na frente do palco enquanto Curumin já desenvolvia sua apresentação, mostrando seu samba-rock eletrônico. Deu para curtir algumas músicas legais, como "Mal Estar Card", "Guerreiro" e "Caixa Preta", dessa vez sem a participação de Lucas Santtana e BNegão. Apesar do som envolvente, achei o show um pouco mais frio do que o anterior que tinha visto dele, na festa PHUNK!.


Curumin - 08/11/08


De repente saindo de trás das baquetas o Curumin ganhava mais, já que ele tem presença de palco. Quando ele fez isso no final da apresentação e empunhou seu cavaquinho elétrico, deixando a bateria por conta de Loco Sosa, da banda Los Pirata, que antes estava encarregado das bases eletrônicas e samples, a reação da platéia foi maior. Para comprovar isso, bastava olhar em volta quando Curumin começou a cantar uma versão arrastada (no bom sentido) de "Preta", grande sucesso do rei da lambada Beto Barbosa ("Preta, fala pra mim / Fala o que você sente por mim"). Várias pessoas cantando junto, dentro de um lugar com o nome de palco indie. Deu até pra lembrar do Binário cantando um sucesso do Raça Negra, "É Tarde Demais (Que Pena)".


Curumin - 08/11/08


E, para usar um gancho bem cretino, que pena que logo depois o show acabou. Mas ainda havia muito mais para ver naquele dia.

sábado, 15 de novembro de 2008

Trinta

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Foi em 1976 que Geoff Travis, depois de chegar no Reino Unido com 'quinhentos' discos no bolso, conseqüencia de uma viagem pelos EUA, decidiu abrir a Rough Trade Store, para dois anos depois lançar o selo Rough Trade. As efermidades que aconteceram depois foram muitas, mas o importante é que foi a Rough Trade que lançou o Smiths, Young Marble Giants, The Fall e muita gente que tocava post-punk.

Como 2 + 1976 é 1978, é provável que o selo faça 30 anos ainda nesse ano (ainda estamos em 2008). Não há uma data certa, mas as festas já estão marcadas. Portanto, se você estiver de bobeira no Reino Unido, não deixe de conferir, mas caso isso seja inviável, confraternize escutando algum dos vários bons títulos já lançados pelo selo:

Little Joy - Little Joy
The Hold Steady - Stay Positive
The Fall - Bend Sinister
The Smiths - The Queen Is Dead
Young Marble Giants - Colossal Youth

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Setlists do Radiohead

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Assim como o Mudhoney e o R.E.M. têm sites próprios ou feitos por fãs relatando os setlists de cada show feito, o Radiohead também tem. http://www.58hours.com é uma enorme base de dados que cataloga os shows e em boa parte que músicas foram tocadas desde 1992. Inclusive com estatísticas de quantas vezes cada música foi tocada em cada uma das turnês mais recentes. Dá para ter uma idéia do que a América do Sul pode esperar em 2009.


Eles tem 45 músicas dentro da manga para um setlist que gira em torno de 25:
http://nymag.com/arts/all/process/17306 (o 58hours.com diz que já tocaram 55)


Opa, já apareceu a data e local do show no México. Só falta Argentina e Brasil agora.

Radiohead no Brasil

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Na verdade, na verdade, apareceu o nome do Brasil no site da banda, junto com o da Argentina e do México, abaixo da apresentação já confirmada no Chile no dia 27 de março de 2009, sendo o do Chile o único com ingressos já à venda. O que significa o seguinte: ainda não deve ter contrato assinado em definitivo, mas a negociação já deve estar em estágio bem avançado. Até porque geralmente os produtores de shows dos países precisam dividir os custos de trazer a banda para cá. Então por enquanto é isso e todos os sites e blogs possíveis já informaram ontem sobre essa vinda. Tem um Brasil escrito no site, mas ainda não tem datas, cidades e, principal: preços. Fazendo uma conversão dos preços chilenos, eles variam entre o mais barato de uns 90 reais e o mais caro em torno de 260 reais.

Caso venham tocar no Rio de Janeiro, o mínimo que se espera é que eles tocassem na Praça da Apoteose, local aberto onde acontecia o Hollywood Rock e já teve shows dos Rolling Stones, do Pearl Jam, Roger Waters, etc. Por um preço razoável e sem idiotice de curral vip, acredito que seja capaz de levar umas 20.000 pessoas ao local, afinal de contas é a banda de rock atual mais aguardada por seus fãs, além de ter pelo menos um mega-hit, "Creep" (que eles raramente tocam). E é a maior banda de rock em atividade. Claro que, considerando os preços e locais dos últimos shows internacionais no Rio, talvez seja importante também aguardar o preço dos ingressos na Argentina. O custo-benefício talvez compense...

Você não conhece a discografia do Radiohead? Por favor, então aproveite esses links encontrados pela net:


Pablo Honey

The Bends

Ok Computer

Kid A

Amnesiac

I Might Be Wrong

Hail To The Thief

In Rainbows

In Rainbows 2

E existem centenas de bootlegs para download com gravações de shows ao vivo deles por aí. Como esse, no Lollapalooza deste ano. É só procurar.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Camelo no Rival

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Marcelo Camelo - 10/11/08

Ainda vou falar melhor sobre o show de Marcelo Camelo no Teatro Rival, para a gravação do Palco MPB, um programa da rádio MPB FM. Esse programa passa hoje, às 16:00. Mas com a maravilha da tecnologia você já pode ver e ouvir algumas das músicas tocadas, colocadas por Léo, participante da comunidade Marcelo Camelo no orkut.

Téo e a Gaivota

Mais Tarde

Janta

Liberdade

Morena

Despedida

Copacabana


E essa aqui embaixo nem deve aparecer no programa, já que foi tocada enquanto resolviam um problema no microfone de um dos caras do Hurtmold. Eis Fez-se Mar, do último disco do Los Hermanos, 4:

Um ano de La Cumbuca

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Mais de 3.000 fotos, mais de 100 shows vistos, uma boa parte comentada aqui, bem mais de 100 shows divulgados. Obrigado aos que lêem e aos que colaboram.

Se estiver chegando agora, aproveite pra ler:


Entrevista do Lucio Maia antes de sua apresentação com o projeto Maquinado no Humaitá pra Peixe, em janeiro.




Texto sobre a apresentação de Eugene Hutz (Gogol Bordello) no Cine Lapa, em maio.

domingo, 9 de novembro de 2008

Festival Planeta Terra - Ranking

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Muito a falar, mas por enquanto os melhores shows, na minha opinião (e pra quem viu, o primeiro parece ser um consenso geral):


1º - Foals. Impressionante, superou em muito minhas expectativas que já eram altas, por causa do disco.

2º - Breeders. Ver Kim e Kelley Deal de perto é sonho realizado. Tocando três músicas do The Amps e cover do Guided By Voices? Eu não precisava de mais nada.

3º - Kaiser Chiefs. Além dos hits, o vocalista Ricky Wilson faz a diferença, agitando o público como nenhum outro artista fez.

4º - Spoon. Bem melhores ao vivo do que nos discos. Ao vivo eles entregam unidade às sua ótimas canções.

5º - Jesus & Mary Chain. Fiquei até "Sidewalking" e estava muito bom, mas tive que perder o restante para ver Foals, o melhor show da noite, do ano...


Vi as últimas 4 ou 5 músicas do Curumin, que foi bom, um pouco da Mallu Magalhães que foi médio, umas 3 músicas do Offspring, que foram justo umas novas, ou seja, ruins, e uns poucos minutos de Animal Collective, que estava extremamente chato. Não consegui ver Brothers of Brazil, Vanguart e Bloc Party.


Durante a semana tem mais história sobre o Planeta.

sábado, 8 de novembro de 2008

Ritaleena

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Nina Becker e Do Amor  - 01/11/08


Foi no sábado passado, mas por mil motivos eu só estou falando agora do show que a cantora Nina Becker fez com Do Amor no Cinematheque Jam Club, em Botafogo. Público lotando o pequeno espaço da casa, com mesas tumultuando o ambiente. De entrada o trabalho solo de Nina, depois o prato principal com a execução ao vivo das canções do disco Build Up, o primeiro trabalho solo de Rita Lee, que ainda estava nos Mutantes, com as faixas tocadas na sequência que se encontram no disco, inclusive com intervalo para trocar o lado A pelo lado B. E que emoção que foi ouvir "José", "Eu Vou Me Salvar", "Hulla-Hulla", "Tempo Nublado", "And I Love Him", "Macarrão com linguiça e pimentão", "Calma", esse disco todo é uma delícia.


Nina Becker  - 01/11/08


As soluções para verter os arranjos oringinais dentro de um formato com duas guitarras, mais baixo e bateria, foram muito competentes, transpondo muito da sonoridade do disco para aquela noite. E apesar de uma gripe que fez Nina Becker trazer até mesmo um nebulizador e uma caixa de lenços que ficaram em cima de um xilofone, a voz dela estava muito boa. De sobremesa, mais um show divertido Do Amor. O que é interessante é como o público parece começar a acompanhar e se interessar cada vez mais pelo axé-noise da banda, que não pára de tocar aqui no Rio, em São Paulo e em quase todos os festivais imagináveis Brasil afora. Sem nem perceber, acho que se tornaram a principal banda brasileira em 2008.


Do Amor - 01/11/08


Mas o que eu queria mesmo dizer aqui é que Nina e Do Amor deveriam tocar também o outro disco solo da Rita ainda sob influência e participação dos Mutantes, o Hoje É O Primeiro Dia Do Resto da Sua Vida.


Nina Becker e Do Amor - 01/11/08


Fotos do show:
http://lacumbuca.multiply.com/photos/album/114

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O fim da década 00

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A eleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos da América tem muitos significados, muito mais do que vou me meter a falar neste blog cujo assunto é música. Mas para mim era impossível não se emocionar a cada vez que passavam imagens da multidão de centenas de milhares de americanos comemorando um novo presidente. Ou um presidente de verdade oito anos depois.


Por mais que até o dia da eleição eu achasse que pouco importava quem fosse o presidente do EUA, ver um negro no cargo mais alto dessa nação que tem essa ânsia em ser a polícia do mundo, em determinar a forma como o planeta deve se comportar é incrível, ainda mais considerando que no começo da década de 60 ainda haviam estados que tratavam os negros em uma categoria inferior de ser humano. Independente do que aconteça nos próximos anos, e é bom Obama reforçar a segurança já que a sociedade pode mudar, mas nem sempre todos os indivíduos acompanham essa mudança, só o que aconteceu no dia 04 de novembro e suas conseqüências nos corações e mentes de americanos e não-americanos já é um marco para a História.


Mas muito mais que isso, marca também o fim de uma década sombria. Se teve alguém que se tornou o símbolo dessa década não foi Osama Bin Laden, nem os Strokes, nem os desastres naturais, com suas tsunamis, Katrinas e terremotos devastadores. Não foi Tony Blair, nem o funk carioca, Michael Phelps, Usain Bolt, o ciclista multicampeão da Tour de France Lance Armstrong ou o irlandês maluco que tirou o Vanderlei Cordeiro da maratona nas olimpíadas de Atenas. Nem o presidente Lula ou a onda de esquerda que paira sobre a América Latina, com resultados bons em alguns lugares e em outros nem tanto.



Nem o emo.



Esta foi a década de George W. Bush. Desde a controversa derrota transformada em vitória no pleito americano de 2000, o que vimos foi um personagem conectado a diversos dos piores momentos da História mundial. Parecia que a cada ato ele queria provar algo. Não era somente deixar de assinar o protocolo de Kyoto, era fazer pouco caso do esforço concentrado de diversos países para um problema que afeta todo o planeta, a poluição. O que esperar de um sujeito que antes da política tinha uma empresa que trabalhava com petróleo?


Quando as torres gêmeas foram atacadas em setembro de 2001 e o mundo (ou pelo menos grande parte dele) se viu chocado e solidário ao sofrimento americano, e não somente americano, já que Nova York ultrapassa fronteiras, e os mortos dentro dos prédios vinham de vários países, Bush e sua equipe viu uma oportunidade de controlar a vida de seus cidadãos, suprimindo direitos e liberdades. Isso sem mencionar as teorias conspiratórias que questionam um ataque tão bem-sucedido acontecer em solo americano. Bin Laden, o líder da rede terrorista conhecida como Al-Qaeda, que executou o ataque, até hoje está solto, provavelmente em alguma montanha do Paquistão. Bush aproveitou para criar um eixo do mal, com países não-envolvidos no ataque, e entendeu como subserviência a cooperação de outros países em invadir o Afeganistão e acabar com o regime Talebã, que permitiu o crescimento da Al-Qaeda em seu território. E tentou utilizar dessa subserviência para seus próximos passos.


Abandonando completamente a diplomacia, Bush repetia que as nações deviam estar com a América ou contra ela, ameaçando quem não se aliasse a eles. E o 11 de setembro foi uma forma que eles arrumaram de invadir o Iraque, aquela enorme fonte de petróleo controlada por um ditador sanguinário que o pai de Bush não conseguiu destronar uma década e meia antes. O problema é que Bush precisava de um motivo forte para invadir outro país e os governos sabiam que Saddam Hussein, o tal ditador, não estava por trás do 11 de setembro. A solução foi inventar uma nova expressão para um novo século cada vez mais entrevado: é introduzida a nomenclatura Armas de Destruição em Massa nos discursos, nas conversas e no medo que ofegava quando esse monstro era mencionado.


Mesmo com todas as ameaças, os Estados Unidos vão começando a ficar cada vez mais solitários. A população de diversos países protestava contra mais uma guerra. A guerra começou e 5 anos depois Bush conseguiu a proeza de matar muito mais iraquianos do que Saddam Hussein havia conseguido em décadas de tirania. As Armas de Destruição em Massa no Iraque eram uma mentira. E enquanto isso a alma da sociedade americana foi criando fraturas e cicatrizes impossíveis de serem escondidas.


Veio o furacão Katrina e desnudou a realidade americana. Se Bush não pode ser acusado por desastres naturais, talvez devesse pesar sobre ele a demora em ajudar as vítimas e o que nos apresentaram: americanos saqueando lojas, se armando e instalando uma barbárie na cidade arrasada e inundada de Nova Orleans. E como se já não fosse tudo muito vergonhoso, foi sob seus cuidados que a economia americana entrou em colapso, causando uma crise financeira com efeitos globais. Suas ações arrogantes e desastradas em oito anos levaram a nação americana a um declínio inédito após anos e anos de supremacia.


Então sem dúvidas ele foi o personagem da primeira década. As coisas podem melhorar ou piorar daqui pra frente (e olha que a década nem foi tão ruim assim para o Brasil - bem que podia ser melhor, mais próximo dos nossos sonhos), mas saber que a partir de janeiro de 2009 não teremos mais essa figura tomando decisões que muitas vezes têm impacto no mundo todo é um alívio e uma esperança por um mundo melhor ou, pelo menos, um mundo sem Bush. Já é muita coisa.


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Ah, sim. Música.


Há dois anos atrás, Neil Young lançou um álbum espetacular chamado Living With War, onde no meio de barulhentas guitarras ele falava diretamente em pedir o impeachment do presidente Bush. Depois ele entrou em turnê com seus colegas Crosby, Stills e Nash e dessa turnê resultou no documentário CSNY: Deja Vu, dirigido por Neil sob um pseudônimo, que apesar de ter um formato "feito para TV" garante imagens impactantes, tanto dos shows quanto da guerra no Iraque. Eis um trecho da letra de uma das músicas, chamada "Lookin' For A Leader", lembrando, o disco foi lançado em 2006:

Someone walks among us
And I hope he hears the call
And maybe it's a woman
Or a black man after all

Yeah maybe it's Obama
But he thinks that he's too young
Maybe it's Colin Powell
To right what he's done wrong

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Expectativas festival: Breeders

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Uma das últimas atrações a serem confirmadas pelo Festival Planeta Terra, Breeders é, para quem não sabe, um projeto paralelo da baixista dos Pixies, Kim Deal, que existia antes mesmo dos Pixies, mas só começou a ser levado a sério por Kim como banda no fim dos anos 80. Tendo "Cannonball" com um grande hit para quem gostava de rock alternativo (era assim que "indie" era chamado nessa época), Breeders teve diversas formações. A única outra integrante mais fixa na banda é sua irmã gêmea Kelley. Enquanto esta se recuperava de problemas com drogas, Kim lançou um outro projeto chamado The Amps, que era uma continuação das Breeders. Com a irmã de volta após alguns anos, Breeders também estava de volta.



Era 2003 quando alguém teve a idéia maravilhosa de trazer a banda para tocar no Brasil, ao mesmo tempo que teve a idéia de jegue de fazê-las tocar somente em Curitiba. A dor só não foi maior do que no ano seguinte, quando alguém teve a idéia brilhante/de jegue de trazer os Pixies para a mesma Curitiba até que tive que me render em 2005, quando anunciaram Weezer na mesma cidade. O festival que acontecia por lá não teve outra edição, o que me deixa, de certa forma, mais contente do que triste.


Voltando às Breeders, seus álbuns Pod e Last Splash continham batidas retas, punk rock e power pop com guitarras que iam do silêncio a sons esporrentos. Já os álbuns lançados no século XXI, Title TK e o mais recente Mountain Battles mais se parecem com ensaios e experimentações sonoras, comandadas pelo produtor Steve Albini. Title TK ainda tem canções deliciosas como "Son of Three" e "Huffer", mas o último álbum, nem isso ("Walk It Off", talvez). Mas em todos os discos existe Kim Deal, com sua voz às vezes rouca, doce, gritando, maltratada pelos anos, sempre um prazer de ouvir. Não só pela voz, mas pelas melodias pop que ela cria, esse sim o grande trunfo da banda, capaz de fazer bobagens como "Bang On" valerem a pena a audição. E melhor ainda, nos últimos shows a banda tem tocado músicas do The Amps, como "Tipp City" e "Pacer". Pelo que tenho visto, poucas músicas do Pod e do Title TK têm aparecido, mas com a quantidade de música boa no Last Splash, podem até dispensar "Gigantic", uma das únicas músicas cantadas por Kim nos Pixies, que mesmo assim vai ser uma maravilha.

(fonte para os links: comunidade Discografias)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Expectativas Festival: Foals

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Chegou uma hora que essa onda de bandas de rock dos anos 00, especialmente as que vieram após Franz Ferdinand, começaram a fazer um primeiro disco brilhante e um segundo decepcionante. É o caso de The Futureheads, Kaiser Chiefs, Bloc Party, We Are Scientists e Arctic Monkeys (talvez eu seja minoria na opinião sobre esse último). Mas então a coisa modificou um pouco e as bandas começaram a decepcionar logo no primeiro disco mesmo, vide Klaxons, MGMT, Wombats... A cada lançamento pífio, o desinteresse nas novidades que vinham dessas bandas aumentava. Então quando por algum motivo eu resolvi dar uma chance para os britânicos do Foals, tudo que eu esperava era um enorme mais do mesmo. Talvez tenha sido por isso que minha surpresa tenha sido grande.





Finalmente algo que, se não é exatamente novo, é bom! O disco de estréia do grupo, Antidotes, começa com "The French Open" e a música seguinte, "Cassius", parece uma continuação da primeira, tal forma que o ritmo e as notas se assemelham. Nessas duas primeiras dá para notar alguma mudança em relação ao que tem sido feito no mundo do disco-punk ou qualquer outra denominação para designar esse tipo de som que contenha as palavras "new" e/ou "rave" e/ou "wave" e/ou "dance" e/ou "math" e/ou "rock". A mudança está na adição de metais que pelo menos a mim me fazem lembrar, junto com alguns ritmos durante as faixas, do afrobeat que grupos como Antibalas têm feito. Isso misturado ao ritmo dançante e rápido e as frases repetidas à exaustão pelo vocalista Yannis Philipakis tornam tudo muito atraente. Nas faixas seguintes vão surgindo climas diferentes preparados por teclados e por barulhinhos eletrônicos, mas no fim é um álbum feito para dançar. Mas não acredite em mim, ouça. (créditos para o link: comunidade Foals)


Se mantiverem ao vivo o pique do disco, eles têm tudo para ser a surpresa este ano, como (dizem que) o Datarock foi ano passado. Foals está escalado para tocar no Festival Planeta Terra às 21:00 no Palco Indie, meia hora depois de Jesus & Mary Chain começarem seu show no palco principal.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Dicas do Divino

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Pro leitor do La Cumbuca que está imerso num ócio e quer experimentar uma viagem sonora: Recomendo Miguel de Deus

Os Brazões:
Primeira banda do cidadão, foi banda de apoio em 68 de Gal Costa. Tocou com Tom Zé, Duprat e Macalé. Tanta psicodelia só rendeu um disco, confira.
[Fonte: FreeMusic]

Assim Assado:
Pegou carona na onda do Secos e Molhados. Desde a 'capa das carinhas' até a maquiagem lembram a saudosa banda de Ney Matogrosso. Vale a pena.
[Fonte: Brazilian Nuggets]

Miguel de Deus:
Fase solo do gênio. Aparece agora mandando black music! O disco de 1977 chega junto à Gerson King Combo, Toni Tornado e Black Rio. Escute!
[Fonte: Música de Boa Qualidade]