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terça-feira, 10 de maio de 2016

Vídeos, fotos, resenha: Silva no Teatro Sesi (04/05/2016)






Foram duas noites seguidas no ótimo Teatro Sesi no Centro do Rio de Janeiro no meio da semana passada, onde Silva teve a oportunidade de mostrar para o público na cidade pela primeira vez a turnê de seu terceiro disco, Júpiter, lançado no final do ano passado. Os ingressos se esgotaram e o teatro ficou lotado para conhecer ao vivo o novo trabalho do capixaba.








Se no novo álbum Silva se apoia um pouco menos na sobreposição de sintetizadores e cria mais espaços nos arranjos, no show há a costumeira preocupação para que tudo soe muito alto e intenso, como já observamos em diversas resenhas que já fizemos sobre seus shows, como aqui, aqui, aqui, aqui, aqui...









Mas não só no som. A estrela desse Silva não apenas brilha como parece uma supernova, se considerarmos a iluminação utilizada, com jatos de luz para todos os lados, com efeitos que se constituem como destaques da apresentação tanto quanto as músicas.









Além disso, se nos primeiros shows quando começou sua carreira para valer Silva contava apenas com o versátil baterista Hugo Coutinho, hoje já tem mais dois músicos para auxiliar com baixo, guitarra, teclados e até na bateria, algo bastante requisitado para que desse lugar às bases pré-gravadas do começo, que agora assumem papel mais discreto muitas vezes.









Isso poderia dar mais liberdade para Silva no palco, e chegamos a vê-lo em alguns momentos apenas cantando, sem comandar nenhum instrumento, até mesmo arriscando alguns passos. Mesmo assim, não há muita espontaneidade no palco. O que vemos é uma apresentação planejada cuidadosamente, sem espaços para improvisos, em um perfeccionismo que, se artistas contemporâneos até têm exibido, no caso do Silva parece ir além.









As mudanças de posicionamento e trocas de instrumentos recebem interlúdios musicais. Os aplausos quase sempre entusiasmados por parte do público são abreviados pela canção seguinte. Tudo parece calculado para mostrar o máximo de músicas possíveis e em torno de 25 são tocadas.









Para um artista ainda no começo da carreira, Silva já criou um repertório de respeito, com três discos em quatro anos. Para dar conta de mostrar bastante material, algumas músicas são reduzidas e emendadas, em especial algumas dos discos anteriores, com resultados bem interessantes.









Não foi ruim, mas um pouco menos interessante, em comparação com o resto do show, é a inserção no meio do set pendendo para um lado mais forte na MPB, quando Silva pega o violão, distanciando um pouco de seu pop sintético que dialoga tanto com os anos 80 quanto com o que há de mais atual musicalmente.








Vem com violão e uma bateria eletrônica junto, bons arranjos para reinventar suas próprias músicas e para uma versão de "Um Girassol da Cor de Seu Cabelo" do Clube da Esquina. Aliás, o show conta também com versões para músicas de Marisa Monte (presente na parte de cima da plateia), Lulu Santos e "Marina", de Dorival Caymmi, esta registrada em Júpiter.









Mas o melhor mesmo é quando a música preenche de forma quase física o teatro. É o que acontece, por exemplo, em "Deixa Eu Te Falar". Chega a parecer que algum artista desses que vêm para o festival Novas Frequências resolveu fazer uma música para novela. Música pop com graves que distorcem e abalam o teatro. Impressionou.









Tudo é executado com uma mistura de timidez e frieza de Silva que tem contraste com um público que até respeita e fica comportado nas cadeiras, mas que assim que o artista anuncia que poderiam levantar, quando a apresentação se encaminhava para o encerramento, corre para a beira do palco.









Lá fora após o show uma fila quase com a mesma quantidade de pessoas no teatro é formada para tirar fotos e conseguir autógrafos do cantor. Em pouco tempo Silva já conseguiu um invejável séquito para orbitar em torno de seu planeta.









As fotos foram tiradas por Dine Araújo e outras dessa noite podem ser vistas aqui. gravei nove músicas em 5 vídeos que podem ser vistos aqui ou aí embaixo:





- "Marina"

- "2012" / "Cansei"

- "Volta" / "Como Uma Onda"

- "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo"

- "Janeiro" / "Noite" / "Claridão"

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