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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

5 vídeos do show incrível da Tulipa de madrugada no CCBB (07/11/2014)




O Rio de Janeiro fervilha de opções musicais em novembro. Na última sexta-feira, por exemplo, depois de conferir Felipe e Manoel Cordeiro exibindo a beleza da guitarrada paraense, era possível ir tanto para Ipanema para ver a Baiana System com participação de Karol Conka quanto ir para a quadra da Vila Isabel onde Racionais se apresentava.



A opção escolhida por esta cumbuca foi Tulipa Ruiz no estacionamento do Centro Cultural Banco do Brasil, uma apresentação especial pelos 25 anos de existência do centro cultural. Que a Tulipa tem um público muito grande aqui no Rio de Janeiro já não existiam muitas dúvidas sobre isso, com shows sempre cheios e até esgotados, como aconteceu recentemente no Sesc Tijuca.







Mas segundo falam por aí, foram mais de três mil pessoas que tentaram e não conseguiram ultrapassar as barreiras que o CCBB criou no estacionamento, que comportaria no máximo 800 almas. Mesmo assim muita gente ficou assistindo do lado "de fora" mesmo, até o final. O que demonstra que a adoração pela cantora está crescendo cada vez mais.



Motivos não faltam para isso. Nosso setorista de Tulipa no La Cumbuca é o Fabio Fernandes e você pode acompanhar tudo que ele já mostrou sobre o assunto aqui, aqui, aqui e aqui.







O que pode ser acrescentado além de tudo que o Fabio já disse, em especial do show no Sesi feito em setembro, é que voltou a dobradinha "Brocal Dourado" da Tulipa Ruiz com "Bossa Nostra" da Nação Zumbi, um dos muitos pontos altos da noite. Apesar do setlist não se modificar muito nos seus shows e nem mesmo algumas marcações mais "teatrais" de algumas músicas, são momentos intensos que valem ser vistos e revistos. E olha que, por acaso, este é o primeiro show que esta cumbuca aqui vê da turnê do seu segundo disco, Tudo Tanto.



Como não querer ver de novo todos os movimentos que ela faz até o ápice arrebatador de "Víbora", Tulipa ajoelhada, envolta em um véu negro, mergulhando em uma luz estrategicamente colocada na beirada do palco, ela abusando de todo seu talento vocal? E o trabalho com as guitarras feitas pelo irmão Gustavo Ruiz e o pai Luiz Chagas (aliás, que noite família, que tinha começado com os Cordeiros, Felipe e Manoel)? Além de influências setentistas, de pós-punk ou coisa que o valha, há uma "universalidade" nos arranjos que me faz pensar que, junto com a performance de Tulipa, fariam bonito em qualquer desses festivais que acontecem nos Estados Unidos e Europa.







Duas curiosidades sobre essa noite. Uma, que eu já havia reparado antes: como é forte a presença de um público LGBT nos shows da Tulipa, algo que não é tão comum em outros shows que o La Cumbuca cobre. Não sei exatamente o porquê disso, mas é legal que, apesar de não fazer músicas ou shows voltados especificamente para um tipo de grupo de pessoas, essa conexão exista e Tulipa consiga atingir públicos que, para começo de conversa, nem deveriam ser distintos. Mais LGBT e mais heteros e mais todo mundo em todos os shows bacanas.



A segunda curiosidade é que a quantidade de pessoas presentes no centro mostra como seria legal uma Virada Cultural de verdade no Rio de Janeiro, com shows pelo centro da cidade, da Praça XV à Praça Mauá, para jogarmos novos olhares por lugares que só acostumamos a ver durante o dia, na correria, da mesma forma que é a intenção da Virada Cultural de São Paulo, em vez daquela piada que é (ou era, caso tenham finalmente desistido) o Viradão Carioca. E melhor ainda se for com Tulipa na programação, que mostrou como o abandonado centro pode ficar mais bonito por uma noite.




Cinco vídeos do show podem ser vistos aqui ou logo abaixo:







Músicas gravadas:

Ok
Pedrinho
Brocal Dourado / Bossa Nostra (trecho)
Cada Voz
Sushi

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