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sábado, 5 de dezembro de 2009

200 Discos Nacionais dos Anos 00 - 200 a 191

Antes de começar a lista, devo dizer que os dois primeiros nomes que vão surgir de forma nenhuma seriam os dois últimos nomes em ordem de importância ou qualidade em relação aos outros discos que vão surgir. Mas como eles possuem particularidades distintas que explico melhor em cada um, resolvi colocá-los aí logo, até mesmo para iniciar bem essa história.


Isso também não significa um demérito para os outros discos mais próximos da rabeira. O que está aí são coisas que eu ouvi e gostei, então o que está em 179º lugar poderia perfeitamente estar no lugar do 42º. Talvez se eu fizesse essa lista daqui a um mês estivesse. É uma lista também pensada num momento, tentando refletir 10 anos de música.



Aproveito para dizer que não vou colocar link para baixar todos os discos, só de alguns. Mas se te interessar e você souber usar o google não vai ser difícil achar um endereço que leve para seu computador o disquinho pronto pra ser ouvido.


Vamos lá.



200 - Mutantes - Tecnicolor (2000)

Álbum gravado em 1970 na França, mas só lançado em 2000, Tecnicolor seria um competidor injusto para qualquer um dos outros discos listados. Eram os Mutantes, a melhor banda brasileira de rock de todos os tempos (discordam?), no ápice de criatividade, gravando em bom estúdio algumas das melhores composições deles vertidas em alguns casos para inglês. E por isso está aí em 200. Porque é hors concours. As versões de "Minha Menina" ("She's My Shoo Shoo"!!) e "Ando Meio Desligado" ("I Feel A Little Spaced Out") são espetaculares, assim como todas as outras faixas, mas é emocionante saber que uma gravação tão linda da faixa que dá nome a este disco passou trinta anos adormecida.



199 - Djangos - Mundodifusão (2010?)

Apesar de essa ser uma lista que (como todas deveriam ser) possui um caráter muito subjetivo em sua feitura, um dos requisitos que me impus seriam a de obras lançadas entre 2000 e 2009. O segundo álbum oficial do Djangos ainda não foi lançado, mas eu já tive a honra de ouvir o trabalho, gravado em muitas madrugadas no estúdio Observatório de Ecos de Marcelo Yuka, e não poderia deixar de incluí-lo em uma lista que representasse esta década. Pelo menos para mim representou muito. Quando for devidamente lançado, falarei mais sobre Mundodifusão.


198 - Júpiter Maçã - Tarde na Fruteira (2008)

É difícil classificar o disco pelo disco em si, já que algumas demos dele foram surgindo pela internet anos antes do produto ser finalizado. Quando acerta, Flávio Basso, o Júpiter Maçã, marca golaços, como "A Marchinha Psicótica do Dr. Soup", "Síndrome de Pânico" e "Beatle George". Esse é o lado claro da psicodelia sydbarretiana do gaúcho. Pena que o lado escuro às vezes é chato demais. Mas sem dúvida um disco que vale a ouvida. Baixe este e outros discos de Júpiter aqui.



197 - Virgulóides - As Aventuras dos Virgulóides (2000)

Tudo bem, é bem provável que você conheça a música "Bagulho No Bumba" (ouça), música do primeiro disco deles, e a partir daí já formou sua opinião sobre o Virgulóides. E não tá errado não. Mas a banda faz umas misturas toscamente interessantes. Neste terceiro e derradeiro trabalho eles continuam tentando colocar em um mesmo espaço samba, axé e rock, e ainda acrescentam reggae em "Reggae de Bamba", algo próximo a Jorge Ben em outras faixas, mas a melhor é a pesada "Pudim de Pinga". "Maria Lôca" também tem um balanço bom.



196 - Charlie Brown Jr. - Bocas Ordinárias (2002)

Agora você já está achando que eu estou de sacanagem. Mas Bocas Ordinárias é um bom trabalho de rock mezzo genérico. Pelo menos na parte instrumental, em especial do baterista... err... Pelado. É meio difícil ignorar o vocal e as idéias de Chorão, mas levando pelo lado da galhofa garanto que pode funcionar. Mas se alguém souber como deixar uma faixa tão legal quanto "Bocas Ordinárias, Guerrilhas" sem vocal, por favor avisar.



195 - Vários - Fim de Século (2007)

No século passado havia um artefato sonoro chamado fita-cassete. Era com essas fitas que as bandas faziam suas fitas-demo nos anos 90. Em 2007, o Autoramas Gabriel Thomaz pegou 30 músicas dessas bandas e lançou a compilação Fim de Século, através da gravadora Midsummer Madness. Tem de tudo, de Eddie com a primeira versão de "Quando a Maré Encher" a Cabeça mandando "Tutupá". Sei lá se devia estar numa lista dos anos 2000, mas deveria estar no seu computador. Ou no seu toca-fita. Pode baixar aqui.



194 - Vários - Sargento Pimenta (2007)

Coletânea com bandas brasileiras tocando o clássico disco dos Beatles, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Você vê alguns dos nomes escalados para essa homenagem e pensa: xiiiiii. Mas, talvez até pela falta de expectativas, o negócio acaba saindo bom. Prot(o) recriando "Within or Without You", Moptop com "With A Little Help From My Friends" e Filhos da Judith dando sua versão de "Getting Better" são ótimas escolhas, mas até mesmo Madame Mim com uma improvável versão eletrônica da faixa-título fica interessante.
Baixe aqui: http://www.sargentopimenta2007.blogspot.com/



193 - Vivendo do Ócio - Nem Sempre Tão Normal (2009)

Esse disco do Vivendo do Ócio está completinho no myspace deles e foi assim que eu o ouvi algumas vezes. Trabalho muito bem feito que é influenciado pelas bandas estrangeiras atuais, em especial o Arctic Monkeys. Às vezes até demais, como em "Meu Precioso". Lembra também, no som e nas temáticas, o primeiro disco dos cariocas do Rockz. Às vezes até demais, de novo em "Meu Precioso". Talvez por isso a música seja tão interessante. Mas o mais importante é que o disco é daqueles não dá vontade de ficar mudando de faixa.



192 - Nando Reis - Drês (2009)

Recheado de composições para a ex-namorada, Drês é um disco de rock onde o interessante mesmo é notar como o ex-Titã conseguiu criar uma sonoridade bem característica junto com o grupo que o acompanha, Os Infernais, onde violão, órgão e guitarra fazem a cama, ora pesada, ora calminha, para Nando Reis cantar seus relatos amorosos e familiares.




191 - Rodox - Estreito (2002)

Ao se converter de forma fervorosa para uma igreja evangélica e pouco depois sair dos Raimundos, o vocalista Rodolfo Abrantes quis criar uma armadilha: montou uma banda que não se assumiria como gospel, mas teria letras que nas entrelinhas estaria falando o tempo todo sobre Deus. Assim, ele "capturaria" novos fiéis para sua religião. A armadilha não deu muito certo nesse sentido, mas Rodolfo comprovou em Estreito, o primeiro disco do Rodox, que é um ótimo letrista de uma banda de hardcore (com um pouco de rap e new metal aqui e ali), seja falando de sacanagem ou do Senhor.

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