Novidades musicais de todos os tempos. Também estamos em:

Flickr : Youtube : Twitter : Facebook

Destaques do site:




sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Dicas de bandas para os festivais de 2010

Ano passado eu fiz um post sugerindo alguns nomes para o Planeta Terra 2009. Obviamente, ninguém me ouviu/leu, porque né... Mesmo assim, alguns nomes que eu escrevi acabaram aparecendo no Brasil, como Gogol Bordello e Beirut.


Este ano a programação do Planeta Terra está praticamente fechada. Dos nomes anunciados, me empolguei quando confirmaram o Pavement e o Girl Talk. Mas tem também Phoenix, Smashing Pumkins, Yeasayer, Of Montreal e Hot Chip. E mais recentemente anunciaram Mika, Passion Pit e Empire Of The Sun. Comparando com ano passado, a escalação perde, mas ainda assim é um time de respeito que ainda é compensado pela expectativa de uma boa estrutura do evento, como aconteceu nos anos anteriores.


De qualquer forma, deixo aí registrado nomes que eu gostaria de ver e nem sempre figuram em blogs descolados de música (alguns sim, outros não), que parecem ser a base para a curadoria de muitos desses festivais.


Assim como no ano passado, levo em consideração se a agenda do artista/grupo permite a vinda ao Brasil. O Leonard Cohen, por exemplo, já está com shows marcados até o final de novembro, então só se eu controlar telepaticamente a cabeça do prefeito Eduardo Paes para contratar o cantor para o reveillon em Copacabana. Hum... Nick Cave também é carta fora, já que vai estar muito ocupado com o seu Grinderman.




Editors - Achei o último disco da banda muito, mas muito ruim. Em compensação a coleção de hits dos dois discos anteriores deles é boa, mas muito boa. E convenhamos que, dois discos excelentes para a geração de bandas pós-2000 já é uma marca considerável. Fora a chance de ouvir essa versão deles para "Orange Crush" do R.E.M.




Superchunk - Já tocaram no Brasil há muitos anos atrás, em várias cidades de São Paulo e Paraná... e no Rio, no extinto Ballroom. Volta e meia tenho visto o nome deles em festivais europeus, naquele segundo escalão, mas sempre presente. Já coloquei aqui um dos vídeos divertidos que faziam.




Ash - Acho que o auge da banda foi quando o grupo, nascido como um trio de power-pop com pegada punk, adicionou a guitarrista Charlotte Hatherley às suas fileiras. Nesse período, se destaca o álbum Free All Angels com músicas como "Walking Barefoot", "Cherry Bomb" e "World Domination". Hoje novamente um trio, declararam que não iam mais lançar álbuns. Em vez disso, estão lançando singles a cada duas semanas, o que está sendo chamado de A-Z Series e deve chgar ao "Z" em setembro. Bem a tempo de mostrar tudo isso por aqui no Brasil, hein?




Elvis Costello - Tocou por aqui no Tim Festival de 2005. Acho que já tenho falado o suficiente de Elvis Costello por aqui. E devo falar um pouco mais no futuro. Isso porque Elvis Costello tem uma das carreiras mais abrangentes dentro do rock, com períodos mais "suaves", elegantes e outros tempos com sonoridade mais crua, mas sempre preocupado em trazer viva a canção, com aquelas construções melódicas que só ele ainda consegue fazer.




Eels - Eu já conhecia e admirava bastante algumas de suas músicas, como "Novocaine For The Soul" e "Cancer For The Cure". Mas nos últimos tempos tenho sido arrastado cada vez mais para dentro das músicas do senhor E, que soa, em uma forma preguiçosa de descrevê-lo, como um Beck com voz (cada vez mais) rouca. Mas cara, ele é muuuito mais do que isso. Pra convencer: "Flyswatter".




Futureheads - Praticamente uma banda irmã do Maximo Park (que tocou ano passado no Planeta Terra), pela similaridade no som e pela irregularidade nos discos. Contudo, o primeiro disco de 2004 das cabeças do futuro é um primor na recriação do pós punk dos anos 70/80 de Devo, Gang Of Four e XTC. Aparentemente com a agenda livre.




Devo - Tocaram no Planeta Terra de 2007. Ok. Mas de lá pra cá finalmente lançaram um álbum com músicas inéditas. E o mais incrível, um álbum que não deve em (quase) nada à qualidade dos seus primeiros trabalhos. Se não há mais a originalidade do trabalho de estréia ou de Freedom of Choice, é incrível como não soam datados. Ou então as bandas atuais é que estão soando demais como se estivessem em 1980, vai saber. Fato é que não seria nada ruim ouvir as faixas de Something For Everybody ao vivo, junto com o clássicos De-evolucionários.




Modest Mouse - Ano passado lançaram o vídeoclipe de King Rat, dirigido por Heath Ledger, um dos últimos trabalhos feitos pelo ator antes de morrer. Clipe bem ruim por sinal. Mas a banda é boa. E não sei se o guitarrsta Johnny Marr continua tocando com eles (o que sei que ele está atualmente com o The Cribs). A possiblidade de ver um ex-Smiths é sempre interessante, mas de ver "só" o Modest Mouse também. Agenda até agora livre.




Nada Surf - No site da banda a agenda aparece livre entre agosto até dezembro. Já tocaram antes no Brasil e o show no Teatro Odisséia foi bem legal.
Pra convencer: "Popular" e "Always Love", que eu não sei se foi hit em algum lugar ou só na minha cabeça mesmo.




Weezer - Vieram ao Brasil em 2005 e apesar de nos anos 2000 terem lançado discos de qualidade duvidosa, os clássicos dos dois primeiros álbuns e as músicas boas do terceiro garantem a festa. Assim foi em Curitiba quando começaram o show tocando a primeira música de cada um dos três primeiros discos. E devo acrescentar que com o passar do tempo algumas músicas novas do Weezer vão se instalando confortavelmente nas minhas preferências. Tô quase reabilitando o Make Believe!




Madness - Banda fundamental da segunda onda de ska, que aconteceu no final dos anos 70/começo dos 80. Ouvir "Our House" valeria o ingresso e a viagem até São Paulo.





E não, eu não gostaria que nenhum desses nomes fosse ao SWU, the brazilian music festival with an english name, a ser realizado em outubro na cidade de Itu. Aliás, gostaria sim que todas elas estivessem lá e eu mesmo gostaria de estar lá.


Acho que todas as iniciativas para se trazer música boa ao Brasil devem ser reconhecidas.


Mas mantenho uma postura de não deixar de criticar produtores, festivais e organizações culturais que insistem em a) cobrar um preço pelos ingressos que não é compatível com a realidade financeira das pessoas que moram no Brasil e b) e esse é o mais grave, privilegiar com lugares na frente as pessoas que pagam AINDA mais caro para estar em uma platéia "VIP". Não acredito que isso tenha absolutamente nada a ver com o espírito de um show de música.



Acredito que a segregação de público seja inclusive muito prejudicial para a formação de fãs de um festival que se pretenda pensar a longo prazo. A rapidez com que os ingressos do Planeta Terra foram vendidos na primeira semana de vendas mostra um caminho que deve ser seguido.

4 comentários:

Diego Albuquerque disse...

Tu nao quer nada man...

heheheeh

Otaner disse...

Tem nada impossível aí. O Nada Surf, por exemplo, deve tocar em troca de um saquinho de jujubas. :)

Dine disse...

Nem fiquei sabendo desse show do Nada Surf no Odisséia. Quando foi? É uma boa banda, eu iria fácil. Quantas jujubas eles tão pedindo? Topa uma vaquinha? =P

Otaner disse...

Foi em 2004, Dine. Vou tentar descobrir quantas jujubas eles tão pedindo. Os produtores legais tinham que ficar atentos a essas bandas maneiras que às vezes não estão na crista do hype lá fora...