A Cabruêra é uma banda que tenho visto a cada dois anos e não há muito mais a se dizer além do que já disse aqui e aqui. O que posso fazer é notar as diferenças e semelhanças entre o show que aconteceu semana passada e os que vi em anos anteriores, uma vez que eles continuam promovendo o encontro de repentes e emboladas com ritmos contemporâneos.
Interessante que haja uma preocupação e participação do grupo paraibano com aspectos além-música, como é o caso dessa vez com a exposição fotográfica Nordeste Desvelado que era exibida em outra sala da Caixa Cultural. Me lembro que em 2008 havia um telão formado por bandeirinhas de festa junina e a projeção de imagens criava um belo efeito visual.
A entrega do vocalista e "rabequeiro de violão" Arthur Pessoa também é o ponto de convergência entre todas as apresentações. Já vi ele até escalando caixas de som, e desta vez jogava água na própria cabeça e nos companheiros de banda. E a banda dessa vez estava mais encorpada em relação à última vez que os vi, com a adição de dois instrumentos de sopro e um percussionista que levava um chocalho amarrado na canela (não, ele não parecia ser de Angola).
De diferente, notei uma maior dificuldade na interação com a plateia, de faixa etária elevada e que no início não parecia muito disposta a acompanhar as melodias entoadas por Pessoa, além do som da casa nesse dia não ter colaborado muito. Aos poucos ele foi conquistando o público e no fim todo mundo se levantou para dançar o "Forró Esferográfico".
Curiosamente, a mais empolgada era uma senhora de idade avançada, sentada do meu lado, e que pode ser ouvida em alguns dos vídeos que gravei. Ela também era paraibana e no fim do show me contou o quanto estava feliz de poder assistir seus conterrâneos. Mesmo com os problemas técnicos, o show já teria valido só por causa disso.
Aqui estão cinco vídeos que gravei.
Ou clicando aqui.
Lista de músicas:
- A Morte do Vaqueiro
- Passarada
- Samba Negro
- Beira Mar
- Forró Esferográfico
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