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quinta-feira, 3 de março de 2016

7 vídeos de Figueroas, O Terno e Boogarins no Festival Jardim Elétrico - Circo Voador, em janeiro






No final de janeiro, um festival brotou em um terreno bem fértil da nova música brasileira. O Jardim Elétrico merece a gracinha com seu nome. Provavelmente terá sido festival em única edição. Aproveitando uma série de bandas que vinham e/ou já estavam por aqui e/ou estavam disponíveis para vir ao Rio de Janeiro: Boogarins, O Terno, Bike e Figueroas.




Festivais costumam ser: a) uma alegria, por ver tantas bandas e b) uma preocupação sobre a hora que vai terminar, se vai atrasar, etc. Em questão de atraso nada a se reclamar do Circo Voador desta vez. Em compensação, tudo a reclamar do trânsito de nossa cidade. Pontualidade somado a um engarrafamento não nos permitiu ver o Bike.




Logo depois veio o Figueroas. Em tese, era o mais destoante dos nomes desse festival, já que os outros grupos flertam, namoram e casam com a psicodelia, enquanto o papo do Figueroas é fornicar com a lambada. Já mostramos aqui o show todo dos alagoanos ano passado no Saloon 79.









Diferente do ano que passou, Figueroas veio com o acréscimo de um guitarrista e um percussionista com uns tamborzinhos que parecem aqueles pads de estudo de bateria. O núcleo continua com Dinho Zampier nos teclados e soltando as bases das músicas, e como vocalista o agitado Givly Simons.









É o carisma e a entrega de Givly que dão o molho à lambada, forró, tecnobrega e outros ritmos das faixas mais quentes entre os trópicos. Cantar, canta pouco, tão econômico que durante "Não Há Dinheiro Que Pague" (sucesso na voz de Roberto Carlos, composto por Renato "e Seu Blue Caps" Barros) se limita a cantar o refrão.









O público já estava em bom número, só que, até onde foi possível notar, com pouquíssimo gingado na cintura. O que não impediu que a maioria aprovasse o som e muitos tentassem, pelo menos, balançar com o Figueroas. Já O Terno estava aprovado antes mesmo de começar, com um séquito de fãs colados ao palco assim que começaram a arrumar o show para o trio paulistano.









Justifica-se. O Terno tinha deixado ótima impressão desde a primeira vez que se apresentaram no Circo Voador, no festival MoLa de 2012. Quando tocaram na derradeira edição do Humaitá Pra Peixe em 2014, parecia que estavam ainda procurando um equilíbrio entre o primeiro e o segundo disco.









Pois desta vez fica claro que o vocalista/guitarrista Tim Bernardes e seus comparsas encontraram o tom certo para não fazer o público dispersar, sem deixar de mostrar as sutilezas do autointitulado segundo álbum, onde acrescentam toques históricos de MPB ao seu rock retrô. Quando parece que a música vai perdendo velocidade, eles logo arrumam um jeito de acelerar de um jeito bem característico d'O Terno, algo entre a psicodelia e o stoner rock.









É bem provável que O Terno não faça feio em shows e festivais internacionais, só faltando a eles um pouco do que o Boogarins já tem de sobra.









É ao vivo, mais do que nos dois discos do grupo, que percebemos as razões para a banda goiana alcançar um êxito lá fora que irrompe barreiras geográficas e de idioma. É algo que, por não saber como melhor explicar, vou chamar de "ousadia", um destemor em apresentar algo que soa agradável, familiar, pop, e ao mesmo tempo diferente, "perigoso", algo que expande limites de terrenos já conhecidos.









E tudo isso dentro do universo do rock e da psicodelia. Onde praticamente todos os lugares e lugares-comum parecem já ter sido preenchidos, o Boogarins chega e encontra sua brecha. Podem ser as guitarras dos fundadores, Dinho Almeida e Benke Ferraz, pode ser a voz etérea-malemolente de Dinho, é muito provável que tenha grande papel hoje a bateria de Ynaiã Benthroldo, ex-Macaco Bong.









Quando tocam "Lucifernandis" as teorias não importam mais, só a vibração e entusiamo da plateia que já tinha mostrado ano passado no Circo Voador mesmo o quanto o grupo está bem apreciado no Rio de Janeiro.



Pode ser que não aconteça outra edição desse festival Jardim Elétrico. Mas, se acontecer, que seja nesse alto nível.









Os vídeos do festival aqui e abaixo:






Músicas gravadas:


Figueroas - "Não Há Dinheiro Que Pague"

Figueroas - "Graças a Aldo Sena e Edson Wânder"

O Terno - "Eu Não Preciso de Ninguém"

O Terno - "Papa Francisco Perdoa Tom Zé"

Boogarins - "6000 Dias"

Boogarins - "Tempo"

Boogarins - "Lucifernandis"

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