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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

200 Discos Nacionais dos Anos 00 - 150 a 141

150 - Frank Jorge - Vida de Verdade (2003)

Diferente do disco seguinte, Volume 3, neste aqui produz arranjos mais elaborados, com metais e cordas em algumas músicas, para dar suporte a sua sonoridade sessentista. Alguns dos arranjos foram escritos por Marcelo Camelo. As músicas alternam momentos mais animados com outros mais calmos, onde Frank Jorge joga todo seu romantismo em letras inteligentes. Ouça "Você Não É Tão Legal", "Concurso Literário", "Já Me Cansei", "Quando Aconteceu", "Feira Na Infância" e principalmente "Você Vai Gostar De Novo De Viver".



149 - Bonsucesso Samba Clube - Tem Arte na Barbearia (2006)

O segundo disco do Bonsucesso Samba Clube vai na mesma linha seguida por muitas das bandas de Recife nos anos 2000: menos peso, mais melodia, tambores que servem pra dançar em vez de pular, mais música latina, reggae e samba do que propriamente música foclórica de Pernambuco, acompanhando a voz de tom grave de Roger Man. "Meu Jornal", "Não Posso Pensar Em Não Ir" e "Como Gosto" são boas dicas.



148 - Pato Fu - Daqui Pro Futuro (2007)

Uma das melhores bandas pop brasileiras, Pato Fu neste disco segue a fórmula que já havia funcionado nos discos anteriores, com Fernanda Takai como vocalista principal e experimentalismos acontecendo somente nos detalhes, servindo de apoio para o protagonista, a canção. Destaque para "Mamã Papá", "Woo!", "Nada Original" e "Tudo Vai Ficar Bem", com Andrea Echeverri, do grupo colombiano Aterciopelados.



147 - Eddie - Original Olinda Style (2003)

Não gosto muito da produção deste disco, que não capta a energia de um show do Eddie, grupo ainda em mutação na época, transitando de um som mais pesado para um mais dançante. Apesar de ensolarado, falta a pegada. Mas as músicas compensam isso: "Sentado na Beira do Rio", "Pode Me Chamar", "O Amargo", "Não Vou Embora", "Futebol e Mulher" e regravação de uma música antiga deles, "Falta de Sol", abusando de graves dub.



146 - Marcelo D2 - Acústico MTV (2004)

A idéia de transportar as músicas cheias de samples de Marcelo D2, em especial as do disco A Procura da Batida Perfeita, para um formato com uma enorme banda acústica é um passo a mais na tentativa do rapper de misturar suas rimas com o samba. Percussão aos montes, metais, piano, cavaquinho, violões, cello e um sujeito (Fernandinho Beat Box), roubando a cena, fazendo com a boca as batidas e scratches geralmente feitos por um DJ.



145 - Nando Reis - MTV ao vivo (2004)

Na última década, depois que se delisgou dos Titãs, Nando Reis lançou alguns álbuns gravando e regravando músicas para sua própria carreira junto com composições feitas para outros artistas como Cássia Eller e mais algumas que ele cantava com o grupo do qual fazia parte. Isso acaba deixando a coisa toda meio repetitiva, então o melhor representante de suas músicas acaba sendo este trabalho ao vivo, onde ele pega o que há de mais marcante em seu repertório, além de novidades como "Mantra".



144 - Arnaldo Antunes - Qualquer (2006)

Inquieto e sempre buscando um aspecto diferente na arte, Arnaldo Antunes decide em Qualquer ausentar seu som de qualquer bateria ou percussão. O rimto só é marcado pelas palhetadas de violão, mas isso não quer dizer que esse seja um disco acústico, pois há a guitarra de Edgard Scandurra em vários momentos. Gosto muito de "Para Lá", parceria com Adriana Calcanhotto e "Qualquer", faixa composta em conjunto com Hélder Gonçalves e Manuela Azevedo da banda portuguesa Clã.



143 - Rodox - Rodox (2003)

Quando "Segue A Linha" começa a tocar, a impressão que dá é que o segundo cd do Rodox vai na mesma direção do anterior, misturando barulhos eletrônicos com rap e metal. Essa impressão não cai por terra totalmente se você ouve faixas como "Incinerador" e "Iluminado", mas há muito mais peso e unidade do que na estréia do grupo, que antes era um trabalho solo de Rodolfo e agora se parece realmente com um grupo. Há hardcore em bom estado em "Truth" e "1000 Megatons" e as faixas mais pop (embora pesadas e rápidas) são bem interessantes, como "Foi Bom Esperar", mas o melhor mesmo é a versão completamente desfigurada de "Exodus", de Bob Marley, que parece até o Bad Brains ligado em 220.



142 - Tim Maia - Racional Volume 3 (2008)

Quem não acredita nas palavras da religião conhecida como Cultura Racional é uma pessoa de pouca fé. Afinal, os dois volumes Racional, lançados por Tim Maia em meados dos anos 70 são comprovados milagres em forma de música. antes de se dar conta que a obsessão pela religião não estava fazendo muito bem ao bolso, Tim gravou algumas faixas para um terceiro volume, que ficaram guardadas até 5 delas (sendo uma gravada duas vezes) desaguarem sem autorização pela internet. A história, melhor explicada, está aqui e se o download não estiver mais disponível com certeza o google te dá outro caminho. Aproveitem, é Tim Maia no melhor de sua extensão vocal e sua banda tocando funk como nunca. Aleluia!



141 - Silvia Machete - Bomb of Love (2007)

Sobre o show de Silvia Machete falamos e registramos aqui algumas vezes. Uma artista muito visual que em seu primeiro registro fonográfico mostra que todos os truques com bambolês, cigarros, ventiladores, trapézios e bolinhas de sabão podem até fazer falta, mas não são necessários para apreciar sua voz e suas canções. Deveria compor mais, especialmente se isso resultar em músicas como "Pé" e "Toda Bêbada Canta".

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