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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Cinco vídeos do Metronomy no Circo Voador (20/11/2014)





Quinta-feira passada foi dia de jornada dupla para acompanhar os shows que acontecem no Rio de Janeiro. Depois de ver o Ruído/mm - já adianto que era o show obrigatório e o melhor daquela noite - o roteiro da peregrinação musical levava de Botafogo à Lapa, local do nosso sagrado Circo Voador e, dentro do Circo, o Metronomy se apresentando pela segunda vez na cidade.







Do lado de fora, minutos antes do horário marcado para o show começar, o caos. Filas grandes ultrapassavam os limites dos Arcos da Lapa tanto para quem estava comprando ingresso naquele momento quanto para quem havia participado da campanha do Queremos para trazer a banda novamente ao Rio.



É verdade que no Rio existe uma cultura de deixar tudo para a última hora, incluindo aí comprar ingressos e entrar nos lugares. Mas a solução não pode ser utilizar de uma "pedagogia punitiva" e fazer os fãs perderem o início do show, ainda mais aqueles que pediram o show através do Queremos e tornaram possível a vinda da banda.









O lado de dentro também poderia ser chamado de caótico, mas aquele caótico bom, de mais de duas mil pessoas apinhadas debaixo da lona, dançando, pulando e cantando junto com Joseph Mount e sua turma. Bom ver o público "indie" carioca perder, nem que seja um pouco, a "elegância blasé" que costuma ostentar em alguns shows.







Mas impressiona perceber toda a entrega apaixonada do público pelo grupo. Porque o Metronomy, com seu pop eletrônico que bebe em fontes que variam entre New Order, ABBA, LCD Soundsystem e até mesmo Blur, alterna bons e maus momentos, dentro de um setlist que buscou colocar de forma equilibrada músicas dos três últimos discos.



Se o começo é impactante, com músicas do álbum Nights Out (2008), o repertório vai perdendo força à medida que vão sendo tocadas músicas do mais recente trabalho, Love Letters.



Sempre que as escolhas descambam para uma espécie de "electro lounge", como se fosse feito para dançar num elevador, o show caía de qualidade, muito embora as centenas, milhares de gritos eufóricos após as primeiras notas e batidas de cada canção que era tocada discordem desta percepção.







O que não pode ser discordado é que o Metronomy, que vem ao palco uniformizado, toca as músicas com precisão e sem deixar a peteca cair e a plateia se dispersar, mesmo com as várias trocas de instrumentos durante a performance.



O baixista nigeriano Olugbenga Adelekan - uma semana nigeriana no circo, já que no dia anterior Keziah Jones se apresentou por lá - e a ruivinha Anna Prior são os responsáveis pela maior intensidade do grupo, ela metendo o pé forte no bumbo, ele dançando muito, agitando e pedindo as palmas do público, sempre atendido.



E quando tudo dá certo, no caso do hit "The Bay" e o encerramento nervoso com "You Could Easily Have Me", única faixa do primeiro disco tocada essa noite, toda essa empolgação fica plenamente justificada.




Cinco vídeos do show podem ser vistos aqui ou logo abaixo:




Músicas gravadas:

The Upsetter

Boy Racers

The Bay

Love Underlined

You Could Easily Have Me

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