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Já falamos aqui sobre a primeira noite do Picolé, festival que o pessoal do Circo Voador arrumou de fazer para preencher as terças escaldantes do nosso verão.
Muitas atividades acontecendo lá dentro. Moda, gastronomia, audiovisual e principalmente animação, embora pudesse e devesse estar mais cheio, a considerar o preço do ingresso e o clima bem bacana do lugar.

A quantidade de pessoas pode ter sido abaixo do esperado, mas o show de Iara Rennó não, muito embora ela pudesse ter se beneficiado de um espaço mais caloroso, humanamente falando.
Com um figurino mezzo carnavalesco mezzo "Garota do Fantástico", a cantora vem de guitarra em punho e com uma banda mínima: Ricardo Dias Gomes usando teclados para criar bases & efeitos (e com livros de contabilidade servindo de suporte para um dos instrumentos(!)) e Léo "Massacre" Monteiro em uma bateria quase tribal na maior parte do tempo e que muitas vezes faz lembrar as batidas que Léo acrescentava a uma banda onde tocava/toca uma "bateria coadjuvante", o Acabou La Tequila. Só que, aqui, como bateria "principal".
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O resultado da sonoridade desse trio é um minimalismo que arranha aqui e ali um krautrock e um pós-punk, sem perder o requebrado que Iara exibe de forma literal durante a excelente "Miligramas", onde ela larga a guitarra e rebola e canta muito bem.

De volta à guitarra, ela se dá ao direito de fazer porte de guitar hero em raro e curto momento noise do show. O que Iara quer é hipnotizar com o transe dos arranjos. Acaba hipnotizando pela força da voz e das composições. Veja aqui os quatro vídeos que gravei, ou aí embaixo, e comprove.
Músicas gravadas:
- "Seu José"
- "Já Era"
- "Miligramas"
- "Elegbara"
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