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sábado, 14 de dezembro de 2013
Oito vídeos dos Ipanemas no Lapa Jazz na Fundição Progresso (12/12/2013)
"Ô Sorte!" Já estávamos na primeira hora de uma sexta-feira 13 e o DJ tocava em loop o indefectível bordão sempre proferido por Wilson das Neves, baterista, vocalista e lenda da música brasileira. E que lançou um disco há 49 anos atrás junto com outros músicos de estúdio, Neco, Astor Silva, Luiz Marinho, Rubens Bassini. O som era uma mistura de música afro, cubana, canbomblé, samba, bossa nova e jazz, um tipo de mistura praticamente único naquele tempo. O nome do disco e do grupo: Os Ipanemas.
Os Ipanemas adormeceram por décadas. Só Neco e Das Neves permaneciam vivos quando, com interesse da gravadora inglesa Far Out e ajuda do baterista Ivan "Mamão" Conti, do Azymuth, o grupo se transformou em The Ipanemas.
Com a morte de Neco, Wilson das Neves se tornou o único membro original, mas no último dia do Lapa Jazz Festival na Fundição Progresso, pré-sexta-feira-treze-de-sorte e com a ausência do baixista Jorge Helder, temos Alex Malheiros do Azymuth. Ou seja, temos a "cozinha" do Azymuth tocando com Wilson das Neves. Não é sempre que podemos ver isso. Segundo "seu" Wilson, é a terceira vez no Brasil, muito embora não seja possível localizar registro de show anteriores no país. Além desses três músicos extraordinários, completam os Ipanemas atuais Zé Carlos no violão, Thiago Gim na percussão e o trombonista Vittor Santos, que de vez em quando vai para o piano.
O som tem muito da tal mistura que os Ipanemas originais fizeram no disco dos anos 60 e a abertura com "Afro Imortais" só não é mais emblemática do que uma gravação no primeiro disco, "Berimbau", quando Wilson das Neves toca o instrumento que dá nome ao título da música. O berimbau demora até ficar audível, mas tudo bem, porque Mamão está destruindo a bateria, então não dá para se lamentar.
Mas nos Ipanemas atuais, ou The Ipanemas, também há bastante espaço para o samba mais tradicional com o qual a identidade vocalista de Wilson das Neves tem recebido reconhecimento nos últimos anos, seja em shows solo ou com a Orquestra Imperial. As canções mais conhecidas desta nova fase, "Imperial", "Era Bom" e, claro, "O Samba é Meu Dom" são tocadas.
Mesmo tocando depois de um show magnífico como o de Spok Quinteto, e passando de meia-noite numa quinta-feira - parte do público, formado por muitos jovens que não temos o mesmo pique de um Wilson das Neves - pode ter cansado um pouco acompanhar até o final, mas The Ipanemas conseguiu fazer jus a qualquer expectativa que se tem quando lendas estão juntas em cima do palco. Ah, eu não resisto: ô sorte!
Oito vídeos que podem ser vistos aqui ou abaixo.
Músicas:
"Afro Imortais"
"Era Bom"
"Música Profissional"
"Um Novo Amor Chegou"
"Berimbau"
"São Roque"
"O Samba é Meu Dom"
"Imperial"
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